Em uma
resposta curta, posso afirmar que o impacto é pouco significante em suas empresas
caso você esteja com o propósito de ser sócio.
Claro,
esses e outros acontecimentos são importantes para a história da humanidade. Pessoas
morrem ou são severamente impactadas devido a certas ações dessa humanidade que não
consegue viver em paz.
No entanto, se você tem o objetivo de ser sócio, afirmo que seu modo de operar não deveria ser alterado de acordo com esse tipo de notícia. Para sustentar essa opinião, serão apresentados três pontos.
1. Os
números estão indo bem
Vamos aos fatos. Acredite ou não, o mundo nunca esteve em tanta harmonia e com
crescente queda na pobreza. Basta pesquisar os números e você verá que o índice
de pobreza cai dia após dia no mundo. Expectativa de vida aumenta. Renda e
riqueza aumenta. No geral, a tendência mundial vai muito bem, obrigado. Sim, temos ainda muita pobreza e miséria para ser combatida, mas compare com 10, 20, 50, 100 ou 200 anos atrás... Tem até um site que estima quantas pessoas estão saindo na extrema pobreza e de onde elas são, com projeções de quando ela será
extinta.
2. A
bolsa sobreviveu às barbáries do século passado
Convenhamos,
o século passado foi bem tenso. No seu início, os países tinha muito apetite
para guerras, colonialismo, campos de concentração, preconceito e outras atrocidades.
Tivemos duas guerras mundiais e o dados históricos mostram que o mundo passou muito, mas muito perto
de uma terceira guerra mundial nuclear (se você estiver curioso, tem outro caso aqui).
Depois do
advento da bomba atômica, os países passaram a segurar seus impulsos
expansionistas e passaram a evitar conflitos diretos, principalmente as potências.
Claro, as guerras estão acontecendo, mas em uma intensidade muito menor. As
primeiras duas décadas deste século são brincadeira de criança comparadas com o
século passado.
E apesar
dos pesares, a bolsa vem numa subida frenética desde lá.
3. O comportamento do consumidor e do fornecedor em relação a estes acontecimentos se mantém
Ok, há um forte
conflito de interesses na região do Irã, com desdobramentos imprevisíveis. O
consumidor então, preocupado com isso, fechará sua conta no Banco do Brasil? Deixará
de comprar biscoitos da M Dias Branco e evitará fazer compras online das
empresas da rede B2W? O que de fato, em termos práticos, esses acontecimentos
mudariam sobre o comportamento do consumidor?
Alguns
podem argumentar que estes acontecimentos podem afetar a macroeconomia, e que
com isso há efeitos sim no público consumidor. Pode até ser, mas afinal de
contas, para que servem aqueles engravatados e pessoal de escritório que as empresas rigidamente contratam? Eles são pagos (e muito bem pagos) para saber lidar
com os riscos provenientes destes acontecimentos. Estas equipes dormem e
acordam pensando em como ganhar mais dinheiro (ou pelo menos, como evitar
perdas). No final das contas, cada um corre atrás do seu, e no conjunto, essa
maneira egoísta acaba trazendo a paulatina e crescente prosperidade apontada no
item 1.
Então, com o que
o investidor deve se preocupar?
Tenho a
filosofia de que 90% destes acontecimentos são esquecidos pelas pessoas em 6
meses. Pois, em termos práticos, o mundo está sabendo lidar e contornar estes
problemas, que na verdade são ruídos para vender manchete. Em nenhum momento dou suporte à ideia de que deve-se ignorar totalmente estes acontecimentos. Só digo que, em
termos práticos, eles tem na bolsa um impacto de longo prazo tanto quanto
mensagem repassada de WhatsApp para seu celular.
O
investidor deve se preocupar com os verdadeiros destruidores de riqueza. Posso citar
três importantes:
1.Inflação
Inflação é
um grande inimigo do investidor pois corrói seus ganhos silenciosamente. O que
interessa, no final das contas, é o ganho real.
2.Não
saber selecionar e não acompanhar seus investimentos
Mais vale
uma empresa boa em um setor ruim do que uma empresa ruim em um setor bom. De
que adianta o investidor se preocupar com Impeachment de Trump se ele não
consegue lidar com os próprios ativos? Acompanhar os ativos também é muito
importante. Anote estas duas palavras: SELEÇÃO E ATENÇÃO. Seleção para ser
bastante criterioso sobre os ativos que entram para sua carteira. Atenção para
manter a vigilância sobre eles. Esqueça disso e seus investimentos estarão em alto risco.
3.Medidas
anti propriedade privada
Infelizmente
alguns países adotam medidas que afrontam o direito a propriedade privada, o
que pode destruir o patrimônio de alguns investidores (principalmente aquele
sem recursos /ferramentas/conhecimento para movimentar o capital). Por exemplo,
A Venezuela e a Argentina estão passando por flagrantes desrespeito à propriedade
privada. E o Brasil flertou com esse sentimento nas últimas décadas. Mas não é
necessário apontar apenas estes casos drásticos. Medidas antiliberais, contra a
propriedade privada, interferência econômica, insegurança jurídica, aumento de
impostos, estatizações, regulamentações, taxações de importação e exportação, tributação de
dividendos, e qualquer coisa relacionada deve ser combatida.
O que você
achou da postagem? Deixe seu comentário.
Opa, Fala Bro. O risco real que todo mundo tá falando não é o da guerra, mas numa eventual guerra, os EUA subiriam o juros.
ResponderExcluirJuros causaria fuga de capitais como nunca antes vista, subida de dólar, inflação descontrolada, e todo os eventos de segundo e terceiro grau.
A guerra em só ta todo mundo pouco se lixando, pra ser objetivo e 100% insensível!!
Então sim, se tem uma guerra, o consumidor muda, e MUITO seus hábitos de consumo.
Ok.
ExcluirExatamente isso, a turma tem que focar em trabalhar e aportar cada vez mais, focar nos sinais que a economia dá e esquecer os ruídos!!
ResponderExcluirUm BG
Muito barulho. O foco tem que estar na seleção e acompanhamento dos ativos.
ExcluirAbraços
Povão, que move a economia, está cagando e andando pra guerra do outro lado do mundo, com pessoas que nem sequer usam as mesmas letras pra escrever. A maioria das pessoas não se importa nem com o que acontece no Brasil (com certa razão, já que nem o que está próximo interfere tanto assim como pensamos), quanto mais num mundo muito distante. É poluição sonora mesmo. Negócio é trabalhar, tocar a vida, cuidar da saúde e da família.
ResponderExcluirAbraço
Corey
Nobre Corey,
ExcluirVocê sintetizou a postagem em um único parágrafo.
Abraços e sucesso
Pelo que acompanho dos meus amigos que começaram a investir, todos veem de uma forma muito "micro". Olhar o macro pode ajudar bastante, mas concordo que até agora não parece ter sobrado nada demais pra gente não
ExcluirAdP, dá uma força aí, por favor! Valeu!
ResponderExcluirLei do Pequeno Investidor: apoie essa ideia legislativa no Senado
A legislação que trata da tributação sobre a alienação de ações e fundos imobiliários é absolutamente arcaica e injusta. A regra tributária nas duas situações chamam a atenção pela desproporcionalidade para os pequenos investidores.
Por isso, existe uma ideia legislativa no Senado Federal para a criação da “Lei do Pequeno Investidor”, clique aqui: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=131237
Para entender melhor a ideia legislativa, há um pequeno texto a respeito, com mais informações, acesse aqui: http://antipoda.com.br/ideia-legislativa-lei-do-pequeno-investidor/
Peço a ajuda para que votem e divulguem essa ideia legislativa. A ideia precisa de 20 mil apoios, até 07/05/2020, para ser formalizada na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.
Já são mais de 3000 apoios, e se tornou uma das ideias legislativas mais populares. Contudo, falta ainda muito para chegar ao número necessário.
A discussão do tema no Congresso poderá criar outros benefícios para diminuir os entraves para investir.
Aproveite e apoie também a mesma espécie de isenção para o ETF: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=131454
Olá Maurício,
ExcluirTenho muitas dúvidas se essas ideias legislativas servem para algo, mas posso deixar minha contribuição.
Abraços
Na pior das hipóteses, se não for aprovado o projeto, vamos colocar (e descobrir) as pautas do pequeno investidor em debate no legislativo.
ExcluirOs apoios diminuíram nos últimos dias, mas não podemos desistir, já são quase 4 mil apoios em 10 dias.
Valeu, AdP!
Fala, ADP, tudo bem por aí?
ResponderExcluirVocê tem certeza que a subida do petróleo não interfere em nada?
Se por um lado você disse que a inflação é o grande inimigo do investidor, você deve refletir que a subida do petróleo, no longo prazo, reflete diretamente na inflação.
É natural: sobe petróleo, sobe preço de combustível, sobe preço de transporte e sobe preço de produtos, impactando na inflação.
Bem, acho que tem uma diferença entre "Em uma resposta curta, posso afirmar que o impacto é pouco significante em suas empresas caso você esteja com o propósito de ser sócio." e "Você tem certeza que a subida do petróleo não interfere em nada?".
ResponderExcluirMas se você quiser operar baseado nisso, fique a vontade.
Imagino você operando nas décadas passadas, enquanto acontecia os acontecimentos da postagem https://alemdapoupanca.blogspot.com/2013/04/voce-vai-esperar-crise-passar-para.html, ao mesmo tempo em que o mundo progredia, a bolsa subia, a pobreza diminuía e etc.
Sobre a inflação, uma coisa é ela subir devido ao aumento de um preço da carne ou petróleo (alguns nem chamam isso de inflação, mas de um ajuste de preços). Outra coisa é subir devido a impressão de moeda.
Abraços
Não tenho notado grandes reflexos, a bolsa parece crescer apenas por otimismo. Sinto que em uns 2 meses ou teremos indicadores que farão dar outro salto, ou algum baque que trará uma correção momentânea.
ResponderExcluirMe sinto como se estivessemos no mercado que anda de lado, só que subindo de cadinho em cadinho
AdP, esse seu post é uma benção no mar de idiotice que habita na internet! Se houvesse um "post fixo" da internet geral, acho que este seu seria um forte candidato ao posto. Como diria Douglas Adams em seu Guia do Mochileiro das Galáxias, DON'T PANIC (a menos que você seja argentino ou venezuelano, aí sim pode entrar em pânico)!
ResponderExcluirExcelente reflexão.
ResponderExcluirVocê é muito otimista com essas ideias cem porcento liberais. Pelo jeito, caíram como uma luva para suas crenças. Eu acho que elas simplificam demais a realidade. Tudo é olhado sob um único ponto de vista e ignora-se fatos importantes. A realidade não tem esse ganha-ganha todo, mesmo no mais liberal dos países. Temos tantos problemas sociais e ambientais causados por nosso estilo de vida contemporâneo... É muita fé se apegar à "liberdade de mercado" como solução. Mas concordo numa coisa: as pessoas são, em geral, péssimas investidoras. Alocam muito mal seus recursos, seja dinheiro, saúde ou tempo. Melhorar isso ajudaria muito no bem-estar geral.
ResponderExcluira "liberdade de mercado" resulta em termos taxa de juros superior a 100% ao ano do cartao de crédito.
ExcluirOlá AdP!
ResponderExcluirObrigado por compartilhar este post magnífico! Vou salvar e ler sempre que precisar de "um pontapé".
Abs!
Papai dos Investimentos
http://papaidosinvestimentos.wordpress.com/