sábado, 20 de janeiro de 2018

Quanto custa o carro frugal?



Sem dúvidas, um dos maiores drenos de dinheiro é o carro próprio. Sonho de consumo dos brasileiros e comum símbolo de status (o cidadão comum avalia sua riqueza dependendo do carro que você pilota), este item é um grande atrapalhador de aportes e gerador de despesas, além de grande vilão que pode te deixar na infernal zona das dívidas.

Sustentar carro requer um esforço financeiro enorme. Por si só, o carro deprecia de valor a cada segundo. Comprado um carro zero, este já perde boa parte de seu valor no primeiro quilômetro rodado. Além disso, a realidade brasileira promove seguro veicular a preços obscenos, gasolina batizada mais cara que gasolina de qualidade do exterior e o nosso famoso IPVA.

Para o investidor, a simples ideia de NÃO ter um carro representa uma enorme liberdade de aporte e menor dor de cabeça. Entretanto, para algumas pessoas o carro é uma necessidade. 

Para aquela pessoa que deseja adquirir um carro, ela deve obrigatoriamente se preocupar com os gastos envolvidos, principalmente os de mantê-lo. Se pudéssemos resumir educação financeira em apenas uma lição, seria a de gastar menos do que se ganha. E quando falamos em carro, os custos envolvidos em sua manutenção geralmente são proporcionais ao valor pago por ele. Não é uma regra irretocável, mas de modo geral um carro mais caro geralmente possui um motor mais potente, o que requer mais combustível para rodar, além de requerer maiores gastos com seguro e de IPVA (proporcionais ao valor do carro). Na outra ponta, carros mais baratos são menos potentes, consomem menos, dependendo da idade nem pagam IPVA e o seu dono pode se dar ao luxo de talvez nem contratar seguro. Este pode apresentar maiores custos de manutenção, mas dependendo do carro, aquelas famosas oficinas populares de esquina podem dar conta de 90% dos problemas.

Logicamente, não é porque um carro de 5k é funcional que esse investidor frugal deva comprar um carro por esse preço. Se ele tem condições de comprar algo melhor, sem comprometer seu patrimônio, ele deve sim comprar. Afinal de contas, ele tem dinheiro para ter um conforto responsável.
Considerando o que foi descrito até aqui, sugiro que o investidor frugal que deseja ter um carro que não danifique perigosamente sua capacidade de aporte, que compre um carro que seja de no máximo 3 meses de rendimentos mensais líquidos.

O que mais se vê por aí são pessoas que compram carro que custa um ano de rendimento ou até mais, mas esse mesmo tipo de pessoa é aquela que está predestinada a viver na corrida dos ratos. Uma pessoa que ganha 2 mil reais por mês compra um carro que financiado custa no total 25 mil reais. Um carro destes está muito acima de sua capacidade de manter e ao mesmo tempo tentar aportar.

Não consigo imaginar uma pessoa comprometendo um ano de seu suor e trabalho para comprar uma coisa geradora de despesas, a não ser com o objetivo de se mostrar para os outros e aparentar estar bem na fita. Imaginando que esta pessoa vá trabalhar 50 anos durante sua vida, ela dedicará 2% de todo seu tempo de trabalho para a aquisição de um único bem, isso sem levar em conta a manutenção deste.

Um veículo de 6 meses de rendimentos já seria um pouco mais equilibrado, mas não o suficiente para que ele continue aportando da mesma forma que antes. Ainda não consigo imaginar uma pessoa dedicando meio ano de vida para a compra de um passivo.
3 meses de rendimentos líquidos para a compra de um veículo já acho mais razoável. É um montante o suficiente para comprar um carro que não é uma carroça, mas ao mesmo tempo não seja caro o suficiente para ameaçar os aportes. Em caso de desastre e haja PT (perda total) no veículo, não é um valor alto o suficiente para se perder os cabelos. As manutenções e os gastos envolvidos cotidianos para se ter esse carro caberão no bolso caso não seja um carro exótico.

Eu só ganho um salário mínimo. Como faço?
Pela regra, se você ganha mil reais poderia comprar um carro de 3 mil reais, que naturalmente seria um carro muito barato, com conforto quase zero, com décadas de uso.
Uma pessoa financeiramente equilibrada sabe que deve viver sempre, mais do que tudo, gastando abaixo de seus ganhos. E para isso, ela constantemente precisa reavaliar os gastos que está fazendo, bem como os gastos que gostaria de ter. Uma autoavaliação é necessária para saber se realmente há a necessidade de ter um veículo, tanto como se há condições de se ter um. Muitas vezes algo está mais para desejo do que necessidade, duas palavras muitas vezes confundidas, mas que fazem uma grande diferença quando falamos em dinheiro. Na nossa realidade, carro está mais para luxo que um bem comum, então reavalie se realmente você precisa. Essa dica não vale apenas para quem ganha pouco, como também para os mais endinheirados.


Qual o valor do carro do Além da Poupança?
O carro que possuo corresponde ao valor de 26 dias de trabalho. Não porque eu ganho bem. Longe disso. É porque meu carro realmente está bem abaixo do que eu poderia comprar. Ele é um 1.0, sem seguro, básico, com mais de 15 anos de idade. Para mim está mais do que suficiente para andar do ponto A para o ponto B. Se eu fosse vítima de um assalto e levassem meu carro, não ficaria nem um pouco transtornado.
Para comprá-lo, juntei dinheiro na poupança durante 4 meses. Com o dinheiro na conta, procurei o carro pela internet, contatei o vendedor, vi o carro, transferi o dinheiro para a conta dele e o documento do carro para meu nome. Simples assim.
Com este veículo, assegurei que minha capacidade aportiva seja pouco abalada.

Qual sua opinião sobre o assunto? Seu carro custa quantos salários seus? Deixe seu comentário.

57 comentários:

  1. Olá ADP, tudo bem?

    Gostei do seu post, só tenho uma observação: Carros velhos geralmente consomem mais combustível, dão mais dor de cabeça pq sempre vai acontecer algum problema elétrico ou mecânico (natural, afinal mais de 15 anos...), mas realmente não precisa pagar IPVA e seguro, o que já é um alívio. Tb não é só questão de ir do ponto A ao ponto B: Vamos supor que vc seja convidado para uma ocasião especial, uma festa ou evento social. Imagine-se chegando nesse evento com um carro caindo aos pedaços de tão velho! A questão é, se vc pode comprar um carro melhor, que não comprometa seus aportes e possa te dar um mínimo de dignidade e principalmente segurança para ir do ponto A ao ponto B, então pq não comprar? Acho mais razoável comprar um carro com valor semelhante a 10% (ou menos) do seu patrimônio e não a seu salario, pois este pode não variar muito ao longo dos anos. Ideal tb ficar um tempo sem trocar de carro, 5 anos é um bom número pois é quando a maioria dos carros começam a dar problemas. A chamada obsolência programada.

    Abraço!

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    1. Olá Hank,
      Isso é verdade. É natural que um carro antigo dê mais problemas que um mais novo, mas creio que há um pouco de exagero nesta questão. Fazendo as revisões periódicas, as manutenções ocasionais não são tão custosas assim.
      Sobre o evento, sinceramente não ligo de chegar com um carro mais humilde, pois é o que cabe no bolso. Meu carro não está caindo aos pedaços, mas está longe de ser luxuoso. Por isso, seria importante um pouco de equilíbrio.
      Particularmente não concordo com a ideia de atrelar o preço do carro a ser comprado com o patrimônio. Pode acontecer da pessoa ter um patrimônio alto mas salário baixo. Por exemplo, tempos atrás tinha aqui um blogueiro chamado Zé Mobral que tinha aportes na casa dos mil reais, mas tinha um patrimônio interessante pois ele era muito bom nas suas escolhas de investimentos. Se ele atrelasse o carro de acordo com o patrimônio, creio que ele minguaria o pouco que aportava.
      Mesmo assim, acho que 10% do patrimônio é muita coisa. Para alguém com patrimônio de 1 milhão, um carro de até 100 mil reais é muito alto e desproporcional, na minha opinião.
      Abraços

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    2. A manutenção nunca será maior que a desvalorização ou o custo de um carro novo feita com periodicidade conforme citado. O que pode acontecer é a questão da tecnologia já que carros mais novos economizam mais.
      Eu queria ter um carro mais potente e seguro devido às viagens mas optei por permanecer com o que estou.
      Para eventos e viagens eu alugo. Fiz a conta e o custo anual do meu carro é 7800 e do que eu queria 17350 - todos com ipva, seguro, manutenção e depreciação. A diferença de valor eu gasto com aluguel, caso necessário, e no dia a dia o atual é menor e mais econômico.

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  3. O principal desafio financeiro pro brasileiro é a compra do imóvel. Depois vem o carro, embora a maioria das pessoas comprem primeiro o carro e depois o imóvel.

    Mas enfim, comprar carro ao meu ver não tem nada de polêmico como muitos dizem na blogsfera. Como foi dito no post tudo é questão das necessidades e situação financeira da pessoa.
    A grande maioria não vai esperar pra comprar um carro que custe até 10% de seu patrimônio. Até porque se a pessoas quer ou precisa comprar agora não vai esperar 3, 4, 8 anos pra comprar uma carro à vista.
    Quem ganha até 2, 2,5k limpos poderia comprar um carro de uns 10, 12k equivalente a poucos meses de salário, aí sim é uma conta mais realista. Nesse caso pode ser caso a pessoa não se importe muito em comprar um carro velho.
    Mas como disse o Hank, carro velho as vezes dá muita dor de cabeça e isso deve ser levado em conta.

    Carro é um bem de consumo, não investimento, portanto ninguém pode esperar que o veículo não desvalorize, pelo contrário isso é normal, mas se for assim não compraremos quase nada, já que quase tudo perde valor.
    O pior dos mundos são os financiamentos longos, esses sim devem ser evitados ao máximo.
    Pra quem não liga pra carro, não gosta de dirigir ou simplesmente não precisa muito de carro, a compra pode esperar ou até não acontecer e imagino que muitos blogueiros se encontram nesses grupos.
    Mas quem gosta ou precisa, deve na medida do possível se preparar financeiramente de maneira adequada pra isso. Até porque o transporte coletivo muitas vezes não é bom, táxi é caro, ulber não tem em qualquer cidade e em alguns momentos e horários depender desses tipos de transporte é muito pouco prático.
    Em cidades menores o seguro é mais barato e nem sempre há a necessidade de se pagar estacionamento, o que favorece um pouco quem mora nessas localidade. Nos grandes centros isso também pesa.

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    1. Olá anon,
      Realmente, as pessoas costumam inverter as prioridades, kkkk.
      Particularmente não gosto de carro e só o tenho porque tenho filho pequeno. Comprei o carro só por causa disso. Para mim, quanto menor o passivo, melhor, mesmo que eu tenha que encarar o transporte coletivo.
      Abraços

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  4. Minha opinião é que se você bater o carro, tá ferrado. Não pelo seu carro, mas sim pelo do amiguinho...

    Suponha que você esteja errado (sempre pode acontecer) e você bata num carro se 100 mil. Complicou sem o seguro.

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    1. Complicou por que? Ou o cara aciona o seguro dele ou aciona o ADP na justiça e acho que com o carro que ele tem pouco ia adiantar entrar na justica nao? Ter Seguros hoje em dia é um assalto maior que a gasolina

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    2. Não é pelo carro de baixo valor dele que o juiz daria a sentença e sim pelo patrimônio.
      Mas o que você citou de dar uma de joão sem braço e dizer que não tem condições e fazer o cara acionar o seguro dele (se é que o outro cara tem) acontece com frequência. Pra mim isso beira a picaretagem.
      Muita gente não tem seguro por causa desse pensamento. Aí quando acontece um acidente não quer arcar com as devidas obrigações.
      Seria razoável que se a pessoa não quer ter seguro para o próprio carro que tenha uma apólice de danos de terceiros.

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    3. É um assunto polêmico.
      no meu caso, prefiro arriscar. Primeiro porque dirijo de forma bem calma e tranquilo, nunca passando dos 80km/h e com bastante atenção. Os carros costumam me ultrapassar nas estradas e nem ligo para isso.
      Segundo que um seguro para meu carro, é provável que 3 ou 4 anos de seguro cubra o valor do carro. É muito desproporcional.
      E ainda tem a possibilidade de, em caso de acidente ser de minha culpa, o carro atingido possuir seguro, ou, na pior das hipóteses, eu ter que arcar mesmo com o prejuízo.
      Mas aí estamos lidando com extremos, ou seja, eu atingir um bendito carro de 100k, dando perda total, sem ninguém com seguro. É um risco que prefiro assumir.
      Abraços

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    4. Exato ADP. Quem vai pagar seguro se tiver um carro de 10 mil e o seguro sair qse 2 conto? um absurdo completo e tinham que proibir de pagar mais de 2% do carro em seguro por ano...não é racional

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    5. Dá para fazer seguro apenas para cobrir danos a terceiros. No meu caso, tenho um carro com valor de fipe de aproximadamente R$20.000 e faço apenas seguro contra terceiros. Se eu der perda total, o carro representa menos de um mês de salário entre eu e minha esposa. E se tiver danos a terceiros, o seguro cobre até R$100.000 de danos materiais, R$100.000 de danos médicos e outras coisas..... O valor anual que eu pago é de R$594.

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    6. O que vocês estão esquecendo é que se o terceiro acionar o seguro, mesmo que você pague para ele o valor da franquia ou não, vocês acham que a seguradora vai perder dinheiro, ela vai atrás de quem causou o acidente, e cobrando o valor que eles pagaram nessas oficinas que cobram o olho da cara, se quer ter carro, pense melhor, uma situação dessa que é possível acontecer, pode ter um baque enorme no seu patrimonio fora a dor de cabeça....será que vale todo esse risco para economizar mil reais no ano? na minha humildade opinião não.

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    7. Gostei dessa ideia de cobertura para terceiros, mas pelo que vi essas seguradoras não gostam de carros com 15 ou mais anos de idade, que é meu caso.
      Então vai ser no risco mesmo.
      Abraços

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    8. Não vejo problema em assumir o risco, se essa é a escolha. Mas se o sinistro acontecer, que paguem os prejuízos do terceiro.
      Mas o que vejo é que, quando acontece, caboclo quer dar uma de joão sem braço e deixa a outra parte no prejuízo.

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  5. Bom post. Eu gosto de um carro com boa mecânica, com uma manutenção barata, que consuma pouco combustível, com seguro barato, e gosto de ficar com ele muitos anos sem trocar, assim não gasto muito e sobra um bom dinheiro.

    Abraço e sucesso.

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    1. Olá DIeL,
      É tipo o meu carro, mas sem a questão de seguro.
      Abraços

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  6. Olá Além da Poupança! parabéns pelo post, muito interessante. O meu carro é um popular 2008, tenho pensado em comprar um sedã tipo o civic ou o corolla com uns 5 anos de uso, más ainda não tomei essa decisão. acho que na vida, temos que ter certos confortos e prazeres também, se não do que adianta todo o esforço para economizar ? Más aí penso que o dinheiro imobilizado em um carro desse poderia estar trabalhando, gerando renda passiva. vamos ver...abraço

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    1. Olá Beto,
      Sim, concordo plenamente que na vida temos que ter prazeres, mas carro para mim não é prazer. Não vou gastar fortuna para ter um grande conforto em viagens que duram no máximo 1 hora. O dinheiro que deixo de gastar em carro eu gasto em confortos para o lar, que é onde passo maior parte do tempo, ou em aumento de meus ativos. Mas é minha opinião, claro.
      Abraços

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    2. Olá Além da Poupança.

      Você comentou que o ideal é comprar uma carro que custe, no máximo, 3 meses de rendimentos mensais líquidos.

      Digamos que eu queira comprar um carro(um JAC J3 ano 2012 completo e com GNV de 5º geração, bem conservado, 4 pneus novos, com 148k de quilometragem e que está sendo vendido a 65% da tabela FIPE) e que esse carro represente cerca de 4 meses de rendimentos mensais líquidos e que o valor dele à vista seja o equivalente a 50% do meu patrimônio ou das minhas reservas financeiras atualmente.

      Na sua opinião como investidor frugal, você acha que seria razoável a compra desse carro considerando que ele não vá comprometer muito a minha capacidade de poupança, que hoje é de 70% do meus salário líquido(moro na casa dos meus pais e dividido as contas e tenho pouquíssimas despesas) ?

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    3. Olá anon,
      No seu caso, eu compraria o carro, revenderia embolsando lucro, e depois compraria um carro que custe no máximo 3 meses de salário.
      No seu caso no seu. Você parece-me jovem e talvez queria comprar um carro mais bacana para impressionar as moçoilas. Aí vai de sua necessidade.
      Abraços

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    4. Obrigado pela resposta Além da Poupança,

      O JAC J3 2012 ao qual me referi na minha pergunta já tinha sido vendido.

      A minha dúvida é o seguinte: estou pensando em comprar uma pálio 2002 1.3 16v com 195k de kilometragem, mecânica em dia e completo(ar, vidro, direção, trava, alarme e GNV de 16mº)e que está num excelente estado de conservação(é carro de mulher) e que é de 2º dono.

      Considerando que a compra desse carro à vista equivale a menos de 3 meses de rendimentos mensais líquidos e que gastarei cerca de 35% das minhas reservas financeiras para comprá-lo à vista. Na sua opinião, como investidor frugal, você acha que vale a pena a compra desse carro ?

      O carro que comprarei é similar ao que está nessa imagem:

      https://localizeisitestorage.blob.core.windows.net/anuncio/116606_HHA-0909_04.jpg

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    5. Sinceramente não sei. Acho que a melhor pessoa para responder isso é você próprio. Eu chutaria que é válido se carro for necessidade e não apenas um desejo.
      Abraços

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  7. E a segurança? Tem carros baratos com air bag e afins, como 206, Clio, C3, mas imagino que seu carro seja pelado nesses itens. Vale a pena negligenciar esse fator? Eu acho que não.

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    1. Olá anon,
      Meu carro é completamente pelado nestes itens e prefiro correr este risco. Em compensação, se eu ando 300 km por mês é muito, e costumo andar mais lentamente que a média nas estradas.
      Abraços

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    2. Tudo besteira...antes de 2005 nenhum carro tinha merda nenhuma nem ESP, nem ABS, nem controle eletronico, nem nada e nem por isso ninguem deixava de dirigir. Compra um corolla 1999 e seja feliz!!!

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    3. AdP, se para o seu uso está bom, continue assim. Hoje, nas grandes cidades, nem é necessário possuir carro, como postado por várias outras pessoas.
      Gostaria de poder ficar sem carro, mas dependo dele para trabalhar. Ano passado, rodei quase 30.000 km. Meu carro é importado e tem custos altos de manutenção, mas hoje está dentro do orçamento.
      Quando eu era mais jovem, solteiro e ganhava muito menos, entrei nessa pilha de ter carro próprio, mas não tinha qualquer necessidade. Foi um dinheiro muito mal gasto, que teria sido melhor aproveitado se tivesse ficado na renda fixa (onde estava antes de eu comprar o referido carro), até porque esse primeiro carro foi uma bomba. De todo modo, valeu a experiência.

      Abraço a todos

      J.R.

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  8. prefiro continuar usando uber e trem.

    abs!

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  9. ADP eu sou adepto do aluguel mensal, antes somente a Porto Seguro prestava esse tipo de serviço e tinha que fechar um contrato de 12 meses, agora todas as locadoras tem o famoso mensal flex com mensalidade que é reduzida a cada mês de continuidade e você pode interromper o serviço a hora que quiser sem multa. Para a minha situação é algo que vale muito a pena e estou sempre de carro novo.

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    1. Olá surfista,
      Não conhecia este sistema e é mais uma alternativa. Dependendo do uso, pode compensar. Tem também aquele sistema de carro compartilhado, que lá fora já é utilizado mas não sei se vingaria aqui no Brasil.
      Abraços

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  10. Excelente post ADP. Este é um dilema pra muitos de nós aspirantes FIRE. Inclusive fizemos uma enquete pra ver que carro o pessoal da comunidade mais prefere e deu toyotinha . Abcs
    http://www.aposenteaos40.org/2017/11/qual-o-seu-carro-chato-dos-sonhos.html

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    1. Grande AA40,
      A Toyota é referência em eficiência e não é surpreendente que ela tenha ganhado a enquete.
      Abraços

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  11. Olá ADP, excelente post. Carro é um mal necessário para quem precisa se locomover constantemente em cidades cujo transporte público é escasso ou precário ou que tem dependentes (filhos para escola, idosos para o hospital etc.).
    Quem mora em lugar com transporte público farto (não de qualidade) e é solteiro, acho meio inviável ter veículo. Por exemplo, em São Paulo quem mora até 1km das estações de trem da CPTM ou do Metrô estão mais acostumados a usar os trilhos e deixar o carro na garagem.
    Tenho um carro básico 1.0 modelo 2010, que corresponde a 4 meses de aporte, com manutenção em dia, que me atende perfeitamente.
    Já tive carros nos valores de 30 e 50 mil reais e me lembro deles com um arrependimento financeiro enorme, pois só me deram dor de cabeça, especialmente o consumo alto.
    Atualmente opto conforto, rodo uns mil quilômetros por mês e gasto no máximo uns R$ 300,00 com combustível. Quem usa VT em Sampa gasta 192 mangos por mês (24 dias x R$ 8). Uma diferença de 120 reais que dá uns 3% do meu aporte. Tudo bem que tem a manutenção do carro e a depreciação, mas estes já estão computados durante o ano inteiro. Logo não é tanta diferença assim. Penso que estes 120 reais pago para evitar o estresse do contato com gente mal educada e o desconforto do transporte público, pois realmente não é para qualquer um pegar o metrô na Barra Funda ou Sé todo dia em horário de pico.

    Não abro mão do carro. Sei que se andasse de transporte público somente, teria mais saúde, mais dinheiro e até chegaria nos lugares mais rapidamente (cortar o trânsito), mas o gasto anual do meu poisé se encaixa no meu orçamento (justamente por ser um carro simples).

    Mas cada pessoa tem uma opinião. Para alguns, carro é uma idiotice, só mais um passivo. Para outros, é uma paixão, alimenta o humor por horas. Tem que respeitar todas.

    Abraços.

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    1. Olá Boqueta,
      Seu carro está equilibrado com sua capacidade financeira. Você fez as contas e tudo para justificar a compra, rs.
      Tem casos que carro é realmente necessidade. Já morei em outras cidades e minha preocupação é sempre que possível alugar um imóvel próxima de um transporte coletivo suportável (tipo trem ou metrô), para evitar custos de carro.
      Abraços

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  12. Olá ADP,

    Atualmente estou sem carro. Vendi porque ficava mais na garagem. Como eu vou para o trabalho de metrô e no dia-a-dia ando de Ubber, etc. Não preciso de carro no momento e isso faz com que meus aportes sejam mais alto.

    Conheço gente que compram carros que são equivalentes a uns 3 anos dos seus rendimentos.

    Abraços.

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    1. Olá Cowboy,
      Grande dica de aumento de aportes é não ter coisas, pois além do valor de aquisição, há uma série de custos envolvidos, como manutenção preventiva e corretiva, impostos, dentre outros, muitas vezes imprevisíveis. Ao usar Uber você utiliza a finalidade do item mas transfere estes custos para outra pessoa. É uma excelente alternativa para quem utiliza carro ocasionalmente.
      Abraços

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  13. Banco 2 dois carros, pois a esposa não trabalha, mas tem necessidade de carro próprio para suas atividades e do nosso filho. São 130k de carro. Muito, penso que não. Cerca de 6% do meu patrimônio. São carros seguros, de boa aparência e somente troco de carro a cada 10 anos e sempre a vista. Isso mesmo, 10 anos! Rodo pouco e prefiro os japoneses pela durabilidade e baixa manutenção. Os amigos acham que eu tenho "condição" de trocar com menos tempo e "investir" em carros premium. Pra quê? Prefiro viajar...

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    1. Apesar dos seus carros não serem baratos, eles cabem no seu orçamento e isso que é importante. Particularmente eu teria carros mais baratos, mas cada um sabe de sua necessidade e onde o calo aperta, kkkkk.
      Tem um pessoal que tem tara por troca de carro. É a mesma coisa que trocar a corda que enforca o pescoço por uma mais nova.
      Abraços

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  14. Fala ADP!!!
    Pois é cara, carro é um dos itens de consumo que mais drenam as finanças da grande maioria dos brasileiros. Depreciação, manutenção, combustível, seguros, taxas e impostos. Infelizmente no Brasil carro é essencial. Transporte público precário, malha ferroviária inexistente para passageiros, etc.
    Aliás, acredito que uma das grandes "revoltas" de quem já teve a oportunidade de viajar para EUA ou Europa, é com JK que decidiu acabar com as ferrovias. O transporte ferroviário é o que há! Sem burocracia, vc chega na estação 5min antes da partida entra no trem e vai de forma rápida e confortável ao destino. Mil a zero em ônibus e 10 a zero em avião.
    Se tivéssemos uma boa malha ferroviária para transporte de passageiros certamente eu não teria carro. Não faria sentido. Mas infelizmente é mais um gasto que somos obrigados a ter.

    Abraços.

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    1. Está ai algo que nunca andei. Trem deve ser bem legal mesmo.

      E infelizmente, aqui é bem raro lugares que o ofereçam.

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    2. Feliz (ou menos triste) é a pessoa que pode viver bem contando com trem ou metrô. São transportes previsíveis, mesmo quando lotados, e que cabem no bolso do poupador.
      Abraços

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  15. Possuo um carro hoje que, na época em que foi comprado, custou o equivalente a 4 meses de trabalho. Se colocar que vendi o velho para inteirar na compra, ele custou na realidade 2 meses de trabalho.

    Na época eu não entendia nada de finanças, hoje, na mesma situação, não sei se compraria. Ele é um carro que gosto muito. Confortável, completo com todos os opcionais, automático. Porém é um carro que custa caro, anualmente. Ano passado me custou cerca de 13 mil reais, somando todos os gastos que tive com o carro, desde combustível até multas, passando por manutenção e impostos. Com R$ 1.100,00 eu andaria de Uber muito bem, porém perderia grande parte da minha liberdade, afinal moro um pouco longe de metrô.

    Enfim, é complicado. Vejo que a decisão correta seria vendê-lo, porém não tenho coragem. Meu plano atual é vendê-lo quando resolver sair da casa da minha mãe. Usarei parte do valor para mobiliar a casa e o restante comprar um carro da mesma marca, também completo, porém com uns 10 anos de uso.

    Este é um tema que me intriga muito. Pronto, desabafei! kkkk

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  16. Sou adepto do mantra do clube dos poupadores: "Gaste as coisas antes de gastar com coisas, Gaste as coisas antes de gastar com coisas, Gaste as coisas antes de gastar com coisas...".
    Minha meta é ficar com meu carro por 10 anos e depois trocá-lo, é lindo ver o IPVA e seguro ano a ano mais baratos!

    Condições:
    - Revisões sempre em dia;
    - Tem 60 mil km rodados (média de 10 mil km por ano);
    - Lavar, quase nunca isso é invenção de dono de lava-jato e sempre que eu lavo logo depois chove :P

    Ele é 2011/2012, logo em 2021 penso em trocá-lo se nada mais grave ocorrer. Só acho que ele consome um pouco demais por ser 1.6, e a gasolina está com um preço TEMERário. Fora isso tudo certo, carro é apenas um serviço.

    Já pensei muito se seguro vale a pena, afinal, será que adianta pagar um seguro de R$1200,00 pra um carro avaliado em R$15 mil?

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  17. Se eu ganhasse 2k por mês nem carro eu compraria,tenho um carro a pouco mais de 6 meses e até eu comprar esse carro foi uma baita resistência justamente por causa dos meus aportes mensais, pra mim são sagrados visto que não quero depender somente do meu salário no futuro. Meu carro é um popular completo ano 2015 me serve muito bem,e a priori, fiz uma ótima compra o carro está muito novo, quase não rodava e continua rodando pouco já que saio de carro mais nos fins de semana. Enfim ótimo texto, li muitos antes de adquirir um carro, foram todos de grande valia. ANDERSON.

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  18. Simples, amigos, comprem uma moto usada(ate 150cc), dêem um reset no motor e desfrutem de uma economia inigualável.Tenho uma bros com quase 10 anos de idade, ando sem estresse, faco 35km por litro e o ipva e seguro sao irrisórios. um abraco!

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    1. João os benefícios das motos em termos de economia são conhecidos.
      Muitos não comprarm moto porque não gostam ou se sentem inseguros. Nem é questão financeira, a moto em termos financeiros é sim uma boa alternativa, fora isso é péssima.

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  19. Meu carro vai completar 7 anos em 2018. Comprei zero.

    Não me arrependo muito disso pois tive um "paitrocínio" e ainda consegui um desconto muito bom na concessionária com uns contatos do meu pai.

    Pretendo ficar com este carro pelo menos mais 3 anos, pra completar 10. Mas se ele não estiver incomodando ainda quando completar 10 anos, posso estender esse prazo indefinidamente. Carro é pra comprar e manter bastante tempo. Ano a ano os custos com impostos diminuem. Se você não for nenhum porra louca na rua, dificilmente vai ter custo alto com manutenções.

    Só se vende carro quando começa a incomodar com manutenções caras. Num país onde essa é a paixão nacional, sempre tem um trouxa disposto a esvaziar os bolsos com uma "caiera véia".

    Grande abraço AdP!

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  20. Olá AdP!

    Confesso que nunca pensei em encontrar o valor do carro ideal como um múltiplo de quanto recebo por mês. Eu sempre priorizei que possamos ter algum conforto, praticidade, segurança e custo razoável de manutenção gastando o mínimo possível. Mas também confesso que achei o múltiplo que vc sugeriu muito interessante. É um valor bem razoável.

    Eu não consigo responder a questão pois minha renda é variável, mas acredito que estou muito controlado com isso. Meu carro é de 2009, está agora com 52.000km, tudo funcionando perfeitamente, oferece todas as facilidades que citei acima, e não pretendo trocá-lo tão cedo. Quer dizer, meu múltiplo vai tender a zero em alguns anos rsrs.

    Grande abraço!

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  21. Fala, AdP. Meu carro não deve valer 2 meses do meu salário, está bem acabado esteticamente kkk

    Esse parâmetro dos 3 meses de salário é um bom fator, tbm gosto de avaliar em relação ao patrimônio.

    Eu comecei meus investimentos e descobri a finansfera por causa de carros, estava juntando dinheiro pra trocar o meu! Depois de conhecer o conceito de IF, foi como se tivesse tomado a pílula vermelha do Morpheus... abandonei o plano de trocar de carro e decidi aportar forte sem objetivos consumistas.

    Atualmente, meu carro já tem mais de 6 anos e estou pensando em trocar, mas para tanto não quero comprometer meu ainda pequeno patrimônio.

    Abraço e ótima semana.

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  22. Não é só status. Veja que se vc comparar um ka, um fiesta e um focus, a diferença em CONFORTO e SEGURANÇA é absurda de versão para versão.

    Talvez algumas pessoas paguem a mais pra não andar em uma carroça que vai te dar dor nas costas ou que pode se partir ao meio em um acidente.

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  23. Vossa excelência sugere um carro que custe 3x o salário líquido do cidadão. Estava conversando com um colega, que assim como eu quer trocar de carro e percebi que, em média, via de regra, o brasileiro tem, ou quer ter, um veículo que custa 10x o valor do seu salário. Talvez até mais. Já tinha observado?
    Acredito,que dentre outros motivos, o valor da parcela é um dos motivos. Sendo o Brasil movido por crédito e não aportes (poupança) essa é a conta feita. Vou ficar com o 5x o salário.

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    1. O mais engraçado é ir num predio que o apto é 1,5mi. Vc vai encontrar vários 1.0 na garagem, ou uns civic/corolla com 10 anos. Aí vc vai num de 300k e o cara tá com um fusion de 130 na garagem. hahahaha

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    2. Estava viajando e agora em fevereiro retornei ao trabalho. Muitos colegas trocaram de carro nesse período, a maioria para veículos com valor entre sete e dez vezes o salário. Mas teve um que meteu um carro com o valor de quatorze vezes o salário o.o Imagina...

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  24. O maior vendedor de Iate de Monaco tem uma regrinha, não gaste mais de 10% do seu net worth em um iate. É curioso como os bilionários tem essas restrições e procuram seguir. Mas pra pessoa comum é algo absurdo.

    Acho que tirando situações como ser Mulher, ou ter filho pequeno, ou trabalho que exige, um carro é apenas luxo. Me viro de uber ou onibus sem problemas. Viagens alugo na Localiza sem problemas.

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  25. Ótimo e polêmico post.
    Muita gente vai sentir um dor e orgulho sobre o tema e, com certeza, vai tentar debater.

    Acredito que tudo se resumi à consciência. 3 Meses de salário, 6 meses? Acredito que este seja o caminho, ora, se ganho tenho poucos rendimentos, melhor aumenta-los, para comprar aquilo que desejo, ao invés de derreter o que tenho, e não poder comprar mais.

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  26. Fiquei praticamente 7 anos inda à pé ao trabalho. Depois que arrumei uma moto, isso, por que eu pegava muita subida e a idade foi pesando.

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