Retrospectiva 2017 e perspectivas para 2018

Mais uma postagem para fazer um registro do que aconteceu no ano e quais seriam minhas expectativas para 2018.

No ano de 2017:

-Meu patrimônio subiu de R$177.987,37 para R$292.479,37, um aumento de R$114.492,00 ou 64,3%.

-Aportei R$26.902,00, o equivalente a R$2.241,83 por mês, um aumento de 68% em relação ao ano passado.

-O patrimônio rendeu 42,75% no ano, ou 3,01% ao mês.

-Fechei a carteira com 5 ações, contra 6 do ano passado. A Porto Seguro e o Banco Paraná foram removidos da carteira, enquanto Excelsior foi adicionada.

-Recebi R$7.417,50 em proventos, representando R$618,12 ao mês, uma diminuição de -24,3% em relação ao ano passado.

Perspectiva x realidade - 2017

Para o ano de 2017 fiz tive algumas expectativas, explicadas NESTA postagem. Agora é o momento de confrontá-las com o que aconteceu de fato:

Perspectiva 1: “Aportar pelo menos R$24.000, o que representa cerca de R$2.000 ao mês. ”

Realidade: Meta alcançada. Aportei R$26.902,00.

Perspectiva 2: “...terminar o ano com um patrimônio de cerca de R$195k, sendo 83k na renda fixa, 30k em FII e 82k em ações. ”

Realidade: A realidade terminou muito (positivamente) diferente da expectativa, já que ele terminou com 292k. Errei em quase 100k. Minha expectativa era de um ano fraco para o mercado de ações, o que não aconteceu. Além disso, as criptomoedas também contribuíram para um boom da carteira.

Perspectiva 3: “Terminar o ano com 5 ações”

Realidade: Aconteceu. Elas são ALUP11, BAUH4, CGRA4, EZTC3 e MDIA3.

Perspectiva 4: “Receber cerca de R$5.800,00 em proventos, cerca de R$483,33 ao mês.”

Realidade: Esperava uma boa diminuição de proventos, mas não aconteceu na intensidade que previa.

Perspectiva 5: “Aportar um valor simbólico em Bitcoins.”

Realidade: Aportei R$3.602,00 em bitcoins. Para uma carteira que no início do ano valia 177k, isso representa um aporte de 2%. Acredito que sim, aportei um valor simbólico em bitcoins.

Considerações do ano

Considerando o que aconteceu com meu patrimônio, diria que foi um ano excelente. Ganhei em todas as frentes possíveis. Nada deixou a desejar.

O lado péssimo dessas subidas é que esses ativos ficam menos atraentes para novas compras.

Todas minhas ações subiram forte, com exceção de ALUP11 que subiu “apenas” 10,8%. A campeã foi a Grazziotin, a mais enfadonha de minhas empresas, com incríveis 72,7% de valorização. Minha Excelsior (BAUH4), sem dúvidas a mais arriscada de minha carteira, que fiz compras justificando NESTA postagem, chegou a subir forte no ano mas no finalzinho entregou boa parte após notícias de acordo de leniência.

Mesmo com críticas e até certos deboches, ampliei minha exposição em títulos públicos atrelados à Taxa Selic. No conjunto, minha renda fixa aumento de 51k para 125k.

Em relação aos FII, estes subiram forte também durante o ano, mas me desfiz de BCFF11B, BRCR11 e HGRE11. Por isso espero substancial diminuição do fluxo mensal de proventos.

A novidade da carteira são as criptomoedas. Comecei comprando de gaiato Bitcoin e atualmente tenho 4 moedas diferentes, mas tudo dentro do aporte de um pouco mais de 3k durante o ano. Esse “investimento” foi o que mais rendeu, representando até a postagem de fechamento de dezembro 41k.

Pensando nisso, queria a opinião de vocês. Um dos objetivos deste blog é ser transparente com cada centavo que entra ou sai, entretanto me preocupo com os leitores, principalmente novatos, em relação deles serem influenciados pelo que registro de ganhos e perdas aqui com essas criptomoedas, uma classe profundamente especulativa. Para comprá-la tive que fazer vista grossa em certos princípios que prego aqui. Por mais que deixo claro que sou uma pessoa comum, com nada especial, sei que os novatos costumam se influenciar. Uma coisa é o cara comprar MDIA3 porque viu que comprei, o que já é um absurdo. Assustadoramente pior ainda seria a pessoa aportar em moedas digitais porque viu no blog do ADP que ele "ganhou" 40% em um mês. Preocupo-me profundamente com estes leitores em arriscarem seu suado dinheiro nestas coisas sem fazerem pesquisas básicas, deslumbrados com essas “moedas” altamente voláteis. Por isso, estou pensando em não contabilizar mais no blog as moedas em meu portfólio, mas gostaria da opinião de vocês.

Erro do ano

Neste ano aconteceu uma OPA do Banco Paraná, instituição que fui sócio durante quase 6 anos. A OPA foi determinada por R$11,59 por ação, mas estranhamente a cotação da empresa chegou a bater mais de 13 reais. Fiquei na época muito surpreso e confuso com o que estava acontecendo. Por que o mercado negociaria uma coisa muito acima do valor que já foi sacramentado? Surgiu-me a possibilidade de que talvez a empresa ofertaria mais tarde um valor maior. Mas não se sabia de nada.

Pois bem, vendi minhas ações no mercado por R$11,84 depois que a empresa anunciou oficialmente que manteria o preço de R$11,59. Mas um tempo depois disso ela anunciou uma oferta de R$14,54 por ação. Ou seja, deixei de ganhar R$2,70 por ação, e eu tinha mais de mil delas!!!!!!

Me senti traído pela empresa. Não posso provar e nem quero, mas provavelmente houve algum vazamento de informações e alguém lucrou muito nessa operação.

Acerto do ano

Considero minha entrada nas bitcoins um acerto do ano. Creio que consegui pegar o finalzinho do “sprint” que a moeda deu. Mesmo aportanto pouco, consegui multiplicar o dinheiro. O problema é saber se isso é sustentável.

Ensinamento do ano

Meu ensinamento do ano foi o de não fechar os olhos para novidades. Refiro-me a Bitcoin ou qualquer coisa que apareça no caminho. Pessoas tentando criar coisas existem aos montes. Nosso modo de vida hoje é bem diferente de 10 anos atrás. E os próximos 10 anos também serão.

Muitas dessas inovações quebram paradigmas enraizados na sociedade há décadas, talvez séculos. Por exemplo, hoje viveria tranquilamente sem TV, bastando um acesso ao Youtube e Netflix. Há entendidos que dizem que em 20 anos os carros autônomos serão uma realidade de larga escala. Poderemos chamar carros autônomos para nos levar e trazer para qualquer lugar, pagando mensalmente uma franquia de quilômetros. Isso seria um alívio no bolso da classe média, mas para isso deve haver uma quebra de paradigma social.

Quando houver alguma novidade, por mais absurda e pitoresca que pareça, procure ler um pouco mais sobre o assunto antes de fazer disso uma chacota.

Expectativas para 2018

No ano de 2018 espero:

-Aportar pelo menos R$32.000.

-Em relação ao patrimônio, não me vejo, em princípio, mexendo nas ações (talvez Eztec), nem nos títulos nem nos FII. Mantido o status quo, seria um ano típico de aportes sem mudanças significativas. O que mudaria esse status quo? Uma crise internacional. Estou achando que o mundo está muito quieto e calmo. Quem sabe venha uma crise por aí?

-Ainda em relação ao item anterior, não espero uma alta do mercado de ações. Na verdade, chutaria que esse ano será de perdas. Vou deixar registrado aqui um valor de 90k em ações, 15k em FII e 160k em TD. A princípio então seria um patrimônio de 265k nestes tipos de ativos. Se houver uma crise, esses valores serão bem diferentes.

-Sobre as moedas, prefiro omitir qualquer expectativa. Não tenho a mínima ideia do que poderá acontecer. Para 2018 espero que alguma coisa maravilhosa vai acontecer: ou maravilhosamente boa ou maravilhosamente desastrosa. Algo entre o milhão e o pó.

-Sobre os proventos, creio que vão se manter no patamar atual.

E você, como foi seu 2017 e o que espera para 2018? Deixe nos comentários.