Esta informação é clara para
muitos, mas nem todos sabem o verdadeiro motivo de existir o mercado de ações.
As ordens que enviamos pelo Home Broker são destinadas a compra ou venda de
ações, que são títulos representantes da menor parcela do capital social de uma
empresa, ou de uma forma mais fácil de entender, as ações são pequenos pedaços de uma empresa. Quando compramos 100 PETR4, o dinheiro utilizado em nada
interfere na operacionalidade da Petrobrás. Você está comprando porque do outro
lado há uma pessoa (física ou jurídica) vendendo, e seu dinheiro será
transferido para ela em troca das ações. O seu dinheiro não irá para a empresa,
mas para a conta de outro investidor. Após comprar as ações, o investidor
possui direito de participação no resultado da empresa, inclusive dividendos,
mas, repetindo, sua compra em nada interfere na empresa. Sabendo que a empresa
continuará produzindo da mesma forma que estaria mesmo se você não tivesse
comprado ou vendido, então qual seria a importância do pequeno investidor para
o mercado de ações? Olhando sobre este prisma, os pequenos investidores parecem
pessoas chatas que interrogam o Departamento de Relações com Investidores das
empresas e compram ações unicamente em busca da participação de resultados, sem
auxiliar em nada, como se fosse um parasita, no máximo contribuindo com
impostos sobre suas operações. Então a importância do pequeno investidor é ser apenas
um aproveitador das grandes empresas?
Para responder a pergunta devemos
entender primeiro como funciona o processo de abertura de capital de uma
empresa. Em certos momentos, uma empresa pode precisar abrir seu capital por
uma série de motivos: financiamento de projetos de investimento, melhora da
imagem institucional (pois abrir capital exige transparência e confiabilidade),
liquidez patrimonial (os antigos donos podem facilmente negociar suas ações no
mercado), reestruturação de dívidas (captar recursos do mercado para pagar
dívidas), dentre outras motivações. Em algum momento empresas como Banco do
Brasil, Eternit e Grazziotin tiveram necessidades de captar recursos, mas
empresas como Tigre, Bauducco e Cacau Show ainda não.
A colocação pública de ações de
uma empresa pela primeira vez, operação mais conhecida como IPO, poderá ocorrer
através de distribuição primária, secundária, ou ambas:
Distribuição primária
Há basicamente três formas de uma
empresa conseguir recursos: com dívida, com lucros de seu próprio negócio ou
captando no mercado, sendo que cada forma possui vantagens e desvantagens. Uma
das maneiras de uma empresa captar recursos no mercado é através da venda de ações
em uma distribuição primária. Nesta distribuição os recursos obtidos no mercado
com a venda das ações são destinados ao caixa da empresa. Um exemplo recente de
distribuição primária foi o IPO da Alupar.
Distribuição secundária
Já na distribuição secundária as
ações vendidas são do antigo dono. Com isso, os recursos obtidos com a
distribuição vão para o bolso do antigo dono, e não da empresa. Exemplos
recentes de distribuição secundária foram o IPO’s da CVC
e do BB Seguridade.
Distribuição primária e secundária
Nesta distribuição, parte dos
recursos são destinados à empresa e parte aos antigos sócios. Exemplo recente
deste tipo de distribuição foi o IPO da Linx.
Como todos nós sabemos, as ações
são títulos que não possuem resgate. Em outras palavras, quando compramos um
título do Tesouro Nacional, sabemos que, exemplificando, em 01/01/2018 a LTN
01012018 será resgatada pelo governo e seus investidores terão seus recursos de
volta. Além disso, este título possui uma rentabilidade acordada no momento da
compra. O resgate certo e a rentabilidade pré-acordada são duas garantias que as
ações não contam. Elas não possuem uma data de resgate e o investidor não tem a
menor noção de qual será a sua rentabilidade. Então como um investidor poderá
se proteger caso algo dê errado?
Neste caso, o investidor
participante de um IPO poderá desfazer de suas ações através do mercado
secundário. O mercado secundário é aquele que acontece na bolsa de valores,
onde pessoas compram e vendem ações entre si. O mercado secundário é tão ou
mais importante que o mercado primário (que acontece quando a empresa emite
ações para venda ao mercado). Ele fornece a liquidez necessária para que os
participantes do mercado primário tenham a possibilidade de negociar suas
ações. Caso não existisse o mercado secundário (onde pequenos investidores como
eu e você participam), o mercado primário teria pouquíssimos interessados. Com
menos interessados, as empresas captariam bem menos recursos do que o
desejável, tornando irreal possíveis projetos de investimento empresarial. Por
isso, o sucesso do mercado primário depende da maturidade do mercado secundário
existente. Sem o mercado secundário, que é onde pequenos investidores como nós
participamos, a possibilidade de empresas como Tigre, Bauducco e Cacau Show
abrirem seu capital seria remota, e a chance de investirmos nas maiores
empresas do Brasil seria extremamente improvável.
Apesar de nós pessoas físicas
participarmos atualmente de 6% das operações da bolsa, não devemos nos esquecer
de que a parcela da população que investe no mercado de ações é de pífios 0,3%,
mostrando que temos um grande potencial para alavancarmos nossa importância no
mercado de ações, encorajando outras centenas de empresas a abrirem seu
capital.
A importância do investidor vai
muito além de um mero recebedor de dividendos e pagador impostos. Sua
contribuição para a formação do mercado secundário é fundamental para a
eficácia do mercado primário, permitindo que as empresas captem recursos para
suas necessidades, contribuindo para o desenvolvimento de projetos, para a
criação de empregos e para o crescimento do país.
Fala, AdP!!!
ResponderExcluirArtigo importante, principalmente para quem está começando.
Outro motivo para abertura, este muito mais "obscuro" se encontra no livro Supermoney, de Adam Smith.
[]s!
no brasil a importância é nenhuma
ExcluirUltimamente estou estudando para concursos, então diminuí drasticamente minha leitura assuntos não relacionados. Mas este aí vai pra lista.
ExcluirAbraços
qual seria esse lado obscuro marcinho?
Excluirfiquei curioso, vc sabe ADP?
abraço
ótimo artigo
Desconheço porque ainda não li este livro.
ExcluirAbraços
Muito esclarecedor ADP. Por mais que pareça simples, é bem claro sobre o quanto se influencia nisso.
ResponderExcluirTenho uma dúvida que não consegui achar a resposta nos estudos que faço. Se uma ação está com um preço baixo, contudo na análise fundamentalista da empresa está tudo ok, sem nenhum problema em vista. Como esse preço baixo da ação impacta nos números da empresa e sua possibilidade de falência ou outra coisa?
Tipo, suponhamos que hoje a AMBEV esteja valendo R$1,00, mantido a mesma situação nos fundamentos da empresa, haveria algum impacto no seu negócio apenas por ela estar desvalorizada?
Não sei se ficou claro, mas era essa a minha dúvida.
Abraços
O preço de uma ação em nada impacta no resultado da empresa. O que acontece é justamente o oposto. Quando a empresa está mal das pernas, o mercado penaliza a empresa.
ExcluirSe a Ambev desabar para um real sem qualquer motivo, a empresa continuará vendendo e operando como sempre fez. O cliente do supermercado não avalia a cotação da empresa na hora de comprar a cerveja.
Mas com um preço tão atrativo, a empresa poderá ser alvo de um controle hostil. Mesmo que o o comprador não tenha oportunidade de comprar mais da metade das ações ordinárias de uma empresa, ele pode comprar ações suficientes para influenciá-la. Mas isso daí já vai um pouco para a teoria da conspiração e foge muito do meu quadrado.
Abraços
Adp, o George Soros escreveu sobre isso no livro a alquimia das finanças e apresentou um ponto de vista diferente ao expor o princípio da reflexidade.
ExcluirSe, por exemplo, acha que uma empresa não tem potencial de crescimento e por isso lhe atribui um valor baixo, ela pode ter dificuldade encapotar recursos para financiar este crescimento e com isso a profecia de não crescer acaba se concretizando.
Do mesmo modo, uma companhia com situação financeira ruim que seja prestigiada pelo mercado pode emitir ações por um preço elevado e com isso captar recursos de baixo custo para arrumar suas finanças.
Nào é a regra, mas é algo a mais para se considerar sobre o valor de uma ação e sua influência sobre a empresa.
Abraço e parabéns por mais um texto muito bom.
*corrigindo: o mercado acha que uma empresa....
ExcluirEncapotar= em captar (maldito corretor ortográfico)
ExcluirMais um livro para minha lista. Este livro do Mestre George Soros será uma leitura de grande valia.
ExcluirAbraços
Eu ainda quero entender melhor esse conceito dele.
ExcluirMas, no caso, os fundamentos já estavam ruins ;-)
ADP, não li o livro do Soros.
ExcluirA explicação e os exemplos foram retirados do livro Margin of Safety, escrito por Seth Klarman. Este eu li e recomendo muito. Assim, se sua cada vez mais extensa lista de leitura comportar algum novo livro, sugiro que seja esse e que seja colocado na frente de muitos outros, pois é um texto muito bom.
Dimarcinho, se prestar atenção ao texto, verá que na realidade, a situação é exatamente a oposta do que disse.
Uma empresa com fundamentos razoáveis mas que não gere recursos suficientes para se expandir rapidamente não terá como por em prática um eventual plano de crescimento acelerado se para tanto necessitar de recursos que não consiga captar no mercado em função do baixo preço de suas ações.
Nesse caso, a empresa poderia crescer rápido, mas como o mercado não enxerga este potencial e não lhe permite fazer uma oferta de ações pelo preço adequado, o plano de crescimento acaba sendo deixado de lado e a profecia de não crescimento se concretiza, apesar dos bons fundamentos.
Em todo caso, apenas para fins de argumentação,imagine que as duas empresas dos exemplos originais tenham maus fundamentos.
Em tese, o preço de mercado não deveria mudar nada,
Porém, em um caso o baixo preço de mercado dificulta a captação de recursos e a empresa continua ruim ao longo dos anos. No segundo caso, a empresa sobreavaliada tem condições de fazer uma captação de baixo custo e melhorar sua situação, passando a corresponder à visão do mercado.
Dimarcinho, aproveitando, recomendo a leitura do livro do Klarman para você também.
(só irá encontrar em PDF, pois ele só teve uma edição e não é mais publicado).
Vai gostar tanto que acabará fazendo uma resenha em seu blog.
Tenho ações de diversas empresas ha uns 6 anos e concordo com tudo que disse, mas pessoalmente EU não teria uma empresa de capital aberto.
ResponderExcluirParece ser muito mais caro financiar-se por este método do que por outros. uma vez que as ações emitidas foram totalmente vendidas, a empresa já não capta nenhum recurso a mais, apenas mantém o retorno dos acionistas (que trocam seus papeis livremente no mercado secundário). Então emitir ações e manter acionistas por até uma vida inteira não é uma ideia que me agrada se fosse dono.
O Carlos Slim também detesta empresas com capital aberto, algumas que tem são porque já comprou assim e ele luta para fechar apesar da contrariedade de alguns sócios, como o Barsi que reluta em vender suas ações da Embratel e faz questão de continuar sendo sócio para desespero do Slim.
Pois é. Ainda mais no Brasil, que está voltando a ser um país de maior risco, depois da bonança.
ExcluirParticularmente,acho que o investidor pessoa física é muito penalizado no Brasil, devido a alta especulação.
Nossa bolsa hoje, está quase com metade do valor que estaria depois da crise de 2008,isso só reajustando o indice pela inflação.
Nós analisamos balanços, empresas que dão lucros... E derrepente a cotação dessa empresa cai 30%.
Então, derrepente, essa ação de valoriza 50%...
Claro, renda variavel é renda variavel. Mas me parece que o mercado Brasileiro não é confiavel. E isso não parece que será mudado no curto prazo.
Wagner, entao vc nao entendeu muito bem o que significa abrir capital. A frase que vc disse nao faz o menor sentido :"... Então emitir ações e manter acionistas por até uma vida inteira não é uma ideia que me agrada se fosse dono...."
ExcluirQuando voce abre o capital de sua empresa, voce esta literalmente vendendo parte de sua empresa. Voce troca parte de sua empresa por dinheiro. E voce usara esse dinheiro pra investir na empresa e assim fazer ela crescer e vc ganhara mais com isso. Voce nao tera que "manter acionistas pro resto da vida", justamente pois estes "acionistas" sao donos da empresa tambem. Afinal, voce vendeu parte de sua empresa pra este "acionista".
Digamos q eu tenho uma empresa que vale 100 mangos e me gera uma renda de 5%. Ganho 5 mangos. Preciso de dinheiro pra investir na minha empresa. Vendo 49% dela.
Agora minha empresa com 100 mangos de patrimonio, possui 49 mangos no caixa. Com essa quantidade de mandos faco um puta investimento e minha empresa dobra de tamanho em 1 ano. A empresa q tinha 149 mangos em ativos, foi pra 300 mangos em ativos.
No fim do ano a empresa lucra seu humilde 5% (pode ate ser mais por causa da potencializacao da empresa).. mas enfim... 5%.. isso da 15 mangos... metade fica pro acionista (49%) e os outros 51% eh seu... quase 8 mangos. Ou seja, sem fazer divida nenhuma, voce conseguiu impulsionar sua empresa e literalmente ganhar mais.
Tipo, sem se endividar ate as calcas, voce conseguiu alavancar a empresa e ganhar mais. Antes vc ganhava 5 mangos. agora ganha 8 mangos. Lembrando q sem dinheiro seria impossivel fazer esse investimentos. Voce faria emprestimo com estes juros camaradas que temos no Brasil?
Capital aberto eh isso.
Tiago, vc pegou apenas um contexto que escrevi e tirou essa conclusão, vc leu tudo?
ExcluirVeja bem o que escrevi
..."Parece ser muito mais caro financiar-se por este método do que por outros. uma vez que as ações emitidas foram totalmente vendidas, a empresa já não capta nenhum recurso a mais, apenas mantém o retorno dos acionistas"...
Particularmente procuraria por outros meios de financiamento se necessário e não através de emissão de ações, apenas uma opinião que EU não teria uma empresa com capital aberto, não quero minoritários.
Entendeu?
Entendi seu ponto. Mas entao, se vc tivesse uma empresa de medio porte, tipo a Cacaushow (nao to falando de padaria).... E precisasse de muito capital pra fazer um investimento, pra sei la internacionalizar, como vc levantaria recursos? Faria emprestimo? com juros de 10-12% ao ano (na melhor das hipoteses)... A questao nao eh "querer minoritarios"... a questao eh "querer investir na empresa"....
ExcluirSabe quando dois amigos ou dois irmaos se juntam pra abrir uma empresa? Eh quase a mesma coisa.... vc ta dividindo sua empresa com alguem pra ter menos custo pra tocar o negocio.... dividindo assim o risco, e consequentemente, o lucro....
... A questao nao eh "querer minoritarios"... a questao eh "querer investir na empresa"....
ExcluirE não dá para investir na empresa sem minoritarios? Tantas empresas cresceram sem a necessidade de abertura de capital, não sei porque essa quase obrigatoriedade, se fosse tão bom assim todas abririam.
Wagner,
Excluira capitalização é dinheiro barato. O outro anônimo deu um exemplo claro disso.
Além disso, como a administração ainda pertence a ele, ele pode apenas distribuir o lucro mínimo por lei (25% aqui no Brasil) e embolsar o resto.
Fora que com a capitalização a injeção no caixa será monstra, além dele ficar rico do dia pra noite.
Como vc acha que Eike Batista ficou mega-bilionário do dia pra noite?
"se fosse tão bom assim todas abririam"
ExcluirAcredite, todas elas querem abrir. Mas nem todas podem.
Wagner... Nos estados unidos a maioria das empresas abrem capital... o Brasil q eh diferente.... Empresa que nao gosta de abrir capital, ou eh porque estao interessados em proteger patrimonio e nao querem crescer/risco, ou porque sonegam e nao querem abrir as contas, ou porque nao tem um plano de crescimento/investimento e ficar do jeito que esta ja ta bom... Nao consigo ver outro motivo pra nao abrir o capital.
ExcluirNa moral, esse conceito de nao querer dividir lucro com minoritario, eh uma visao incorreta da ideia de capital aberto.
Só corrigindo um detalhe.
ExcluirO lucro minimo a ser distribuído não é 25%.
A empresa pode distribuir a % que quiser, contudo, se ela não falar o % que irá distribuir, ou seja, se o estatuto for omisso, o % será de 50%.
Assim, quando a empresa decidir estipular um %, que não foi estipulado ainda, o minimo será de 25%.
Me fiz claro?!
Acho que isso vai dá pano pra manga....
Tiago,
Excluirrealmente, não faz sentido. Os donos vão ficar muito, mas muito mais ricos abrindo capital! rsrsrsrsrsrsrs
Anônimo, sobre os 25%, tem razão. Na verdade o estatuto que vai definir.
ExcluirDepende também do cenário macroeconômico, algumas empresas estão adiando ou até mesmo desistindo dessa ideia. Acabei de ler sobre o Carrefour que estuda trocar IPO por oferta privada, segui um trecho:
Excluir"As ofertas públicas de ações no Brasil estão no pior nível desde 2004, segundo dados da Thomson Reuters, refletindo a diminuição da confiança de investidores em meio à deterioração das contas públicas e a oportunidade de investimentos considerados mais atraentes em outras regiões. E não há expectativa de melhora significativa do mercado de capitais local no ano que vem."
Essa discussão está muito boa. Parabéns a vocês.
ExcluirMinha opinião é de que não acredito que abrir capital seja algo tão ruim assim. Se observarmos as maiores empresas do mundo, todas possuem capital aberto. A bolsa americana é lotada de empresas, passando de milhares. Lá há até empresas no ramo de velórios e cemitérios. Isso na minha opinião mostra o quão desenvolvida é a economia de um país. Nesta questão de quantidade de empresas abertas nosso país é uma piada, perdendo até para países como Mongólia, segundo li numa reportagem. Aqui é complicado e custoso para uma empresa abrir capital. O Brasil é cheio de empresas que seriam possíveis investimentos interessantes. Citei 3 empresas grandes na postagem, mas ainda faltam muito mais. A Bovespa estima que há 15 mil empresas com potencial de abrir capital. Mas abrindo 1 ou 2 por ano fica difícil.
E sobre a queda das oferta públicas, normalmente as empresas preferem abrir capital quando estamos no boom da bolsa. Nessa época os investidores estão dispostos a pagar mais. A tabela abaixo mostra muto bem isso:
http://www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/consultas/ipos-recentes/ipos-recentes.aspx?idioma=pt-br
Abraços
Alguém leu o livro "Crash!: Uma Breve História da Economia"?
ExcluirLá há uma parte que fala do quão importante foi a sociedade anônima e o mercado de ações para a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais.
Essa mudança organizacional minimizou riscos e permitiu um país atrasado em relação aos demais (Holanda na época) dominar o comércio oceânico.
Esperar para crescer com os próprios lucros muitas vezes não é uma boa opção para uma empresa. Exemplos: pode perder mercado para um competidor alavancado. Talvez o modelo de negócio funcione melhor com escala. Entre outros motivos.
Empréstimos não servem para todas as situações. Um exemplo: em um empréstimo você normalmente começa a pagar juros ao tomá-lo. Isso pode comprometer o caixa. Em um IPO não há juros os resultados podem demorar mais a aparecer.
Entre outros motivos.
Emitir ações é um bom negócio. Capitar bilhões em recursos sem apresentar garantia, afinal de contas que investe é dono e não credor. Pergunta ao Zuckerberg se ele está arrependido. O anônimo que deu exemplos numéricos resumiu bem o processo.
ExcluirWagner Diniz, de verdade, ainda acho que vc nao estendeu o que eu estou falando. Voce deu o exemplo do Carrefour como argumento de que abrir capital nao eh uma boa ideia...
ExcluirMas veja bem, para quem esta vendendo, qual a diferenca entre uma IPO e uma oferta privada? Os dois casos sao muito parecidos, a unica diferenca eh que no primeiro caso, voce estaria vendendo parte da sua empresa para o publico em geral, e no segundo caso, pra algun investidor especifico. No entanto, iria dividir dividendos da mesma forma, .... E dinheiro estaria entrando pra empresa da mesma forma em ambos os casos...
Investir na propria empresa quando se tem dinheiro de sobra, eh facil. O problema eh que nem sempre a empresa tem dinheiro. Se um camarada quer fazer investimento, ele pode fazer um puta emprestimo e pagar juros, e torcer pro lucro da empresa q ele criar ser maior que os juros do emprestimo..... OU fazer um joint Venture e nao ter divida nenhuma.
Joint Venture, IPO e oferta privada Nao sao as mesmas coisas, mas se parecem bastante... Soh muda mesmo a entidade q esta dando o dinheiro e o tamanho de quem esta recebendo.
Excelente post, AdP!
ResponderExcluirAproveito para lembra que muitos dos grandes players - inclusive nacionais - são investidores institucionais: sociedades seguradoras, entidades de previdência privada, clubes de investimento, sociedades de capitalização, fundos externos de investimento e fundos mútuos de investimento.
E como eles são formados? Em sua expressiva maioria, com a soma das economias de milhões de pequenos poupadores.
Logo, as pessoas físicas correspondem por muito mais do que 6% das movimentações em bolsa. Muitas destas pessoas, inclusive, desconhecem que parte do seu dinheiro está sendo empregado na manutenção do mercado de capitais brasileiro/mundial.
Abraço!
"E como eles são formados? Em sua expressiva maioria, com a soma das economias de milhões de pequenos poupadores."
ExcluirNem lembrei deste fato. Informação bem importante.
Abraços
ADP, explica melhor esta questão de venda secundaria ir para bolso de antigo dono.
ResponderExcluirNão entendi muito bem.
CVC e BB Seguridade são exemplos?
Na pratica isso muda muita coisa?
Você entendeu muito bem sim. É isso mesmo que você leu.
ExcluirOferta primária = dinheiro para a empresa
Oferta secundária = dinheiro para antigo dono
Oferta mista = Um pouco dos dois acima
No link abaixo é possível verificar qual foi o modelo de IPO dos últimos anos:
http://www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/consultas/ipos-recentes/ipos-recentes.aspx?idioma=pt-br
Na prática caberá ao investidor decidir analisar se investe ou não. Investir em uma empresa que fez oferta secundária não quer dizer necessariamente que os donos estão com segundas intenções. A Cielo e M Dias Branco foram assim e por enquanto não decepcionaram. Já Ecodiesel, OGX e Agrenco, que fizeram ofertas primárias, são piadas da bolsa. Ser de oferta primária e secundária não significa ser um carimbo de empresa boa ou ruim.
Abraços
Tenho a ingenua intuição de que no Brasil o pequeno investidor poderia ser mais valorizado. No E.U.A a coisa é um pouco diferente.
ResponderExcluirAbs!
Concordo. MEs e EPPs são as grandes geradoras de empregos. Existe bem menos burocracia hoje do que há 15 anos, mas ainda longe do ideal.
ExcluirOlá ADP!
ResponderExcluirEstou tentando inclui-lo na lista de blogs que sigo e não estou conseguindo. Você dizer o que está acontecendo?
Abraço!
Acho que é bug. Há alguns blogs que eu tento adicionar e acontece a mesma coisa.
ExcluirAbraços
Mesmo no Brasil, com todo o desrespeito que existe com pequeno investidor, ainda vale apena montar uma carteira de ações para o longo prazo.
ResponderExcluirQuanto a pergunta, a importância do pequeno investidor é inquestionável. Afinal, mesmo os grandes investidores institucionais, são formados por pequeno poupadores. Mas ainda, se o pequeno investidor se propusesse a ser uma investidor ativista(o que é comum no E.U.A) a coisa melhoraria tanto, mas tanto, que empresas como as do império "X" jamais entraria na carteira de um pequeno investidor sério.
Interessante, uma dúvida tão básica e que eu nunca soube responder =)
ResponderExcluirParabéns AdP
ADP,
ResponderExcluirEntão a empresa só "ganha" o dinheiro na hora do IPO? Ou seja, depois daquilo, nunca mais vai cair nada no caixa dela, exceto se ela fizer uma nova capitalização, como a Petrobras fez em 2010?
Muito boa sua postagem, caro ADP!
ResponderExcluirExcelente seu guia do IR também, me ajudou pra caramba!
Parabéns pelos seus artigos! Estão cada dia melhores!
Grande abraço!
Seu blog é excelente e tem uma didática fantástica, estou entrando no mundo dos investimentos agora, apesar de já economizar a algum tempo, criei um blog para mostrar meus ganhos e adicionei seu site ao blogrool, se puder fazer o mesmo. Abraço!!
ResponderExcluirUma coisa que não consigo entender que talvez alguém aqui possa me explicar, vi uma matéria que dizia que o Mark Zuckerberg possui atualmente o controle de 68% do Facebook, e no mesmo dia vi outra dizendo que o Facebook estava valendo 200 bilhões, e que ele tinha passado a fortuna dos donos do Google com uma fortuna estimada de 32 bilhões, porém no meu leigo entendimento se a empresa vale 200bi e ele tem 68% dela a fortuna dele não seria de 136 bilhões?
ResponderExcluirolá gostaria que voces me ajudasem aterminar o meu trabalho de um curso que eu faço so que falta esta tres perguntas pra eu terminar.
ResponderExcluirQuais são os ativos da empresa cacau show? Quais foram os riscos que o dono teve com o ativo da empresa cacau show? E como iniciou o ativo da empresa cacau show? e dicas como fazer o ativo da empresa? preciso destas respostas urgente se for possivel passem agora pra me terminar pra eu entregar amanhã
voces podem me ajudar o mais rapido possivel
ResponderExcluirOlá, eu sou mr Recardo, um emprestador empréstimo privado que empresta oportunidade de tempo de vida. Você precisa de empréstimo urgente para pagar a sua dívida, ou você precisa de um empréstimo para melhorar seu negócio? Você foi rejeitado pelos bancos e outras instituições financeiras? Você precisa de um empréstimo de consolidação ou hipoteca? procurando mais porque estamos aqui para fazer todos os seus problemas financeiros, uma coisa do passado. Nossa empréstimos para pessoas que necessitam de assistência financeira, que têm um mau crédito ou precisam de dinheiro para pagar as contas, para investir no negócio a uma taxa de 2%. Quero usar este meio para informar que prestar assistência confiável e receptor e estarão dispostos a oferecer empréstimos. Então, entre em contato hoje pelo e-mail: Recardoroland.loanfirm@gmail.com
ResponderExcluirSKYPE (AgentRecardoRolandloanfirm)
Além de sua proposta parecer a de um oportunista, sempre desejo insucesso nas ações que oferecem empréstimos em blogs que incentivam o investimento em ativos e a diminuição de passivos financeiros.
ExcluirAbraços