segunda-feira, 23 de março de 2015

Meu método de precificação – Introdução



Muito se fala sobre uma ação ser cara ou barata, mas raramente se compartilha os métodos pessoais utilizados para mensurar o preço de uma determinada ação. Nesta postagem, relatarei como costumo estabelecer se o preço que pago pelas minhas ações são aceitáveis. Antes de iniciar a metodologia, é preciso esclarecer alguns pontos que normalmente causam uma enorme confusão em relação à precificação.




O que é precificar?

Precificar é simplesmente um método para estabelecer o preço de algo. Em relação ao investimento no mercado acionário, é o estabelecimento de um preço para as ações de uma determinada empresa. Exemplificando, se pela aplicação de meu método estabeleço que um preço de 10 reais é justo para uma ação mas esta é cotada a 15 reais, isto significa que o preço de mercado está muito alto para os meus parâmetros.



Precificar é adivinhar futuro?

Quando se precifica, o investidor não está querendo adivinhar o futuro. Ele apenas quer saber se o preço de mercado está acima ou abaixo do que ele considera aceitável. Fazemos algo semelhante quando avaliamos se o preço ofertado por um carro usado está de acordo com sua condição. Sejam ações ou carros, o comprador quer fechar um bom negócio, o que não tem nada a ver com adivinhação de futuro.



O preço calculado não quer dizer nada pois o que vale é o preço ‘na pedra’?

A intenção da precificação não é desqualificar o preço de mercado (na pedra). O investidor só não quer pagar arbitrariamente o preço que todo mundo está pagando no momento. (o que nos leva a reflexão: pertencem à manada aqueles que praticam a  compra sistemática de uma ação, sem qualquer pré-avaliação, aceitando cegamente o preço que o mercado está oferecendo, haja vista que a maioria dos investidores também operam sem qualquer método factível de avaliação de preço?) 
Um investidor que usa a precificação não quer sair pagando o preço que a manada todo mundo paga porque esta é a atitude que costuma praticar em todas as suas compras do dia a dia. Se ele acredita que algo está acima do preço que ele acha adequado, ele deixa de fazer o negócio. Claro, existe a possibilidade de alguns destes negócios que ele não fechou revelarem-se maravilhosos, mas como este investidor está ciente de que como nenhum método é perfeito, ele prefere se apegar a sua margem de segurança a comprar sem método algum.



Os métodos de precificação são complicadíssimos?

O investidor não precisa utilizar métodos altamente precisos de precificação. Ele não precisa estabelecer que a ação X tem como preço justo o valor de R$34,56, com margem de 0,5% de tolerância. Com base em alguns dados simples, ele pode, por simples comparação com seus pares, estabelecer que seja aceitável pagar hoje pelo Banco do Brasil um valor de até 29, 30 reais, sendo que valores acima significam que seria interessante o aporte em outras ações. Não precisa ser um Alexander Grothendieck para o estabelecimento de valores gerais e superficiais de uma ação.



Se a ação atingir o preço justo, é preciso vendê-la?

Precificação não é um método de alocação de ações nem de indicações de compra e venda. É simplesmente o estabelecimento de um preço de uma ação. Ninguém é obrigado a vender uma ação somente porque ela atingiu o preço calculado pelo investidor.



Quem utilizou precificação nunca compraria empresas como Cielo e Ambev.

Se a precificação do investidor consiste na rejeição de empresas com P/L acima de um determinado valor, pode ser que sim. Entretanto, uma precificação que considere também o crescimento dos lucros pode muito bem indicar compra de ações como Cielo e Ambev.

Não podemos esquecer também que o preço justo é alterado ao longo do tempo conforme for o desempenho dessas empresas. Um investidor pode ter comprado ações por considerar hoje o valor justo de uma determinada ação por 20 reais e ir reajustando para 30, 50, 90 reais ou até mais dependendo do desempenho da empresa, o que justificaria posições em empresas como Cielo e Ambev durante anos.



Por fim, precificação não é uma ferramenta que consiste em prender o investidor em cálculos intermináveis. Ela é apenas uma ferramenta de estabelecimento do preço de uma ação, mesmo que geral, a fim de auxiliar o investidor na quantificação utilizando seus próprios parâmetros. Fazemos uma precificação mínima quando escolhemos qual carro, imóvel, roupa,  microempresa e passagem de avião comprar, pois sabemos que não é sensato sair pagando o preço que nos oferecem. Com ações não seria diferente.



Diante dos esclarecimentos preliminares abordados acima, terei condições de, na próxima postagem, abordar o meu método de precificação sem que os comentários tenham os já batidos chavões antiprecificação.


Enquanto isso, deixe suas impressões nos comentários.

62 comentários:

  1. Muito bom, irei ver qual o grau de semelhança entre o seu método e o meu de precificação.
    Att,
    Rudi

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    1. Olá Rudi,
      Como você verá, meu método não é nada complicado.
      Abraços

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  2. Parabéns AdP. Ansioso pela próxima postagem!!!

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    1. Grande The Guardian, é sempre bom vê-lo por aqui.
      A postagem sairá em breve.
      Abraços

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  3. Olá, ADP. Quando refletirmos ou agimos no mundo sempre estamos fazendo previsões sobre o futuro, isso é um fato.
    Um ativo financeiro então é a previsão sobre o futuro ambulante. Se um ativo é a soma dos seus valores futuros trazidas a um valor presente, então qualquer processo de precificação necessariamente terá que fazer assunções sobre o futuro, ou simplesmente "adivinhar" o futuro. Veja o que disse sobre a AMBEV e CIELO: "Entretanto, uma precificação que considere também o crescimento dos lucros pode muito bem indicar compra de ações como Cielo e Ambev". Ora, isso é tentar prever o futuro. Quando se compra uma ação nessas condições parte-se da premissa de que os lucros continuaram crescendo, isso é fazer uma previsão sobre o futuro.
    Logo, não há nada de errado de fazer previsões sobre o futuro, nós sempre fazemos isso nos atos mais banais, até mesmo ao atravessar uma rua (fazemos uma previsão de que ao atravessar a rua naquele exato momento com uma determinada velocidade nós chegaremos ao outro lado da rua intactos). Basta aceitar esse fato, aceitar que não somos bons em fazer previsões, e tocar a vida, bem como os investimentos.

    Abraço!

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    1. Grande Soulsurfer, é sempre muito bom vê-lo por aqui.
      Olhando por este lado você está correto sim. Considerando o crescimento dos lucros passados, o investidor tem a expectativa de crescimento semelhante no futuro, ou ainda, ele pode projetar um crescimento maior ou menor dependendo de sua análise, obtendo assim, um valor atual compatível com esta previsão.
      Entretanto, o investidor tem plena ciência de que é apenas uma projeção e que a realidade pode não ser de acordo com sua expectativa. Apesar dele ter sua conjectura, ele precisa monitorar o desempenho da empresa e recalcular frequentemente o novo preço justo de acordo com o desempenho da empresa.
      Mas como eu já vi por aí gente citando as previsões na tentativa de desqualificar a precificação, quando um investidor calcula o preço justo da ação X por 20 e ela está a 10, isso não significa que ele tem a certeza de que a ação irá a 20. Sua previsão de futuro não se refere a isso.
      Abraços

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  4. ADP,

    Respeito muito os seus conceitos, contudo, eu JAMAIS vou deixar de comprar uma ação de uma empresa boa e que atenda os meus critérios porque ela está "cara". Como já debati com você em outras ocasiões, recomendo esses dois vídeos:

    https://www.youtube.com/watch?v=S5FUItBa7zQ

    https://www.youtube.com/watch?v=t2KXBX_xclc

    Abraços!

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    1. Estes videos partem do pressuposto que haja compra mensal numa mesma empresa.

      Ocorre que o investidor pode chegar na conclusao de nao aportar na empresa quando estiver a patamares maiores que um justo, pra preferir aquelas de sua carteira que estejam momentaneamente a preços mais atrativos, ou, se nao houver, investir em renda fixa ou outras classes de investimento se a situacao de otimismo da bolsa perdurar.

      Exemplo: quando o mercado está muito otimista com a bolsa, seus preços sobem e podemos comprar renda fixa, e vice-versa.

      O TDSB do bastter tambem parte deste pressuposto! Na medida em que quedas de preço desbalanceiam pra baixo te mandando comprar, e subidas de preço desbalanceiam pra cima te falando pra comprar outra coisa.
      So que é uma ferramenta simplificada, e nao precisamos e acho que nem devemos se ater a ela cegamente.

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    2. Ele provavelmente ainda vai comentar, mas uma ideia é criar filtros pra evitar preços de compra exorbitantemente acima do justo. O nivel de criticidade do filtro é ajustavel e pessoal. Comprar caro imbute o risco de expectativa de lucro futuro que pode nao se concretizar! Comprar caro te expoe a um risco maior dado que numa eventual piora da empresa, iremos vender e na venda o gap entre preços de compra e venda ficará maior, aumentando o grau de prejuizo. O prejuizo é inevitavel, mas da pra tentar minimiza-lo.

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    3. Investidor livre, já que está recomendado vídeos de seu guru, não deixe de ver esse também:
      http://www.youtube.com/watch?v=ZyQoH4T4TY4
      Aparentemente, quando o mestre fala sobre o futuro, o resultado não é tão bom como quando ele fala sobre o passado.

      Mas já sei qual será a resposta: quatro pernas bom, duas melhor ainda

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    4. Anônimo,

      Qual o problema do vídeo da Eletropaulo? O que o Bastter falou de errado? A questão da ELPL4 é simples. A manada, iludida com os gordos dividendos que a empresa pagava, ficou com essa ilusão de viver dos proventos, inclusive temos um "blogueiro" famoso que faz isso até hoje...

      Como os lucros despencaram a cotação foi atrás. Aonde está a incoerência?

      Abraços.

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    5. IL, sempre bom te ver por aqui.
      Não sei o conteúdo do vídeo pois aqui no trabalho o Youtube é bloqueado, mas acredito que seja aquele vídeo da Vale e as compras mensais.
      Como já conversamos, isso não tem nada a ver. E há uma série de motivos:
      1) A quantidade de investidores que fazem compras sistemáticas de apenas uma ação é insignificante. Na prática os investidores que fazem compras mensais constantes possuem pelo menos meia dúzia de ações. Você por acaso faz compra em apenas uma ação?
      2) E daí que o preço médio fica na média do tempo total? Comprar uma média de caro não traz retorno para o investidor. Vale está sendo um exemplo disso. Você, acionista atual da Cielo, compraria HOJE suas ações caso elas fossem negociadas no patamar de 400 reais cada, o que faria dela uma empresa com um valor de mercado de 720 bilhões de reais mas que lucra apenas 3 Bi (equivalente a uma padaria de 100 mil reais que lucra cerca de 400 reais por ano)?
      3) Completa incoerência falar que preço não serve para nada mas utilizar alocação de ativos (vulgo TSDB). Por favor, me explique o motivo disso.
      4) Um "estudo" isolado não significa nada. Fiz uma postagem sobre o método dos aportes dobrados no BBAS3 e a rentabilidade deu um banho nos aportes fixos e constantes. Isso significa que o método é indiscutivelmente melhor?

      Complementando com outras questões:
      1) O propósito desta postagem introdutória não é catequizar ninguém. Se a pessoa não quer utilizar precificação, isso é questão do perfil dela. Minha intenção é compartilhar meu método (muito simples por sinal) porque não vejo quase ninguém compartilhando o seu.
      2) Outro propósito desta postagem introdutória é justamente atrair para cá os comentários antiprecificação. Eles só causam discórdia e não queria que estes comentários estivessem na postagem principal, que é a próxima. Eu quero compartilhar meu método para que outras pessoa opinem positiva ou negativamente.
      3) Bastter no vídeo da EletroPaulo disse que era histeria o que acontecia com a Eletropaulo, afirmando que São Paulo não vai ficar às luz de velas. O que deu a entender é que as empresas só entram em falência por falta de demanda,o que é verdade em apenas pouquíssimos casos.
      4) Assim como você de novo pediu para ver estes vídeos, solicito humildemente para que você veja o link abaixo:
      https://www.google.com.br/search?q=livros+de+an%C3%A1lise+fundamentalista&ie=utf-8&oe=utf-8&safe=active&gws_rd=cr&ei=PH4RVfKiEKWwsAS014HQBg

      Garanto que em nenhum deles, seja nacional ou internacional, você vai encontrar um escritor sério afirmando que preço não serve para nada.

      Abraços

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    6. ADP,

      Vamos a réplica?

      1)O exemplo do vídeo foi só para mostrar que, para quem faz pequenas compras mensais, o preço pago é insignificante.

      2)Como não traz retorno? Fale isso para quem está investindo mensalmente nos últimos anos nas "caras" Ambev, Cielo e Ultrapar, apenas para ficar nessas três... Sobre seu questionamento da Cielo, sim, eu compraria. A única coisa que importa para mim é se a empresa atende os meus critérios. Empresa boa é boa a qualquer preço e empresa ruim é ruim a qualquer preço.

      3)Não há incoerência nenhuma. O TSDB indica apenas a compra do ativo que está mais distante do objetivo determinado pelo investidor. Oscilações no mercado e novos aportes alteram de forma significativa essa distribuição.

      4)BBAS3 não é ação para B&H, assim como nenhuma outra estatal. Faz agora o método dos aportes dobrados na PETR3 para você ver como o investidor que seguiu o mesmo se deu bem. Queda não é oportunidade, salvo em raríssimos casos, como na crise de 2008.

      5)Quanto mais conhecimento melhor! Pois é ADP, mas você sabe que a maioria quase sempre está errada né? Você certamente sabe que toda unanimidade é burra... Então pode deixar que eu fico sozinho com o "método Bastter", rs.

      6)Não concordar com o uso de precificação é causar discórdia? Então tá...

      7)Mas era histeria mesmo. Na época do vídeo ela ainda tinha lucros consistentes. Mas isso não muda o fato de que 99% das pessoas compraram a ação dela com a ilusão de viver de dividendos.

      8)Não estou preocupado com escritores e sim com investidores... Em todo o caso, estou disposto a testar o "método Bastter" e ver o que vai acontecer. Se eu quebrar a cara, serei o primeiro a reconhecer isso.

      9)Preço importa para quem compra uma ENORME quantidade de ações de uma vez. Só que aí não é B&H e sim trade. O maior erro dos investidores é acharem que fazendo meia dúzia de continhas e lendo alguns livros vão investir igual o Buffett.

      Abraços!

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    7. "Não estou preocupado por escritores e sim com investidores"

      IL, vou me intrometer na discussão:
      Os "escritores" que o ADP cita são na verdade investidores de sucesso que resolveram compartilhar seus conhecimentos.

      O autor dos videos que postou até agora fez sucesso apenas como blogueiro. Como investidor ninguém sabe qual o desempenho histórico dele.

      Então, se me permite distorcer sua frase:
      "Não se preocupe com blogueiros e sim com investidores"
      Abraço

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    8. Meu amigo, vamos lá de novo:
      1) O vídeo mostra que comprando constantemente uma coisa você terá a média do preço. Isso é óbvio. Seja Vale, dólar ou tomate, é obvio que se você comprar periodicamente você terá no final um preço médio. Isso não prova nada.

      2) De onde você tirou que Ambev, Cielo e Ultrapar são caras? Você possui método de precificação? Eu tenho método de precificação e sou acionista da Cielo, então o que você escreveu não faz sentido.

      3) É incoerente sim. Se preço não importa, então porque se utiliza alocação de ativos, que é um sistema que leva em consideração o preço do ativo? Não faz o menor sentido. É a mesma coisa que falar que precificação é algo complexo, mas ao mesmo tempo recomendar fazer o lançamento coberto de opções. Se a ideia é se afastar de coisas complexas, como pode recomendar uma?

      4) Não tente distorcer o que escrevi. Eu escrevi que um "estudo" isolado não significa nada. E sobre PETR, como foi falado, aportes dobrados não é método de escolha de ações, mas sim um método de aporte. Seja aportes dobrados ou aporte normais, o investidor iria se dar mal com PETR. Mas em 2008, aqueles que utilizaram precificação em PETR poderia ficar de fora, enquanto aqueles que falam que "empresa boa se compra a qualquer preço" se dariam mal. Hoje é fácil falar que não se investe em estatal, quero ver falar isso no início de 2008.

      5) Foi o que disse. Eu respeito quem acha que não é necessário, mas vejo muita pessoa que desrespeita quem usa precificação como se fosse um crime.

      6) Da forma como muitos cultistas do Bastter abordam o assunto, papagaiando sem nunca terem lido nem um livro na vida, sim, causa discórdia.

      7) Histeria é afirmar que São Paulo não vai ficar a luz de velas como se fosse argumento suficiente para manter posição na empresa. Foi falado que não estava acontecendo absolutamente nada com a empresa. Isso sim é um caso de histeria.

      8) Entenda de uma vez por todas. A diferença entre meu método de investir e o que o Bastter prega é mínima. Eu invisto periodicamente em empresa lucrativas e recomendo a todos o mesmo método. Mas eu não me prendo apenas a uma fonte de informação e muito menos fico, desculpe o palavreado, "pagando pau" para uma pessoa, ainda mais considerando que não há nenhuma informação real sobre seu background ou o que ele faz hoje em dia. Há tanto livro sobre o assunto que seria, na minha opinião, estupidez se prender apenas a uma fonte. Parece aqueles petistas que aceitam tudo o que o PT fala como se fosse uma verdade incontestável, além de papagaiar para os 4 ventos.

      9) Não. Preço importa em qualquer situação, em qualquer quantidade e em qualquer período. Não existe isso de que somente trader olha preço. Isso é uma informação absurda e não faz o menor sentido no capitalismo. Olhamos o preço de TUDO, eu repito, TUDO a qualquer momento. Com ações não seria diferente. E ninguém quer copiar Warren Buffett. Por favor, este argumento de usar Warren Buffett é muito batido e já passamos da fase de usarmos estes tipo de argumentação.

      Abraços

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    9. ADP,

      Perfeito. Não há mais o que debater. Você leva o preço em conta nas suas compras e eu não. Pronto, assunto resolvido. Quem será mais bem sucedido em sua caminhada? Só o tempo dirá.

      O fato é que não existe certo e errado nessa questão, logo, discutir isso ad eternun é como questionar o sexo dos anjos. Agora deixa o meu amigo EI amolar você um pouquinho, rs.

      Abraços!

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    10. Pois é, anônimo. O engraçado é que ele sabe muito bem disso. Tem muito livro sensacional escrito por investidores sensacionais. E lê-los não significa que eu quero copiá-los. Isso não tem nada a ver e normalmente é outro argumento usado para tentar desqualificar estes livros e os ensinamentos destes grandes investidores.
      Ele prefere ater-se apenas ao ensinamento de um cara que tem um site e um canal de Youtube, vendedor de contas Blue, DVD's e livros próprios, parceiro de corretoras, mas que nunca compartilha seu histórico com ninguém nem diz no que investe. Nunca recomenda nenhum livro, nem de contabilidade básica, muito menos de algum escritor mais sério, pois sabe que QUALQUER livro no mundo que indicar conterá ensinamentos que entram em conflito com o que ele prega.

      Abraços

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    11. IL, concordo que é um erro comum na blogosfera o cara achar que vai ser um novo waren buffett fazendo meia duzia de contas e lendo alguns livrinhos.

      Mas é um erro ainda maior achar que vai sobreviver na bolsa sem ler livro algum e não fazendo conta alguma, apenas assistindo a um video de um guru de internet.

      Preste atenção no que o ADP está lhe dizendo. Ele está sendo muito gentil de gastar o tempo dele alertando-o para um dogma totalmente errado que lhe foi passado pelo Bastter.

      Essa história de que preço não importa é grotescamente equivocada.

      Ainda que não mude de opinião, não deixe de se questionar constantemente se este posicionamento está correto.

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    12. Anônimo,

      O grande problema de levar o preço em conta é o seguinte:

      A empresa XYZ é boa, atende os meus critérios e eu quero ela na minha carteira. Porém, de acordo com a precificação, ela está "cara". E agora, eu deixo ela de fora do meu portfólio por causa disso?

      Muita gente que fez isso deixou de investir em ABEV3 e o que era caro, ficou mais caro ainda, porque os lucros da mesma não param de aumentar. Falando de Ambev, a ação custava 80 reais antes do desdobramento e hoje está por volta dos 20.

      Ou seja, antes ela era cara e agora é barata? Percebeu como esse conceito de caro e barato é totalmente subjetivo? É impossível determinar isso com exatidão. Nem o Damodaran consegue fazer isso.

      Segundo alguns, a Petrobras está barata. Sendo assim, eu posso fazer all-in nela agora que você garante para mim que a cotação dela vai chegar nos 30 reais um dia? Eu não tenho bola de cristal, contudo, afirmo que é mais fácil a cotação dela chegar nos 3 do que nos 30!

      Precificação significa prever o futuro e, pior, não há garantia nenhuma de que o tempo gasto com isso levará o investidor a ter resultados melhores que o que faz pequenas compras mensais a qualquer preço.

      Abraços!

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    13. Vamos tornar as coisas mais simples então:
      De uma lado temos o IL dizendo que preço não importa e que pagaria 400 reais pela cielo.
      De outro temos o ADP com ações da cielo na carteira.
      Olha como é fácil de resolver: o IL compras as cielo do ADP por 400 pilas e fica feliz ao demonstrar seu ponto de vista.
      Que tal, temos um negócio?

      Quanto à história da ambev, nós sardinhas perdemos a oportunidade porque não soubemos precificá-la corretamente. Só isso. Não muda a ideia de que pagar qualquer preço por uma ação é uma coisa idiota a se fazer.

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    14. "Muita gente que fez isso deixou de investir em ABEV3 e o que era caro, ficou mais caro ainda, porque os lucros da mesma não param de aumentar. Falando de Ambev, a ação custava 80 reais antes do desdobramento e hoje está por volta dos 20.

      Ou seja, antes ela era cara e agora é barata?"

      Desculpe IL mas seu ponto acima não tem absolutamente nada a ver. NUNCA VI NENHUM USUÁRIO DE PRECIFICAÇÃO AFIRMANDO SER CARA OU BARATA UMA AÇÃO BASEADA APENAS NO SEU VALOR NOMINAL. E eu sei (ou pelo menos quero acreditar) que você sabe disso. O valor nominal da ação não diz se ela está cara ou barata. Se fosse assim, todo mundo que utiliza precificação se entupiria de Tec Toy. Mas na verdade os mesmos sabem que Tec Toy é uma empresa muito cara. Você conhece o conceito de valor de mercado, não? Sabe que o valor de mercado da empresa não muda com desdobramentos, grupamentos e bonificações, né?
      Me aponte uma fonte de informação relacionada a precificação que afirme ser cara ou barata uma ação baseado em seu valor nominal. O Bastter ensinou isso para você?

      E de novo, quem disse para você que Ambev foi uma empresa cara? Se os lucros estão aumentando, seu preço justo aumenta também, o que justifica a manutenção dela na carteira por décadas. Se eu tiver um método de precificação que considere taxa de lucros, margens e endividamento, posso chegar a conclusão de que Ambev é uma pechincha, indicando forte compra, ao contrário do TSDB que não indicaria compra apenas porque ela subiu, mas indicaria forte compra em Eletropaulo, uma empresa que despencou mas afirmaram por aí que não estava acontecendo nada com a empresa pois São Paulo não iria ficar a luz de velas.

      'Segundo alguns, a Petrobras está barata. Sendo assim, eu posso fazer all-in nela agora que você garante para mim que a cotação dela vai chegar nos 30 reais um dia? Eu não tenho bola de cristal, contudo, afirmo que é mais fácil a cotação dela chegar nos 3 do que nos 30!"
      E daí que segundo alguns Petrobras está barata? O investidor utiliza seu próprios critérios. A turminha que gosta de fazer lançamento coberto com ações da Petrobrás (e que certos gurus incentivam e ensinam como fazer isso) está se dando mal com a empresa. Segundos os meus critérios, Petrobrás está caríssima. E quem está falando de all-in? Desde quando precificação fala alguma coisa de all-in? De onde você tirou isso? E quem disse que precificação dá garantias de que Petrobrás chegará a 30 reais? Quem disse que precificação dá garantia de algo? Você trabalha com garantias? Você quer garantias na renda variável? Seu método te dá garantias de lucro certo? Este argumento pode ser utilizado contra qualquer método. NINGUÉM trabalha com garantias. De onde você tirou isso? E você quando compra empresas boas, pagando qualquer preço, não estaria prevendo o futuro, pois considera que elas continuarão boas?

      Anon, a ideia é boa. Eu topo vender cada uma delas por 400 ou até mais, já que "holder tem que querer pagar cada vez mais caro por uma ação".

      Abraços

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    15. ADP,

      Só para encerrar. Sobre a bola levantada pelo anônimo a respeito da Cielo, você sabe muito bem que cotação segue lucro, logo, o seu exemplo é absurdo e sem sentido. Se a cotação da CIEL3 chegasse a 400 reais, CERTAMENTE o seu lucro líquido também teria aumentado na mesma proporção ou até mais do que isso.

      Estou voltando nisso porque eu não havia lido esse trecho da sua postagem com a devida atenção. Em todo o caso, reafirmo o que disse antes, que a única coisa que importa para mim é se a empresa atende os meus critérios.

      Abraços.

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    16. Investidor Livr3, não é sempre assim que funciona. No longo prazo a tendencia que mencionou costuma valer, mas no curto prazo os preços possuem alta variacao, afinal é um mercado secundario onde se vende e compra por qualquer preço (se a contraparte aceitar). A nao ser que voce esteja supondo a teoria dos mercados eficientes, onde o preço atual é sempre o justo.
      Mas no mercado de açoes, como em varios mercados, as emoções e histericos promovem cenarios de pessimismo ou otimismo generalizados. Acho que ja deve ter notado isso.
      Os 400 reais ficaram um exemplo exagerado, mas posso ofertar venda a qualquer valor, coerente ou nao, e ser exercido se houver interessados!

      Se voce analisar os historicos de cotacao de varias empresas, vai notar que mesmo aquelas lucraticas passam por momentos de sobrepreço, e subpreço. O risco é o de voce comprar em sobrepreço, e precisar/querer vender (por qualquer que seja o motivo) numa epoca de subpreço.

      Usar um metodo de precificação (ou mais de, combinados) pode ser um instrumento auxiliar, de ultima instancia, de suporte ao conservadorismo do investimento que foi o exemplo que eu tinha mencionado antes.

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    17. Ok, IL. Minhas considerações estão escritas acima. Eu já percebi que você utiliza apenas o Bastter como fonte de informação e se recusa a olhar qualquer outra, assim como não respondeu 10% de minhas perguntas. Se está disposto a investir milhares de reais baseado apenas no que um empresário sem background diz, sendo que o mundo todo (com exceção do culto) afirma que isso é uma loucura, então só te desejo bons investimentos. Caso queira olhar outras fontes, sugiro a leitura de alguns livros, como os que sugeri nesta postagem:

      http://alemdapoupanca.blogspot.com.br/2013/05/voce-pergunta-o-blog-responde-10.html

      Após a leitura de alguns destes livros tenho fé de que pelo menos você não vai afirmar que empresas com cotação baixa, por exemplo a Tec Toy, são consideradas baratas. Saiba que seu conceito de precificação e o conceito real de precificação possui uma diferença de um precipício.

      Abraços

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    18. ADP,

      Perfeito. É uma pena que você não tenha entendido nada que eu tenha escrito. Aparentemente eu estou falando grego, rs. Sucesso para nós!

      Abraços.

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  5. Promessa é divida hehe.
    Se puder, sugiro utilizar a Weg como exemplo... De acordo com o Bastter, hoje esta com taxa de crescimento de lucros de 11% (5 anos) e P/l de 26, mas pouco tempo atras tava 30. O mercado paga um pau pra essa empresa.

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    1. Olá BaTtD,
      A postagem está praticamente pronta e não coloquei Weg como exemplo. Mas nos comentários eu posso ir colocando algumas empresas.
      Abraços

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  6. Sem querer te desanimar, mesmo que você desenhasse haveriam comentários anti-precificação. rs

    De toda forma, é um bom tema a ser desenvolvido.

    Abraço!

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    1. O que é uma aberração tornou-se normal e o que era normal tornou-se aberração. Não há literatura séria no mundo apontando que preço não serve para nada. E não há coisa alguma no mundo que não fazemos uma avaliação mínima que seja sobre o preço. Tudo tem seu preço! Mas tem gente que acredita fielmente no contrário quando o assunto é ações.
      Abraços

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    2. As pessoas não aceitam mais a simples troca de ideias. E é triste isso...

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  7. ADP, como você declarou suas bonificações das ações da CMIG?

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    1. Olá anon. Por favor, dê uma olhada neste link:
      http://alemdapoupanca.blogspot.com/2015/03/nao-deixe-sua-declaracao-de-ir-para.html?showComment=1425396177191#c5909253343297134318

      Se tiver dúvidas onde preencher na declaração, entre neste link e veja o item 6:
      http://alemdapoupanca.blogspot.com.br/2014/03/guia-de-declaracao-de-imposto-de-renda.html

      Abraços

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    2. Sou grato. Porém, não sei exatamente como lançar o lucro obtido com as 173 ações da CMIG4 que recebi (São essas as ações da bonificação?). Segundo a nota de corretagem, o PM dessa venda foi de R$ 13,00. Lanço o valor total do lucro?

      Recebi também 54 ações PN. Possuía 500. São essas as de bonificação de valor R$ 0?


      Abraços, desculpa e obrigado.

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    3. Sim, as ações que você recebeu são da bonificação. Só não entendi uma coisa. Você recebeu 173 ou recebeu 54?
      Se você tinha antes ações PN, você tem que lançar o lucro em relação ao seu preço médio antigo.
      Se você não tinha ações PN (o que aconteceu comigo, pois ON bonificou PN), lance o valor total da venda como lucro.

      Você antes da bonificação só tinha ações ON ou PN (ou ambas)?
      Abraços

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    4. Mestre, somente possuía ações ON (500). Recebi 173 PN e 54 ON.

      Agora, recebi 60 PN do BBDC4. Como calculo o PM delas? Normalmente, com o preço indicado pelo banco, ex. 60*R$5,94?

      E quanto ao PM das CMIG? 54*o quê? 0?

      Agradeço. Um abraço.

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    5. Entendi. Olhando as últimas bonificações, deduzo que você recebeu as 54 primeiro, creditadas na data de 07/05/2013, e depois recebeu as 173 PN, creditadas na data de 03/01/2014.
      As 54 deveriam ter sido declaradas no ano passado, enquanto neste ano você declara as 173.
      Estas 173, segundo entendimento da Cemig, possuem custo zero. Se você as vendeu, declare toda a venda, deduzidos os custos de corretagem, como lucro.
      O PM das 54 ON deverá ser calculado como se elas tivessem sido adquiridas como 5 reais cada. Veja como calcular:
      http://alemdapoupanca.blogspot.com.br/2012/06/serie-mastigado-preco-medio.html

      Sobre o PM das Bradesco, cada nova ação terá custo de R$5,942089762. Essas informações você consegue no site da Bovespa em "Empresas Listadas". Vou te passar o link direto do comunicado:
      http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/mercados/acoes/empresas/FormConsultaDetalhePlantaoNot.asp?Data=26/03/2015&Sequencia=23

      É interessante também você guardar um PDF destes comunicados. São uns kilobytes que facilitarão sua vida caso precise daqui comprovar algo daqui a uns 10 anos.

      Abraços

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    6. O senhor é um Titã. Muito obrigado.

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  8. Bem, o seu blog e um dos poucos que sigo pois, ultimamente, essa comunidade se preocupa mais em desqualificar ou ate ofender a opinião alheia do que contribuir positivamente com o aprimoramento dos métodos de investimento. Mas mesmo decepcionado com essa comunidade quando surge o tema de "método de compras de ações" me sinto no dever de comentar pois muitos novos investidores que acompanham os blogs podem ser influenciados por métodos que podem leva-lós a grandes perdas. Alguns defendem esses métodos com uma devoção quase religiosa que mas parecem pertencentes a algum culto. Desta forma, considero muito útil você trazer esse tema para poder desmistificar algumas coisas.

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    1. Olá Sandman,
      Respeito muito sua opinião e também percebo o que você relatou. Há pessoas que parecem ter o dever de desqualificar as outras, inclusive com arrogância e xingamentos. E antes que pensem mal, não estou falando do Investidor Livr3. Muito pelo contrário. Somos bons colegas e conversamos sempre amigavelmente. Somos sócios até em várias empresas. Só discordamos neste ponto sobre preço, rs, mas uma discordância absolutamente sadia.
      Mas tenho notado sim o aumento de desqualificações na blogosfera, o que faz com que tanto os blogueiros quanto os leitores fiquem desanimados. Qual a solução? Simplesmente ignorar aqueles que você acredita que são as ervas daninhas. Não discuta com eles, nem leia seus comentários ou postagens. Não dê ibope nem cite seu nome. Estas pessoas querem atenção, mesmo que negativa. Quando este tipo de pessoa chega aqui eu dou uma resposta curta e rápida, apenas por educação. Não me daria ao trabalho de fazer uma reposta grande para o Investidor Livre se eu considerasse ele uma pessoa assim, rs.

      Sobre o culto, concordo plenamente com você. Sempre indico para o pessoal que frequenta este blog para que busque outras fontes, principalmente em livros. Não se prenda a um só blog, site, fórum ou canal de Youtube. E prefira livros. Na minha opinião não há conteúdo da internet que supere uma estante com livros sobre investimentos.

      Abraços

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  9. Precificar uma ação é bastante complexo e especializado... Serve tão somente pra ter um melhor palpite de pra onde vai o mercado (o preço verdadeiro é o deste exato momento e o resto é só palpite).
    Não serve pra Buy and Hold. B&H se analizam outros aspectos e não importa a cotação. Não existe melhor ou pior, cada um é responsável por seu método.

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    1. Tipo, você fez comentários totalmente contrários à postagem mas não se deu o trabalho de argumentar. Por favor argumente as seguintes afirmações:
      "Precificar uma ação é bastante complexo e especializado..."
      "Não serve pra Buy and Hold."
      "B&H se analizam outros aspectos e não importa a cotação."

      E sobre a afirmação "Não existe melhor ou pior, cada um é responsável por seu método", alguém em algum momento afirmou que é melhor ou pior? Desculpe a sinceridade, mas suas falas sem argumentação são exatamente as falas do culto ao Bastter, aqueles que que apenas entram no site dele e veem seus vídeos mas não se dão ao trabalho de ler pelo menos um livro sério sobre o assunto, pois o mesmo não indica nenhum. Não se prenda apenas a uma fonte de informação.

      Abraços

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    2. Oi AdP, vou esperar sua próxima postagem para ver se é necessário que eu desenvolva o assunto ou ignore.
      Continuo acreditando que precificar uma ação envolve estudar bastante a empresa e seu mercado para entender com mais exatidão o que influi na variação do preço da ação. Isto exige sim bastante tempo e é bem mais complexo na prática do que alguns livros pregam (pelo menos os que conheço). A não ser que você tenha um método foda em que seja só usar uma fórmula e responder algumas perguntas, é sim um processo complexo.
      Não serve pra B&H. A cotação da ação não importa em nada nisto, o que importa lá são seus fundamentos em sua realidade e os balanços, mais nada. NADA.
      Discordo quando você afirma que seria anticapitalista não se importar com o preço. Pois o preço pra quem faz B&H reflete O VALOR DA EMPRESA. Não importa se a ação custa 20 ou 30 reais, você está comprando uma empresa boa, ou seja, uma boa compra considerando valorxcusto.
      Como você sabe, no método de B&H deve-se continuar comprando enquanto a empresa continuar sendo boa, sempre buscando o preço médio no longo prazo já que ninguém adivinha o futuro.
      Vou aguardar pra ver seu método.

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    3. Minha resposta é que você pode usar precificação como um critério de conservadorismo a mais. Se uma de suas empresas piorar e sair de seus critérios, você vai vender, e ao vender vai ter prejuízo. Até ai todos concordam. Mas se voce comprou a preços considerados justos, o tombo é menor. Entao seus 20 e 30 citados tem efeito maior ou menor.
      Claro que ao ser conservador neste sentido, tambem estará sendo em evitar compra de empresas boas momentaneamente caras, que no futuro podem ter otimo retorno.
      Mas é uma questao de estar ciente que, desconsiderando preços, sua venda posterior seja por prejuizo ou porque quer vender por qualquer motivo, imbutirá o risco da compra.

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    4. Como eu disse na postagem, não precisa de um método totalmente especializado para o estabelecimento de um preço superficial. Eu vou comprar um carro usado no mês que vem e não preciso saber o funcionamento da rebimboca da parafuseta para ter ideia de um preço. Eu posso muito bem comprar com carros similares. Entenda que precificação é apenas o estabelecimento de um preço. Não sei por que se faz terrorismo com isso.

      "Não serve pra B&H. A cotação da ação não importa em nada nisto, o que importa lá são seus fundamentos em sua realidade e os balanços, mais nada."
      Importa sim. De onde você tirou que a cotação não importa? Me aponte uma fonte confiável, com histórico confiável que afirme isso. Bastter?

      "Pois o preço pra quem faz B&H reflete O VALOR DA EMPRESA. Não importa se a ação custa 20 ou 30 reais, você está comprando uma empresa boa, ou seja, uma boa compra considerando valorxcusto."
      O que você está descrevendo é justamente os momentos de euforia insana da bolsa quando a maioria está disposto a pagar qualquer preço por uma empresa considerada boa, sendo que os mais conservadores percebem que o preço que se paga não compensa. É muito fácil adotar o discurso de que se paga qualquer preço por uma empresa quando estamos em um mercado baixista.
      Você disse que não importa se ação custa 20 ou 30 reais. Considerando que a empresa tem lucro por ação de 1 real, não importa mesmo? E se fosse 40, 70, 100, 200? Não importa mesmo? Você tem completa fé disso?

      "Como você sabe, no método de B&H deve-se continuar comprando enquanto a empresa continuar sendo boa, sempre buscando o preço médio no longo prazo já que ninguém adivinha o futuro."
      Não. Buy & Hold não tem a ver obrigatoriamente com aportes frequentes. Buy & Hold é comprar uma ação com a intenção de mantê-la por um longo tempo. Se eu comprar uma ação hoje e mantê-la por 20 anos, mesmo sem ter nunca mais comprado ação neste período, pratico buy & hold. E buscar preço médio em compras periódicas não tem nada a ver com adivinhar o futuro. Uma pessoa que decide adotar critérios de compra não significa que está fazendo adivinhações ou futurologia, mas sim que possui seu método próprio de investimento baseado em sua experiência. É de lavagem cerebral assim que eu sou contra pois mantêm as pessoas totalmente aversas a formas de investimento diferentes da sua. Se houvesse apenas uma forma certa de investir, todo mundo utilizaria ela. De novo você adota o discurso cuspido e escarrado do Bastter. Procure outras fontes.

      "Vou aguardar pra ver seu método."
      Meu método é muito simples. Mas entenda que só porque possuo um método de precificação não quer dizer que tenho tara por ele. É apenas uma ferramenta auxiliar. É um absurdo achar que posso estabelecer preços em TUDO no mundo menos com ações. É um absurdo acreditar que HOJE tanto faz comprar Cielo a 3, 30 ou 300 reais cada ação, caso este fosse seu preço de negociação. Isso não faz o menor sentido.

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  10. Acompanho seu blog desde a postagem sobre o método Callan (inglês). Ela, inclusive, deu o empurrãozinho que faltava para eu começar a fazer inglês. Na minha cidade não tem uma escola com esse método, mas a que estou fazendo, por enquanto, está dentro das minha expectativas.
    Gostaria de parabenizá-lo pelas suas reflexões, pois elas estão me ajudando a crescer.
    Fico aguardando o seu método de precificação, pois com certeza irei aprender algumas coisas.
    OBS: Como sugestão fica aqui o meu pedido de voltar a fazer postagens recomendando ou resenhando livros, sobre investimentos ou não.
    Abraço
    Fábio

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    1. Olá Fábio,
      Muito obrigado por acompanhar o blog. Infelizmente não comecei a faze o método Callan mas está ainda nos meus planos.
      Sim, pretendo voltar a falar sobre livros, pois percebo que há uma carência enorme na divulgação destes, haja vista que é cada vez mais frequente o contato com pessoas que insistem em se fechar em apenas uma fonte de informação, tornando-a irrefutável.
      Abraços

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  11. Muito bom ADP. Espero que não demore muito para mostrar seu método, pois estou curioso.
    Li muito sobre o Bastter e realmente comprei várias ações de acordo com os critérios dele ou a falta deles, algumas deram certo e outras não, mas no geral estou no prejuízo. Comecei a comprar ações em 2013.
    Hoje penso como você ADP. Claro que preço importa e sempre importará!
    Seu método é baseado em algum livro ou investidor específico?

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    1. Olá Erick,
      Por mais que critique o Bastter, minha forma de investimento é 99% parecido com o que ele prega. Isso porque não foi ele que inventou nada daquilo. Investir em boas empresas constantemente é um costume muuuito antigo. O minha maior crítica são os restantes 1%, que é uma tara por questões irrelevantes como cismar que "preço não importa", "calcular rentabilidade é coisa de manada", "sócio é só ON" e algumas outras.
      Mesmo considerando estas questões, se uma pessoa seguir os conhecimentos do Bastter ela tem uma chance maior de sobrevivência. Mas isso não é motivo para que a pessoa se prenda apenas a uma fonte de informação e muito menos defenda fervorosamente o que esta fonte prega, ainda mais considerando que não se sabe seu histórico nem no que investe hoje.

      Meu método é baseado no livro do Peter Lynch. É algo bem simples que considera uma soma e uma divisão, facilmente calculado por qualquer investidor iniciante.

      Recomendo a leitura dele:
      http://alemdapoupanca.blogspot.com.br/2012/02/livro-o-jeito-peter-lynch-de-investir.html

      Abraços

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    2. Também sigo o jeito do Peter.. obviamente adaptado para minha capacidade e grana rs rs.

      Em relação a ON e PN, concordo parcialmente com o Bastter. Quase sempre é melhor fugir de PN, especialmente quando não oferece TAG ALONG ou se a ON tiver uma boa liquidez.

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    3. O problema não é se a ação é ON ou PN. O problema real é o Tag Along. Tem muita ON por aí com 80% de Tag Along e que "ferra" o minoritário.

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  12. Olá AdP!
    Não defendendo o Bastter, mas pelo que entendi, ele "insiste" nessa questão de que preço não importa mais para que a galera que está aprendendo não foque apenas em preço. Ele quer que analisemos uma empresa mais afundo, que tenhamos mais critérios para decidir se compramos ou não tal ação.
    Agora concordo totalmente com você em relação a fontes de informação. Focar apenas em uma fonte, ainda mais agora com o acesso facilitado a ela (obrigado internet!), é desprezar informações que podem nos ajudar (e muito) a melhorar nossos métodos de investir.
    Em breve vou colocar no meu blog, um método em que uso como base para comprar ações chamado "formula mágica de joel greenblatt". Estou relendo o livro que fala sobre essa formula (O livro chama-se "O mercado de ações ao seu alcance).

    Abraços

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    1. Sim, por este lado entendo perfeitamente a questão dele insistir que preço não importa, ainda mais considerando que o iniciante normalmente está inclinado a ver mais o preço do que questões como lucratividade, margens ou endividamento. Entretanto, precisa adotar a bandeira de que "preço não importa"? Já que a intenção é alertar sobre os riscos do olhar somente o preço, não poderia pelo menos dizer que "preço é a última coisa a se olhar", ou "preço importa menos que a saúde da empresa" ou "não se olha apenas o preço"? Não contente em constantemente afirmar que "preço não importa", ele ainda diz que "precificação é algo extremamente complexo", "holder não olha cotação", "olhar contação é coisa de manada", "olhar cotação é comprar na alta e vender na baixa", dentre outros.
      Além disso, nenhum livro, seja para iniciante ou avançado, foca em olhar preço. Os livros comentam sobre critérios de escolha de empresas baseados em sua saúde. Não sei por que todo este terrorismo com preço.

      Conheço a "fórmula mágica de Joel Greenblatt". Particularmente não utilizo, mas é outra forma que contesta aqueles que dizem que precificação é algo extremamente complexo.

      Abraços

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    2. ADP!
      É também não entendo o pq desse "terrorismo" por parte dele.

      Sobre a formula mágica, gosto do modo "simples" que ela utiliza. Porém, a uso apenas como uma "primeira etapa" na escolha das ações.

      Abraços

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  13. Olá ADP, tudo bem?

    Sou um iniciante neste sensacional universo das ações. Desde janeiro, venho buscando informações sobre este tipo de investimento, e o primeiro site que me passaram pra eu dar uma olhada foi o do Bastter. Fiquei cada vez mais interessado por ações, e estudei as informações disponibilizadas pelo site, porém, nunca concordei com o fato de que não se deve analisar preço, mesmo que eu seja um investidor minúsculo. Não consigo enxergar razão para não ligar para preço. Desde então, venho buscando informações em outros locais para que eu possa extrair o que for do meu interesse, e ter minha própria forma de precificação, pois pretendo criar um programinha pra isso + um programa de simulação de rentabilidade.

    Até o momento não comprei nenhuma ação, justamente por estar buscando a minha precificação ideal.

    Você já leu o livro manual do pequeno investidor em ações do Fabio Almeida? Se leu, o que achou em relação a análise fundamentalista, e precificação dele?

    Estou no aguardo do seu método, e parabéns pelo blog, e suas simulações.




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    1. Olá Samir,
      Ainda não li este livro e para falar a verdade ele nem tenho pretensão. Nada contra o Fábio, mas há outros livros em prioridade.
      Abraços

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  14. Parabéns pelo post e pelas respostas, AdP. Excelentes ponderações. Infelizmente já não tenho mais a paciência que você tem.

    Achei simplesmente sensacional a sugestão do anônimo ao IL para que comprasse suas Cielo por 400 cada, afinal de contas, o preço não importa para ele.

    Abraços!

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  15. É um assunto polêmico, porque não existe verdade absoluta.

    Vi um estudo mostrando que os dados de P/S (Seria o preço/receita) e P/B (seria o preço/valor patrimonial por ação) não sevem ser usados como valores absolutos.

    Não faz sentido comparar um P/B de uma empresa imobiliária como São Carlos ou Multiplan, que tem muito patrimônio, com o P/B de uma empresa com a Multiplus ou Cielo, que tem patrimônio menor.

    Então você pega o histórico da Cielo por exemplo e observa que ela foi negociada nos últimos anos a um P/B variando entre, sei lá, 20 e 40. Aí você confere esse dado hoje e descobre que este indicador está em 38, portando cara. Se estivesse em 23 estaria barata.

    Descobriram que existe muito mais correlação com a performance da ação avaliando desta forma.

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  16. ADP, fazia um tempo que eu estava tentando ler este artigo com calma para poder comentar adequadamente. O post é muito bom, parabéns.

    Eu já fiz um estudo para demonstrar justamente a relação P/L, crescimento dos lucros, DY/PY e rentabilidade. http://economicamenteincorreto.blogspot.com.br/2014/04/estudo-definitivo-crescimento-dos.html

    Para mim é claro que existe relação entre estas coisas, o problema é conseguir identificar antes.

    Quero comentar meu ponto de vista sobre cada um dos itens do post. Por favor, não tenho expectativa de contrariar seu post ou gerar discussão sobre o tema, mas acredito que diferentes pontos de vista sempre contribuem, quando expostos de forma respeitosa, para o conhecimento geral. (dei uma lida geral nos comentários, mas me desculpe se eu estiver sendo repetitivo)

    O que é precificar? concordo com sua resposta

    Precificar é adivinhar futuro? concordo com sua resposta. A questão é sobre como usar a precificação. Eu particularmente acredito que a precificação só é valiosa considerando um conjunto de coisas como um método adequado e compras em maiores volumes, o que na minha opinião pode aumentar o risco.

    O preço calculado não quer dizer nada pois o que vale é o preço ‘na pedra’? concordo que não é objetivo da precificação desqualificar o preço na pedra, mas discordo que comprar o preço na pedra é atitude de manada. Comparar o valor de uma ação com o valor de um bem qualquer, como por exemplo um carro, não faz muito sentido, pois o objetivo com a ação é obter ganho de capital enquanto com o bem é usufruir do bem. Se existe um bem que atenda as mesmas funcionalidades (ou de maneira parecida) por um preço melhor, você pode substituir, mas com uma ação, como você não sabe o que vai acontecer no futuro, não é muito simples dizer diretamente que uma ação está mais barata que outra porque você não tem como saber os destinos de uma ou de outra. o mercado tem um volume de negócios tão grande que é pouco provável que os ativos não estejam sendo precificados adequadamente (isso é uma premissa). Achar um ativo que não esteja precificado adequadamente é uma das coisas mais difíceis que existe, com alto risco.

    Os métodos de precificação são complicadíssimos? existem métodos complicados e outros mais simples. Os simples podem servir como um filtro apenas, mas são muito perigosos, portanto é preciso mitigar o risco, por exemplo, comprando periodicamente, aos poucos.

    Se a ação atingir o preço justo, é preciso vendê-la? Eu não uso a precificação para as compras (ou venda), mas acredito que para quem usa, o mais coerente deveria ser classificar um preço em 3 categorias:
    1) comprar (ações que estão muito abaixo do preço justo)
    2) manter (ações que estão numa faixa próxima ao preço justo). O objetivo de manter é que os custos de girar o capital podem não compensar a mudança.
    3) vender (ações que estão muito acima do preço justo). No meu entendimento, se alguém consegue dizer que um ação está muito acima, por exemplo 30% ou 50% acima do preço justo, tem mais é que vender, pois se esta pessoa tem expectativa que o preço vai cair significativamente no futuro (chegar no preço justo), por que manter? (cair não significa necessariamente queda no valor nominal, mas pode ser que ela fique tanto tempo de lado que não compense a inflação)

    Quem utilizou precificação nunca compraria empresas como Cielo e Ambev. Aqui é um ponto interessante, pois eu acredito que muitos deixaram de comprar Cielo e Ambev nos últimos muitos anos por acharem caras e acho que perderam dinheiro. Tudo depende dos critérios de cada um, mas me parece que isso é algo que acontece de fato.

    Resumindo, eu acredito na importância da precificação, principalmente em um método de gestão ativa. Para Holders, com aportes periódicos eu acredito que o saldo entre vantagens e desvantagens pode não compensar o tempo gasto e o risco.

    Como eu disse, não tenho objetivo que você responda ao meu comentário contra-argumentando, mas eu queria apenas expor o meu ponto de vista que é um pouco diferente do seu (ao qual respeito muito).

    Abraços

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    1. EI, dá uma olhada no novo post dele onde está explicado o metodo que adota, o que por sinal é bastante simples.
      precificar nao implica de voce usar pra venda, considero que dá pra usar na compra apenas quando o objetivo é nao pagar muito a mais por algo na intencao de mitigar o risco de compra a preços caros que imbutem uma expectativa de lucro que nao venha a se concretizar...

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    2. Icaro, muito interessantes as suas observações.

      Eu dei uma lida rápida no outro post e me agrada muito a visão (eu tb li o livro do Peter Lynch).

      Quanto maior a compra, maior o risco, portanto a melhor forma de minimizar o risco é comprando aos poucos. Comprar aos poucos usando precificação pode ser melhor ainda em alguns casos, mas repare que o "pode" coloca no condicional, uma vez que existem outras variáveis desconhecidas.

      Na minha opinião as vantagens de usar o preço na decisão de compra não compensam as desvantagens. Cito como desvantagem o que se perde ao deixar de comprar porque se tomou uma decisão baseada em preço (os velhos exemplos Cielo e Ambev já citados).

      Existem 2 fases importantes em uma carteira de ações Buy & Hold:

      1) Montagem da carteira (exemplo 10 ações com 10% cada de participação). Na montagem é muito importante ir comprando aos poucos de cada ação para chegar no equilíbrio desejado sem grandes riscos. (Não comprar de uma vez tudo de uma e depois das outras).

      2) Manutenção da carteira. Uma vez com uma carteira montada, e assumindo que todas as empresas tem a mesma qualidade (qualidade não significa os mesmos resultados, pois em uma carteira diversificada, algumas são cíclicas, outras são afetadas pelo dólar, etc), o mais importante é buscar manter o equilíbrio da carteira no percentual desejado de cada ação. Como fazer isso? Comprando o que ficou pra trás. Repare que o que ficou pra trás não é o mais barato em termos de valuation, pois um papel pode ter caído e mesmo assim estar caro usando uma método relacionado ao lucro, por outro lado um papel pode ter subido e continuar barato. Por isso não olho a precificação mas o equilíbrio da carteira como um todo (olhando sempre, obviamente se as empresas permanecem com os fundamentos consistentes)

      Volto a dizer, meu comentário não é uma crítica à precificação, muito pelo contrário, mas eu apenas tento expor a minha visão do porquê, para mim, não acho que seja relevante.

      Abraços

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    3. Quando cita Cielo e Ambev, chegou a calcular precificação a elas pra daí indicar que estejam ou estiveram caras e que por isso precificar as excluiria de compra? Ou está apenas repetindo o que outros disseram? Pergunto numa boa mesmo. Uma recomendação seria aplicar o metodo que AdP indicou, lembrando de avaliar nao recorrentes e demais excecoes. Nao é complexo e pode chegar à conclusao de caro por sua propria analise.

      Mas veja que mesmo que de fato concluisse que tais empresas estivessem caras, e nao as incluisse em carteira, isto de todo modo nao seria tao ruim, seria um grau de conservadorismo que te faria tanto deixar de selecionar boas empresas porem caras, pra entao evitar maiores prejuizos em compras caras que por ventura no futuro venham a nao atingir a expectativa de lucro futuro que estava imbutida no preço (caro).

      Em resumo: ao comprar a qualquer preço, voce se expoe mais ao risco da piora da empresa caso tenha comprado mais caro.

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    4. Icaro,

      Eu não calculei, até porque realmente não tenho esta preocupação com o caro ou barato. Até tentei calcular rapidamente, mas teria que usar as premissas, como disse o ADP, com cenários otimistas, pessimistas, médios, etc Estou citando porque são os exemplos que todo mundo cita, inclusive no post. Já vi muitos comentários ainda dizendo que a empresa não tem para onde crescer, etc. O que mostra um certo pessimismo com relação ao crescimento. Poderíamos citar outras como WEG, UGPA, LREN que são as que normalmente o pessoal chama de caras. Eu tenho todas a maioria delas na carteira e, pelo menos no curto prazo são as que menos decepcionam.

      Quanto a não ter colocado na carteira por um certo grau de conservadorismo, isso é aceitável, mas repare que se as 10 melhores empresas da bolsa estiverem caras, você não terá na carteira, optando para ter as 10 seguintes (11-20), portanto prejudicando a qualidade da carteira. Eu entendo o seu ponto sobre o risco, mas é uma longa discussão.

      O que é melhor uma empresa melhor com maior risco-valuation (aceitando o que você disse sobre o risco relacionado ao valuation e expectativa) ou uma não tão boa com um suposto risco menor (esse mesmo risco do valuation).

      Eu concordo com você que exista uma suposta exposição maior ao comprar uma empresa mais cara, mas será que este risco negativo não é compensado pelo suposto risco positivo de que é uma empresa tão boa que a chance dela dar errado é menor.

      Eu acho simplório demais dizer que ao comprar a qualquer preço você se expõe mais ao risco de piora da empresa caso tenha comprado mais caro, afinal, olhando do ponto de vista de resultados futuros, qual empresa apresenta maior risco, a empresa altamente eficiente, bem administrada, com vantagem competitiva e líder de mercado ou a segunda do ranking? Pense no longo prazo, mais de 10 anos, qual empresa tem maior chance de entregar os resultados entre as 2?

      Peque o exemplo, qual destas você acha mais fácil manter os resultados no longo prazo? Itau, Banco do Brasil ou Paraná Banco. Veja que o mercado vai precificar tudo isso, provavelmente a ordem da mais cara para a mais barata Itaú, BB e PB. Cabe ao investidor analisar qual exposição ao risco ele quer ter o de pagar caro ou o de comprar uma empresa de menor qualidade.

      Repare que eu não discordo do que você diz, mas eu estou apenas lembrando-o que existem outros fatores que justificam, normalmente, o porque o caro é caro e o barato é barato.

      Abraços

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