quinta-feira, 19 de abril de 2018

A alocação de ativos e suas falhas



Na minha última postagem intitulada "Você está preparado para a próxima crise?" algumas pessoas apontaram a alocação de ativos como um sistema que efetivamente ajudará o investidor durante a depressão do mercado, já que ela indica no que o investidor deve investir nos momentos críticos ou de bonança na bolsa. 


Para os leitores que não conhecem, a alocação de ativos (alguns chamam de “Bastter System”, mas o nome correto é "Alocação de Ativos" ou seu correspondente em inglês “Asset Allocation”) tem por objetivo balancear a carteira do investidor de acordo com seus objetivos individuais. Esses objetivos consistem em alocar percentualmente sua carteira entre ativos. Uma vez que seus objetivos foram pré-estabelecidos, o tempo dirá o que um investidor deve fazer para que a condição pré-estabelecida seja alcançada.  Vamos a um exemplo rápido:


Vamos supor que um investidor escolha os seguintes ativos, com seus respectivos percentuais pré-estabelecidos:



A imagem mostra que a carteira do investidor consiste em 4 ações e um título de renda fixa. Ele dedicou 40% para a renda fixa e os outros 60% está dividido igualmente para as ações.

Após esta condição preestabelecida, o investidor saberá o que fazer com o tempo, de acordo com as flutuações e o humor do mercado. Vamos supor que o próximo momento aconteça isso:



A ação ABCD3 caiu muito e está muito longe de seu alvo. Logo o investidor precisa compensar isso aportando nela ou então vendendo XPTO3 e LIXO3 para rebalanceá-la. Como os investidores conservadores são avessos a vendas, o rebalanceamento via aportes costuma ser o preferido.


Agora imaginem um cenário onde as ações estão bombando:



Neste caso o sistema sugere que a renda fixa seja fortalecida.


Imagine o contrário, quando as ações estão depressivas:


Neste caso, o investidor nem pensaria em colocar dinheiro na renda fixa. Todos os seus aportes serão destinados a compra de ações. Como o target delas estão muito longe, ele até cogita vender um pouco de sua parte de renda fixa para comprar as ações.

Acredito que até aqui deu para entender a essência da alocação de ativos.


À primeira vista esta estratégia parece ser bem eficiente. Ela indica aportar na renda fixa quando as ações estiverem bem caras. No momento de pânico na bolsa, a alocação manda comprar as ações a preço de banana. Quando não estivermos no momento de euforia nem de depressão, a estratégia ajudará o investidor a aportar sempre no ativo que momentaneamente é mais vantajoso.

Há livros exclusivamente dedicados a explorar essa estratégia, mostrando sua efetividade em diversos momentos da bolsa. De nenhuma maneira tenho a pretensão de refutar estes estudos. O maior problema na verdade é a extensão de sua aplicabilidade perante ao pequeno investidor brasileiro. Há momentos que noto que certos investidores entregam completamente seus investimentos a esta estratégia, esquecendo-se de outras coisas que também são importantes.

Antes que os comentários sejam preenchidos por pessoas cegamente apaixonadas pelo método, lembre-se que não há estratégia perfeita. Certa vez comentei na postagem “Meu método de precificação – teoria e prática” um pequeno exercício que faço para ter uma ideia se uma ação está cara ou barata. Nos comentários alguns colegas corretamente apontaram algumas situações onde o método não teria aplicabilidade. Em razão disso, em nenhum momento quis debater com eles, pois sei que tão importante quando saber quando aplicar algo é saber quando não aplicá-lo. Tão importante quanto ter uma estratégia é saber identificar suas falhas. O sucesso na bolsa não consiste em defender fervorosamente estratégias, mas sim em se preocupar em diminuir as próprias falhas.

Deixando isso de lado, vamos voltar ao assunto da postagem e apontar algumas falhas do método.


O que a alocação de ativos considera

A alocação de ativos relatada na postagem é um método que considera em sua integridade o aspecto quantitativo dos ativos desejados. Em nenhum momento comentei sobre o endividamento das empresas, se dão lucro ou qualquer outra questão a respeito. Logo, o maior problema dela é deixar de lado o aspecto qualitativo dos ativos. Este método não se preocupa com a qualidade dos ativos, que é sem dúvidas o que realmente interesse para vencer na bolsa e multiplicar o patrimônio.

Para reforçar essa ideia, façamos o seguinte exercício. Se eu te desse duas escolhas:

1- Uma carteira que durante o tempo seguiu uma alocação perfeita com o pré-estabelecido em ativos de má qualidade;

2- Uma carteira com alocação toda bagunçada, mas integralmente preenchida com ativos de primeira qualidade.

Qual dos dois você escolheria como investimento de longo prazo? A segunda sem dúvidas.

Isso mostra que há muita gente colocando aspecto secundário como aspecto primário e vice versa. Tanto faz o quão fiel você segue uma alocação. Se os seus ativos não forem de qualidade, você não performará bem.


Ele premia ativos ruins...

“Certeza” é uma palavra que uma pessoa precisa pensar cinco vezes antes de tentar aplicá-la no mercado de ações, mas em um aspecto nós podemos utilizá-la: há uma certeza de que você não conseguirá compor uma carteira de ações que permanecerá completamente boa durante toda a sua carreira como sócio.

O que corrobora com isso é o momento que o investidor estabelece seus percentuais para alocar os ativos: no início de tudo. E no início de tudo é quando o investidor é o mais inexperiente possível. Por causa disso, as chances de ele selecionar empresas ruins ou que em breve se tornarão ruins é certeza.

E qual o problema disso?

O que acontece com uma empresa que passa a demonstrar sinais de piora? Sua cotação cai! Muitas vezes o mercado consegue até se antecipar e derrubar a cotação antes que sinais mais claros sejam enviados para os pequenos acionistas.

E o que a alocação de ativos manda fazer quando a cotação cai? Ela manda comprar. O ativo que cai nem sempre representa uma coisa boa que ficou barata, mas sim que o mercado apenas está “reajustando sua avaliação perante as operações da empresa”. E você vai lá comprar ações dela.


A Eternit é um exemplo recente disso.


Por isso, muitas vezes a alocação de ativos manda regar as ervas daninhas.


Nem sempre a falha está no aporte em empresas que ficaram ruins. Muitas vezes ele é mais sutil. Talvez você acuradamente selecionou uma “super empresona”, pagou seu respectivo preço por isso, mas que em um curto espaço de tempo, apesar de ainda lucrar, ela tornou-se uma empresa “meia bomba”. Sua cotação despencará e a alocação de ativos mandará você regar a grama, deixando as árvores frutíferas de lado. E esse processo poderá durar suas décadas de investimento.


... e penaliza ativos bons

O contrário também é verdadeiro. Vamos supor que você selecionou na década retrasada um conjunto de empresas, dentre elas Brahma (que hoje é a Ambev, a empresa de maior valor de mercado da bolsa). Com a alocação de ativos, você provavelmente durante esse período só faria aportes que dá para contar com os dedos das mãos. Nem a crise de 2008 fez estrago nesta ação. Uma das maiores vencedoras da bolsa seria renegada, e você focaria suas atenções, quem sabe, para Paranapanema, Eternit e Mesbla.
Imagine uma alocação em fundos imobiliários (FII). Se o investidor se atentar apenas no que a alocação mandar, ele vai aportar prioritariamente nos fundos onde houve calote dos inquilinos, nos de alta vacância, nos que possuem prédios de baixa qualidade ou cujos contratos são desvantajosos para os cotistas. Ou você acha que o mercado vai jogar a cotação para baixo de um FII multiempreendimento com móveis filé cujos contratos são rigorosamente cumpridos?


Grande quantidade de ações =  grande chance de ter lixo

Façamos um exercício. Vamos supor uma bolsa de valores no qual existem 400 empresas abertas. A você é dado duas tarefas:

1- montar uma carteira com 30 empresas boas.

2- montar uma carteira com 6 empresas boas.

Em qual das tarefas a probabilidade de conter pelo menos uma empresa ruim é maior? Obviamente seria a tarefa número um. Na estratégia número dois poderíamos aplicar um filtro muito mais exigente, o que diminuiria a chance de conter uma empresa ruim.

Pensando nisso, aplique esta metodologia para a alocação de ativos. Imagine um investidor que escolha uma grande quantidade de ações para compor sua carteira. Nessa situação, a chance de ela conter algo de qualidade duvidosa é alta. Será justamente essa qualidade duvidosa que a alocação vai mandar você aportar.

Como o consenso de que a proteção do investidor está no falso argumento de que é a diversificação, o que vejo muito por aí é gente que utiliza alocação de ativos com carteiras extremamente diversificadas. No final das contas, muitas vezes esse investidor, ao perceber o que está fazendo, acaba desrespeitando sua própria alocação de ativos.

Atirar para todo lado pode ser prejudicial se você segue alocação de ativos

Menor acompanhamento?

Esse é o item mais polêmico. Alguns investidores entregam tanto sua confiança na alocação que é possível afirmar que eles deixam de lado o acompanhamento. Desconfio que o investidor sardinha médio que faz alocação de ativos possui uma carteira com umas 12 ações ou mais, uma porção na renda fixa, e deixa o investimento no “piloto automático”. Ele entrega muito de sua forma de investir à alocação, pois acredita que fez boas escolhas de ações (afinal de contas, quem escolheria algo ruim?), deixando que a análise quantitativa guie os aportes, sendo que o carro-chefe para movimentações deveria ser, antes de tudo, a análise qualitativa. Por conseguinte, ainda afirmo que boa parte de sua análise qualitativa está inconscientemente ligada ao clima geral em fóruns e sites de ações.

Eu arriscaria dizer que a adoção da alocação de ativos tende a deixar que o investidor delegue a um gráfico a tarefa que ele deveria fazer.


Conclusão

Isso significa que a alocação de ativos não serve para nada? Significa que estou dizendo que alocação é lixo e perigosa? Absolutamente não. Estou no máximo apontando as falhas que esse método pode ter. No máximo apontei que a alocação de ativos pode se resumir ao mantra de “se subir, não compre” e “se cair, compre”, pois seu processo de balanceamento baseia-se em grande parte no aspecto quantitativo. Deixando o aspecto qualitativo de lado, muitas vezes o investidor premia o que é ruim e penaliza o que é bom. A alocação de ativos pode ser sim utilizada, mas não recomendo fé absoluta nas indicações que esse sistema realiza.

77 comentários:

  1. É por isso que asset allocation é recomendado para ser composto de mutual funds e ETFs e não ações específicas para não cair neste problema de stock picking! Abcs

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    1. Olá AA40,
      Tirou as palavras da minha boca...
      Só quem compra a bolsa inteira pode fazer essa estratégia com segurança, de preferência com sp500. Porque a nossa bolsa é cheia de cavalo paraguaio.
      Abraço

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    2. ADP, parabéns pelo artigo, muito bem estruturado e claro. Assim como os dois comentários anteriores, uso asset allocation há anos, e para não cair no stock picking e na armadilha de aportar mais em empresa ruim, uso ETF´s, principalmente o FIND11 e o MATB11, além do próprio BOVA11 e do IVVB11. Também não sigo "à risca" a alocação no ETF que mais caiu para fazer o balanceamento, mas sim naquele que vejo melhores perspectivas, conforme as notícias do setor do ETF ou meu interesse em diversificar. Faço a revisão da minha carteira como um todo uma vez por mês e em termos de performance tenho no mínimo acompanhado o Ibovespa nos últimos anos. Abraços!

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  2. Fala Adp,

    Na verdade a crítica é mais relevante considerando o prisma de "seleção de boas empresas" e não o método de "alocação de ativos", pois caso vc tenha boas empresas em carteira a estratégia vai funcionar, ou nao vai? Podemos fazer alocação de ativos considerando o aspecto qualitativo sem problemas. O método só vai falhar se vc selecionar empresas ruins e diversificar tanto que não consiga acompanhar de perto seus ativos. Concordo com vc quando diz que investir baseado em apenas uma estratégia "sem fundamentação na escolha de ativos" é muito arriscado.
    Abraços

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  3. Rapaz, o Paulo Portinho, autor de finanças, fala sobre o Método de Aportes Dobrados, que estimula a se comprar mais ações nas quedas. Existem técnicas de alocação, mas depende de estudo e esforço do investidor.

    Que tal fazer uma simulação que comece com 60% do capital alocado em Renda Fixa ? Caso as ações de empresas sem dívidas como GRND3, EZTC3 e outras caiam 50% por culpa de uma crise sitêmica, vai valer a pena comprar mais ainda delas para se ter um excelente preço médio.

    Continuo achando o Trade System do Bastter o ideal para os iniciantes.


    Abs

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    1. Olá anon,
      Fiz no blog algumas simulações sobre o método de aportes dobrados. Você pode ver aqui:
      https://alemdapoupanca.blogspot.com.br/search/label/Simula%C3%A7%C3%A3o

      A maior crítica desse método de aportes dobrados era justamente que o investidor precisaria ter atenção redobrada, pois caso ele fizesse esse método em uma empresa que mais tarde se revele ruim, o prejuízo seria mais pesado. Possui o mesmo problema de alocação de atrivos, mas de forma muito mais agravada.

      "Continuo achando o Trade System do Bastter o ideal para os iniciantes."
      Particularmente não concordo que haja um método ideal. O ideal é aquele que o investidor se sinta mais confortável, desde claro que não seja algo absurdo. Se uma pessoa acha confortável selecionar 12 ações e decide aportar cada mês em uma diferente, ora bolas, porque vou falar pra ela que o ideal é Bastter Sys..., quer dizer, alocação de ativos?
      Abraços

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  4. Ótimo post, mas se prepare para os zumbis do bastter virem aqui atacar. Acredito que muita gente acaba ficando cega e fazendo uma "Alocação de Ativos Passiva". Talvez o ideal fosse uma "Alocação de Ativos Ativa", para justamente verificar estes casos citados.

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    1. Olá anon,
      Vieram alguns aqui e estou moderando todos. Quero discutir as ideias da postagem, não pessoas. Sou acusado como sardinha deslumbrada e fazer parte da manada durante anos naquele site e nunca falei nada.
      Abraços

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  5. Na verdade as falhas que você apontou não são falhas da alocação de ativos, são falhas para qualquer estratégia de investimentos. Você atacou um espantalho que você mesmo fabricou pra escrever mais um post clickbait.

    Decepção...

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    1. Tem gente que investe em ETF ou em fundos de investimentos justamente para não ter essa preocupação de monitorar a carteira de ações.
      Tem estratégia cujo objetivo é aportar em 12 empresas, cada empresa sendo aportada em um mês diferente do ano. Apesar do monitoramento ser necessário, não há nada nesta estratégia que penalize as empresas boas e bonifique as empresas ruins. nada fica obrigando o investidor a aportar mais dinheiro em uma determinada empresa que nas outras. Os aportes são equânimes.
      Acho que quem criou o espantalho foi você.
      Abraços

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  6. ADP,
    Entendi que você não está criticando Alocação de Ativos em qualquer circunstância, no entando acho que cabe algumas observações.

    1) Você não contemplou no texto que o método de alocação de ativos pode ser usado para ativos de diferentes classes, sobretudo aportando em índices e não em ativos específicos: Exemplo: 30% iBovespa, 40% RF, 30% índice FII (só um exemplo). Isso é um contexto totalmente diferente do que você fala no texto e elimina algumas das desvantagens apontadas.

    2) Voltando especificamente ao texto, estas falhas são reais, mas é importante frisar (e isso está no texto) que quem faz AA PRECISA fazer a avaliação qualitativa dos ativos, portanto nunca deve comprar cegamente o que o modelo mandar. Lendo rapidamente o texto pode parecer que as coisas são mutualmente excludentes, portanto que quem acredita na AA também acredita que não precisa fazer a avaliação qualitativa, mas isso não deve ser nem cogitado.

    Sobre ter 6 ações ou ter 30 empresas, apesar de "parecer" mais fácil selecionar 6 empresas que 30, você está assumindo um risco muito maior. Risco este minimizado pela diversificação, amplamente estudada e comprovada estatisticamente.

    Abraços

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    1. Olá EI,
      Exatamente. Alocação de ativos possui seus benefícios e, como o objetivo da postagem é mostrar algumas falhas, é natural que eu intencionalmente omite esses benfícios. De repente se a postagem fosse "Vantagens e desvantagens sobre a AA", aí sim a história poderia ser outra.
      Por isso recorri à hipótese do investidor delegar completamente o aporte de suas ações ao AA, sem se preocupar com o monitoramento. Fiz isso porque, apesar de não ser o recomendado, é o que ando percebendo. Tem gente que está utilizando a alocação de ativos como uma espécie de trunfo na manga ou amuleto. A postagem serve para alertar que as coisas não são tão perfeitas assim e que o investidor precisa estar atento.
      Abraços e sucesso

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  7. Post de primeirissima qualidade. Não emitirei opnião pois estou mais aprendendo por enquanto

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  8. AdP, eu concordo como Hank. Ou seja, eu discordo do seu ponto que a Alocação de Ativos é comprar qualquer coisa e simplesmente rebalancear o portfólio. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

    Para ganhar dinheiro com a estratégia, em nenhum momento eu pensei em comprar quaisquer ações na bolsa. A estratégia apenas me diz como está a alocação das CLASSES DE ATIVOS no meu portfólio. Eu tento fazer com que minha RV seja de qualidade, assim como a RF e os FIIs. Se eu vendo algo para recompor os percentuais, vou comprar algo de qualidade na outra classe.

    No fundo, é uma estratégia de gerenciamentos de riscos. É verdade que existem empresas boas e ruins na bolsa, mas você há de convir comigo que mesmo nós que estamos no mercado erramos várias vezes o timing de compra e venda desses "bons" ativos. Muitas vezes erramos até na escolha dessas empresas. Definir um percentual máximo que você terá de uma determinada empresa não é simplesmente vender "o que é bom", e sim gerenciar sua carteira perante riscos. E, claro, não vamos fazer uma troca de uma empresa "boa" por uma "ruim", mas sim comprar outra empresa "boa" para compor a carteira. Não vou "premiar" ativos ruins. Não entendi essa sua relação rsrs.

    Eu não consigo enxergar nenhuma empresa hoje no Brasil que retire de mim a necessidade de colocarmos um limite em seu percentual de participação em nosso portfólio, por mais "boa" que seja. É esse gerenciamento de riscos que a alocação de ativos permite.

    Abraços!

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    1. "Ou seja, eu discordo do seu ponto que a Alocação de Ativos é comprar qualquer coisa e simplesmente rebalancear o portfólio."
      Em nenhum momento eu disse isso. Disse justamente que o investidor se precupa em comprar empresas boas. Pontuei inclusive que
      nenhum investidor em sã consciência compraria algo ruim. Entretanto, é natural que coisas ruins aconteçam. Todo investidor erra a mão e compra algo ruim, mesmo sendo não intencional. Faz parte do jogo.

      "Muitas vezes erramos até na escolha dessas empresas.[...] Não vou "premiar" ativos ruins. Não entendi essa sua relação rsrs."
      Então, foi justamente isso. Ocasionalmente ativos ruins aparecem na carteira mas pode acontecer do investidor não se atentar. Isso acontece e é natural. Este ativos normalmente são penalizados pelo mercado mas o investidor, fiel em sua estratégia, vai aportar nela pois, como a cotação tende a cair, a alocação de ativos tende a mandar o investidor a aportar nela. E vice versa. Ações vencedoras, e que o mercado premia, tendem a serem deixadas de lado pela alocação de ativos. Essa é a relação.

      Abraços e sucesso

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    2. "Entretanto, é natural que coisas ruins aconteçam. Todo investidor erra a mão e compra algo ruim, mesmo sendo não intencional. Faz parte do jogo."

      Sim, concordo. Mas isso gera problemas em qualquer estratégia. Não é um predicado da AA. Ou seja, se o investidor insiste em comprar ativos ruins, é porque ele está "cego" em suas escolhas, não sabe o que faz, está com algum comportamento irracional daqueles vistos em finanças comportamentais, etc. Enfim, não é porque ele faz AA.

      Se existe uma estratégia de sempre aportar no mesmo ativo quando está em queda livre, é no mínimo, uma estratégia de AA burra. Algo que desvirtua a AA que sempre pratiquei rsrs.

      Por exemplo, se a Cemig estiver na carteira, caiu muito nos últimos tempos e é uma empresa com grandes problemas, não devemos aportar mais nela. Para manter a alocação desejada no setor elétrico, aporte em empresas melhores.

      Abraços, meu caro!

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  9. ADP achei muito interessante a forma abordada da alocação de ativos. Cheguei a perguntar sobre no tópico anterior ... e tem toda a razão pois caso tenha algum ativo que venha a cair por algum motivo em especifico e seguir cegamente a alocação de ativos acabaria dando problemas. Um exemplo que fui ver exatamente hoje era ver como minha carteira se comportaria fazendo alocação .... estaria dando margem para comprar MDIA3 .... e vim saber hoje ao ler notícias que ela está envolvida em corrupção ... seria vantagem aumentar aporte sabendo que esse escândalo pode derreter a ação ? é algo a se pensar ... estou lendo decio bazin atualmente e acho que vou considerar seguir a estrategia dele ....

    E parabéns ADP sempre levantando boas questões.

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    1. Olá Ramon,
      "para comprar MDIA3 .... e vim saber hoje ao ler notícias que ela está envolvida em corrupção ... seria vantagem aumentar aporte sabendo que esse escândalo pode derreter a ação ?"
      Sinceramente não sei o que te responder. Sou sócio dela há anos e fiquei chateado com o ocorrido, apesar de eu sempre ter um pé atrás.
      Pensa em um cenário ruim para o ocorrido. Eu imagino que a maior parte das pessoas que compram seus produtos não vai deixar de comprar. E no desenrolar dos trâmites judiciais, creio que ela fecharia um acordo de leniência e pagaria uma multa. Mas isso é uma opinião leiga, mero chute. Vou continuar monitorando sem paixão a empresa .
      Abraços

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    2. O que dizer de Ciel3? Os balanços continuam excelentes, mas há muito tempo a cotação só cai e muito. Nessas horas os mantras do Bastter se mostram questionáveis. Ou será que não? Sinceramente, não sei.

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    3. Minha opinião sobre a Cielo está contida na seguinte postagem:
      http://alemdapoupanca.blogspot.com.br/2016/01/mudancas-na-carteira-venda-de-cielo.html

      A história indica que no longo prazo a cotação segue sim os lucros. Só que é difícil entender o mercado. Como o valor atual reflete tanto o que a empresa é hoje quanto o que ela pode ser amanhã, chuto que o mercado está talvez reavaliando a empresa, imaginando que o crescimento futuro de lucros pode ser afetado, talvez por concorrência ou algo do tipo. A recente redução de receita líquida pode ser um sinal disso.
      Abraços

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    4. Minha dúvida é: se a empresa segue boa (e os balanços mostram isso) por que a cotação cai tanto e persistentemente (não foi algo que começou na semana passada)?

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    5. Micro investidor Nerd, procure um vídeo no YouTube do "Viver de dividendos" sobre a Cielo, aí vai entender pq a cotação só cai. O futuro para essa empresa é nebuloso, o mercado está precificando isso. Pode ser que ela se reinvente e de a volta por cima no longo prazo? Pode, mas a tendência é que não (por isso o mercado se atencipa).
      EU por exemplo, nos dias de hoje já, meu maior gasto com cartão mensalmente é com combustível, já não utilizo nenhuma maquininha para pagar. Cadastrei minha conta do PayPal no aplicativo shell box e pago por lá.

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    6. Oi, Fazolim.

      Vi recentemente esse vídeo, é excelente. Tem informações lá que os balanços não mostram, coisas dos bastidores. Um vídeo sensacional. Fiquei feliz por ter vendido toda a minha posição no começo do ano com algum lucro.

      Não conheço essa app da Shell. Que tal você fazer um post a respeito?

      Abraço!

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  10. No caso investidor ao perceber uma problema no balanço da empresa não comprará da mesma, basta zerar o objetivo. abraço

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    1. Olá Beto,
      Toda empresa passa por momentos de solavanco e o investidor tem que saber dosar qual tipo de problema que fará com que ele realize a venda. Essa é uma daquelas coisas que é muito mais fácil na teoria do que na prática.
      Abraços

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  11. É possível deixar uma ação de empresa que está ficando ruim em quarentena o que minimizaria as chances de comprar ativos ruins.

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  12. Premissas de um burro:

    1. A cotação sempre segue o lucro.
    2. Logo, se o lucro sobe, a cotação também sobe.
    3. Se a cotação sobe, a porcentagem da alocação nesse ativo aumenta na carteira.

    Ou seja:

    1. A cotação segue o lucro.
    2. Logo, se o lucro cai a cotação também cai.
    3. Se o lucro cai, a empresa piorou.
    4. Se a cotação cai, também a porcentagem da alocação nesse ativo diminui na carteira.
    5. Se a porcentagem da alocação diminuiu, eu preciso aportar nesta empresa segundo o TSB (trade system do burro).
    6. Ou seja: eu preciso comprar mais ações de uma empresa que piorou.

    Bastter dizia que a dívida da ETER3 estava controlada em 2013...
    "Vocês são burros! Não trate dívida de PJ como dívida de PF".
    hoje, depois que tudo passou, ele diz:" essa empresa é ruim faz anos, deu tempo de sair dela no início".
    "Quem diviersificou bem nem teve com o que preocupar".

    Quanta bullshitagem...

    Abração

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    1. Olá anon,
      Não classificaria como burrice. Toda estratégia possui falhas e o Bastter recomenda que o investidor monitore as ações da carteira. Se a empresa começa a piorar, pare de comprar e quando os sinais ficarem mais claros, venda.

      "Bastter dizia que a dívida da ETER3 estava controlada em 2013...
      'Vocês são burros! Não trate dívida de PJ como dívida de PF'."
      Nesse ponto eu não concordo já não concordo com ele e se ele fez isso, ele errou. Mas quem não erra? Meu histórico possui diversos erros. Investidores lendário erraram. Todo mundo erra. Por isso eu sempre indico que o investidor não se feche a uma única fonte de informação, procurando aprender de outras fontes. Assim, ele forma seus próprios critérios e toma suas próprias decisões. Mas se um cidadão insiste em beber de uma única fonte de informação, seus critérios acabam sendo bem parecidos com o do criador desta fonte, o que não é saudável.

      Abraços

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    2. É fácil pegar exemplos de falhas como a ETER3, mas o que dizer da VALE e GGBR? Há 2 anos eram empresas "quebradas" para o mercado. Vale chegou a valer R$ 8,00 hoje está em torno de R$ 48,00. O sistema de alocação de ativos mandaria comprar VALE e GGBR aos kilos, não? o cara estaria rico.

      o problema das pessoas é a paixão e isso só lhe permitem ver o mundo sob sua ótica e com viés de confirmação sobre suas teorias

      Abraços

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    3. Sob condições perfeitas, qualquer estratégia é válida, como por exemplo AA, aporte dobrados, alavancagem em micos, aporte duplo carpado e o que quiser. Assim fica fácil "argumentar".
      Para defender sua estratégia, muita gente utiliza a condição perfeita e ignora a condição normal, onde desde o investidor sardinha até Warren Buffett cometem erros. Eles são inevitáveis. Entretanto, os apaixonados sempre citam os casos perfeitos.
      Engraçado é que está sendo cogitada a possibilidade de algo errado TALVEZ acontecer, mas aí o investidor apaixonado entende que se está falando que aquilo vai SEMPRE acontecer. Um erro de interpretação enviesadamente errado. Se a pessoa não fosse apaixonada pelo método, a interpretação seria correta, mas a paixão cega não deixa entender.
      Abraços

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    4. Pegando um gancho dessa conversa, cito aqui algumas postagens do meu amigo Investidor Defensivo, um blogueiro de longa data na blogosfera. Longe de querer transparecer que eu sou o bam bam bam, até porque eu fiz (e faço) movimentos ruins. Basta uma lida no meu histórico para constatar.
      Mas o Investidor Defensivo é uma pessoa que segue firme a alocação de ativos e acredito que ele reflete muitas pessoas que a seguem também. Separei algumas postagens para vocês verem as movimentações de compra e venda que ele fez a fim de equilibrar a carteira de acordo com a AA. Aproveitem para ler os comentários:
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/02/atualizacao-mensal-fevereiro-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/03/atualizacao-mensal-marco-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/04/atualizacao-mensal-abril-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/05/atualizacao-mensal-maio-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/06/atualizacao-mensal-junho-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/07/atualizacao-mensal-julho-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/08/atualizacao-mensal-agosto-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/09/atualizacao-mensal-setembro-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/10/atualizacao-mensal-outubro-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/11/atualizacao-mensal-novembro-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2016/12/atualizacao-mensal-dezembro-de-2016.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2017/02/atualizacao-mensal-janeiro-de-2017.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2017/02/atualizacao-mensal-fevereiro-de-2017.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2017/03/atualizacao-mensal-marco-de-2017.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2017/04/atualizacao-mensal-abril-de-2017.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2017/05/atualizacao-mensal-maio-de-2017.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2017/06/atualizacao-mensal-junho-de-2017.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2017/07/atualizacao-mensal-julho-de-2017.html
      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2017/09/atualizacao-mensal-setembro-de-2017.html

      ID, espero que não fique chateado com este comentário. Por favor encare apenas como um estudo de caso.

      Abraços

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  13. Escolher empresas de qualidade é fundamental e acompanhar elas todos os trimestre e todos os anos com os respectivos balanços, a quem use a alocação de ativos rebalancear a carteira, mas também existem outros métodos por exemplo Luiz Barsi compra sempre a melhor oportunidade, mesmo que essa melhor oportunidade seja a mesma do mês passado.

    Abraço e bons investimentos.

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    1. Barsi é outro...
      Tem duas ações encarteiradas que o ADP citou aqui..
      Eter e pmam
      Quem na finansfera considera essas empresas boas?

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  14. Fala ai ADP,

    Voltando aos primordios da Blogosfera.

    Eu como fã do Bastter tenho que dizer que discordo plenamente do seu pensamento, porque ...

    Brinks, to zoando.

    Nao uso este metodo.

    Na verdade eu uso um metodo adaptado a mim, conheço bem a minha carteira, entao diante do que vai ocorrendo no mercado eu tenho meu feeling de alocaçao e esta dando certo.

    Um exemplo: Do nada veio a minha mente aportar em HGRE, pois, o ciclo imobiliario aparenta estar melhorando, e apos as ultimas compras em outras açoes e FIIs, vi que ele (HGRE) ficou para tras.

    Outro que vai voltar pro meu portfolio é HGBS, que resolveu a antiga bagunça do CRI Goiabeiras e voltou a apresentar valores acima da queima de caixa ...

    Eu nao sei como, mas tenho este feeling no momento certo que eu acho oportuno realizar novas compras.

    Se eu usasse este metodo somente em minhas açoes, acho que tenho 5 ou 6, eu estaria comprando mais TIET (que caiu a cotaçao) do que ITSA que disparou a cotaçao ... Eu comprei mais ITSA subindo.

    Eu achei pertinente a ideia de que quem compra baseado neste metodo e sem analisar a qualidade dos ativos acaba lotando o carrinho de açao que esta ruim das pernas, tipo Forja Taurus da vida, esta ai do amianto que esqueci o nome, BRFS da vida, etc.

    Agora discordo (com todo amor e respeito do mundo rs) do seu pensamento de concentrar em menos açoes, FIIs.

    A diversificaçao salva ... a empresa pode ser um Itau, mas pode piorar, e nao é porque voce tem menos açoes que vai conseguir sair antes de ficar ruim.

    Eu preciso urgentemente comprar mais açoes, tenho apenas 5, mas estou montando carteira ainda,.balanceando com os imoveis e fiis que tenho.

    Abraçao e belo post.

    Ps.: Aumente mais a letra, o tamanho, facilitando aos leitores. Dica

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    1. Adp, nao precisa aumentar a letra nao. fazendo isso as paginas ficarão ainda mais longas, principalmente para quem le no celular, oq torna a leitura mais cansativa.
      Qnd alguém da dicas para o VDC no blog dele, ele se resume a dizer que "nao é possível agradar a todos".
      Sobre o tamanho da letra a mesma coisa: seu blog está ótimo, diagramação e especialmente o conteúdo.
      Se uma pessoa acha q a letra está pequena, lamento, não é possível agradar a todos

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    2. Olá pessoal,
      Nós primórdios do blog a letra era maior. Veja por exemplo esta postagem de 2011:
      https://alemdapoupanca.blogspot.com.br/2011/10/desconto-de-dividendos-justo.html

      Entretanto, me pediram pra diminuir. Fiz uma pequena enquete e a diminuição da letra foi unânime. Por isso por enquanto vai ficar assim mesmo.
      Abraços

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    3. Entendi ADP.

      Se você pensar em monetização (e isto nem dica minha é, foi do Uó, quero ver alguém agumentar contra nosso mestre do SEO), a letra precisa ser maior, mas foi apenas uma sugestão de um leitor assíduo de seu blog (eu mesmo).

      As boas práticas pedem aumentar, porém, como seu intuito não é monetização pelo que conheço, então considere apenas uma sugestão de leitor mesmo.

      Abraçao

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    4. O foco do Adp é um bom conteúdo.
      =)

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    5. O meu também, mas nem sempre dá certo. Conheça meu novo projeto em informaremos.com!
      =)

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  15. Eu seguia a estratégia do boy And hold, boas empresas e alocação de ativos diversificada... Até perceber que com pouca grana não faz sentido manter 20 empresas, 20 fiis e renda fixa até pq o custo de rebalanciar a carteira era alto. A dois anos estou com isus11, Small11 50% e ivvb11... Coloquei fundos de fundos nos fiis. E agora abri conta no EUA pra compra etf americana, Chile, Singapura, Austrália e De ouro... Enfim diversificar de vdd. O ponto é, muita gente demonisa etf e até zoam quem os usa... Povo se sente demais só pq lêem um balanço. Pode ter ctz q meu retorno até agora tá bem acima de muita carteira de boas empresas apenas rebalanciando os etf...

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    1. outro detalhe que esqueci de escrever foi: a parte que tenho de renda variável hj esta em 30% da montante, 20% etf (50% ivvb11 e 25% isus, 25% small11). 10% fii( fix11 e bpff11).

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    2. Olá anon,
      Também não vejo sentido em extrema diversificação com pouco dinheiro.
      Também não sou fã de ETF, mas não critico quem investe. Mas estou ciente de que tem muita gente que perde para eles.
      Abraços e sucesso

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  16. A crítica foi aos investidores que utilizam o método de forma errada e não ao método em si. E todo post agora tem uma alfinetada no Bastter. Desculpe, mas isso tá ficando um pouco chato.

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    1. ta desculpado! :)

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    2. Olá anon,
      Esteja ciente de que praticamente qualquer postagem que eu faça vai acabar tendo alguma divergência com Bastter, pois naquele ambiente qualquer coisa que saia uma vírgula que seja do caminho é classificado como sardinha deslumbrada e manada. Qualquer livro que eu leia aqui na minha pequena coletânea, de acordo com alguns ensinamentos dele, é de sardinha deslumbrada. O próprio livro que ele traduziu é de sardinha deslumbrada. Ele não, é o onipresente, onipotente e onisciente. Pelo menos para algumas pessoas parece que sim.
      A alfinetada é par amostrar que ele simplesmente pegou algo que existe há muitíssimo tempo (Alocação de ativos) e deu o nome dele para isso. Marketing! É como se eu chamasse o sistema de cotas como "Sistema ADP de cálculo de rendimentos" ou o cálculo de preço médio de "Preço médio do ADP". Não faz sentido.
      Peço humildemente para aqueles que se ofendem com qualquer coisa que divirja do Bastter, que saia da bolha e procure outras fontes de informação.
      Abraços

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  17. Alocação de ativos funciona melhor pra fundos passivos de índice global, ETFs. Porque o mercado como um todo não perde qualidade na queda, você sabe que uma hora vai voltar. Já qualquer empresa corre o risco de nunca mais voltar.

    No entanto, a maioria dos que usam alocação de ativos tem aversão aos ETFs. Vai entender...

    obs.: isso não é uma defesa apaixonada dos ETFs, só que a estratégia de alocação funciona melhor pra eles (inclusive boa parte dos livros de alocação de ativos focam neles).

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    1. Claro que se vê que não há defesa apaixonada em seu comentário, anon, rs.
      Obrigado pela participação.
      Abraços

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    2. Muito bem ponderado Anon, eu havia comentado algo parecido sobre AA com ETFs

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  18. > Será justamente essa qualidade duvidosa que a alocação vai mandar você aportar.

    Você ignorou completamente o mecanismo de colocar empresas em quarentena quando há dúvidas se ela piorou de fato, fundamental no mecanismo de alocação de ativos a nível de ações. E se você estiver convencido que a empresa ficou ruim, então é hora de tirar dinheiro dela. Assim, não há nada no mecanismo de alocação de ativos que o faça ficar regando erva daninha indefinidamente, pelo contrário. E até onde eu saiba (faz tempo que não vejo), tal mecanismo de quarentena inclusive é parte integral do "Baster System".

    > O ativo que cai nem sempre representa uma coisa boa que ficou barata, mas sim que o mercado apenas está “reajustando sua avaliação perante as operações da empresa”.

    Sim, e o contrário também é frequentemente válido: nem sempre é por que ficou ruim, pode ser variação natural do mercado ou um pânico temporário. Não tem muito o que fazer sem informações a não ser virar grafista. Ou simplesmente relaxar e deixar sua diversificação alisar esses casos, e aceitar as perdas e cair fora quando ficar claro que aquela não é mais uma boa empresa. O pequeno investidor tem que equilibrar o esforço de análise e acompanhamento com os aumentos marginais de rentabilidade resultantes.

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    1. AA não faz quarentena pois não avalia qualidade. Se você põe em quarentena, então é por outro método, não AA. Inclusive, provavelmente você porá em quarentena justamente uma ação que a AA está indicando compra.
      Por favor, saia da caverna de Platão. Não se apaixone por um método. Dizer que há uma possível falha não significa que o método é ruim. Você fez um textão que não contradiz em nada com a postagem. Basta interpretar sem paixão.

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    2. ADP, não entendi sua afirmação: "AA não faz quarentena pois não avalia qualidade"

      Isso não é verdade. Por que não avaliaria qualidade? sobretudo em empresas individuais, é óbvio que precisa avaliar qualidade.

      Abraços

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    3. Olá EI,
      Uma coisa é um método de aporte/remanejamento de ativos, outra coisa é um método qualitativo de escolha de ações. AA é método de aporte/remanejamento. Está explicado na postagem. Se a pessoa coloca em quarentena, isso não tem nada a ver com AA, pois ela utiliza outro método para chegar a essa conclusão.
      Dizer que AA não avalia qualidade não significa que eu disse que isso não é necessário. Eu bato nesta tecla sempre de que o investidor precisa monitorar seus investimentos.
      Abraços

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    4. "Se você põe em quarentena, então é por outro método, não AA."

      Então sua introdução está errada ao insinuar que “Bastter System” é simplesmente um nome incorreto para AA. Segundo sua resposta agora, o “Bastter System” é um outro método que não AA, pois inclui quarentena como uma das características centrais.

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  19. ADP Obrigado pelo conteúdo. Eu acredito na alocação de ativos. Faço isso como minha estratégia. Porém não podemos ser cegos. Confiar cegamente em qualquer método eh um erro que o mercado não perdoa. Enfim eu "frito o peixe olhando pro gato". Não sou adepto a trades mas também cegar e não acompanhar não dá. Vc acaba perdendo oportunidades no meu ponto de vista e girar demais também não é uma boa.
    Tem que ter balanço e bom senso.

    Abraço

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    1. Olá anon,
      Eu tenho meus próprios critérios e mesmo assim não os sigo cegamente, rs.
      Abraços

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  20. Olá. AdP. Ótimo artigo.

    No meu entender, você não apontou nenhuma falha do método de alocação de ativos em si, mas sim potenciais falhas humanas (ausência de análise qualitativa dos ativos e falha na seleção de ativos em razão da imaturidade do investidor iniciante).

    São falhas graves que tendem a trucidar o patrimônio e acarretar as situações narradas (priorizar ativos ruins e deixar bons ativos relegados).

    Mas, ao meu ver, não são falhas intrínsecas ao método, mas ao investidor. E ambas são plenamente reversíveis.

    Quanto à diversificação:

    "1- montar uma carteira com 30 empresas boas.

    2- montar uma carteira com 6 empresas boas.

    Em qual das tarefas a probabilidade de conter pelo menos uma empresa ruim é maior?"

    Com absoluta certeza, no cenário 1 a probabilidade de escolher lixo é muito maior. Entretanto, em qual cenário o estrago seria maior?

    No cenário 1, suponha-se que o investidor mantenha 3 lixos. No cenário 2, apenas 1 (lembremo-nos de que sempre é possível errar, mesmo na escolha de 2 ativos).

    Qual o prejuízo máximo?

    Cenário 1: 10% de prejuízo
    Cenário 2: 16% de prejuízo

    Meu objetivo é evitar os grandes erros, não tenho capacidade de fazer grandes acertos.

    Abraço!

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    1. Olá Concursado investidor,
      O problema não é falha humana, mas justamente a falta de interferência humana. Se o problema fosse de falha humana, bastaria então delegar AA para computadores fazerem o trabalho. Mas isso poderia ser um desastre, pois o computador compraria aos kilos uma empresa que se revelasse ruim só porque o preço dela caiu.
      Repito o que está na postagem: o método não faz análise qualitativa. A alocação de ativos tem esse nome não é a toa. Ele é basicamente um método para alocar os ativos em um percentual desejado. Não há análise de qualidade por parte dele. Esta é feita por outro método. A AA vai cumprir o papel dela de alocar, mas se o investidor não se atentar pode cair numa cilada. E é necessária interferência humana para isso.

      Abraços

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    2. AdP,

      Sua premissa parte de uma AA baseada única e exclusivamente nos percentuais objetivos da carteira, sem se fazer a análise das empresas, do cenário, dos balanços, quarentena, etc..

      Sinceramente, nunca vi ninguém defender uma coisa dessas. Muito menos o Bastter, o qual foi citado em alguns comentários, inclusive por você. O que mais se lê no site do cara é que a análise de empresas não é matemática, é arte. Que não se deve tentar acertar baixa (esperar queda na cotação para aumentar posição) e coisas do tipo.

      Essa AA que compõe a sua crítica é uma loucura tão grande que não faz o menor sentido, de fato. Pode haver quem siga esse método? Pode. Assim como há quem aporte em OIBR, OGX e coisas do gênero até hoje, esperando um turn arround.

      De toda forma, considero seu artigo um bom aviso para quem faz uma AA às cegas.

      Abraços e bons investimentos!

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    3. Olá Concursado,
      "Sua premissa parte de uma AA baseada única e exclusivamente nos percentuais objetivos da carteira"
      Não é que seja minha premissa. É que a AA é baseado nisso mesmo. Ela é um método de alocação quantitativa. AA não avalia a qualidade das empresas.

      "...sem se fazer a análise das empresas, do cenário, dos balanços, quarentena, etc.. Sinceramente, nunca vi ninguém defender uma coisa dessas."
      Se a pessoa faz análises das empresas (e elas fazem sim), isso não é feito pela AA, mas sim por outros critérios. Ela então combina sua análise qualitativa ao AA. E ao contrário do que foi comentado, não ignorei que não existiria também análise qualitativa por parte do investidor. Olha o que eu disse:
      "...há uma certeza de que você não conseguirá compor uma carteira de ações que permanecerá completamente boa durante toda a sua carreira como sócio."
      Por mais que a pessoa tente selecionar ações boas, inevitavelmente as coisas não sairão, no decorrer com o tempo, conforme o esperado. Óbvio que ninguém sai por aí usando AA sem análise qualitativa, assim como ninguém defende a ideia de comprar topo e vender fundo, ou selecionar ativos ruins, ou ter prejuízo na bolsa. Mas no mundo real essas coisas acontecem mesmo que os investidores não defendem estas ideias.

      "Muito menos o Bastter, o qual foi citado em alguns comentários, inclusive por você."
      Nestas citações alguém falou que ele defende a compra de ações sem critério? Tem comentário que eu até defendo ele.

      "Essa AA que compõe a sua crítica é uma loucura tão grande que não faz o menor sentido, de fato."
      Loucura tão grande? Acho que você está falando com paixão, não com razão. Mas respeito sua opinião.

      "De toda forma, considero seu artigo um bom aviso para quem faz uma AA às cegas."
      O propósito do texto é esse. Entenda que o investidor médio é aquele que tem no máximo 50 mil reais na bolsa e não tem tempo para ficar analisando balanços a fundo e ficar monitorando profundamente o mercado. Muitas vezes mal sabe interpretar uma demnstração de resultado. Este método de AA é sim interessante, mas ele tem que estar ciente de que pode cair em armadilhas caso se descuide.
      Abraços

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    4. "Ela é um método de alocação quantitativa. AA não avalia a qualidade das empresas."

      Eu queria que alguém me mostrasse alguma literatura de respeito que diz que AA direto em ações não se deve avaliar qualidade das empresas

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    5. Economicamente Incorreto, você está confundindo a diferença entre método de aporte e método de avaliação de empresas. Método de aporte não fazem filtragem de ações. Eles indicam em qual aportar. Alguns exemplos: alocação de ativos, compras mensais, aportes dobrados, aporte único, etc. Esses métodos por si só não fazem peneiragem ou garimpagem. São métodos quantitativos. É necessário combinar isso com um processo de escolha dos ativos, como por exemplo a análise fundamentalista. No caso das ações, a AA requer um processo de escolha, como por exemplo a análise fundamentalista. Apesar disso não é a AA que faz as escolhas iniciais. A AA não manda o investidor vender uma empresa que ficou ruim. A AA não manda comprar uma empresa lucrativa de fora do portfólio para adicioná-la no seu time. Quem faz isso é a Análise fundamentalista. O propósito da postagem é alertar que se o investidor delegar boa parte das decisões para a AA, ele vai acabar comprando mais dessa empresa que ficou ruim, pois será justamente ela que terá a cotação derrubada.
      Mas eu sei que você sabe muito bem disso, mesmo assim você disse que eu afirmei que em AA 'NÃO SE DEVE' avaliar qualidade das empresas. Olha a maldade da sua provocação. Eu disse várias vezes que o investidor deve avaliar sim. Isso que você disse foi uma tentativa de distorção de minha fala ou má interpretação de sua parte? Onde eu disse que AA "NÃO SE DEVE AVALIAR"? Eu disse o contrário:

      "Há momentos que noto que certos investidores entregam completamente seus investimentos a esta estratégia, esquecendo-se de outras coisas que também são importantes."

      "Tanto faz o quão fiel você segue uma alocação. Se os seus ativos não forem de qualidade, você não performará bem."

      "há uma certeza de que você não conseguirá compor uma carteira de ações que permanecerá completamente boa durante toda a sua carreira como sócio."

      "O que corrobora com isso é o momento que o investidor estabelece seus percentuais para alocar os ativos: no início de tudo. E no início de tudo é quando o investidor é o mais inexperiente possível. Por causa disso, as chances de ele selecionar empresas ruins ou que em breve se tornarão ruins é certeza."

      "Talvez você acuradamente selecionou uma “super empresona”, pagou seu respectivo preço por isso, mas que em um curto espaço de tempo, apesar de ainda lucrar, ela tornou-se uma empresa “meia bomba”."

      "A você é dado duas tarefas:
      1- montar uma carteira com 30 empresas boas.
      2- montar uma carteira com 6 empresas boas.
      Na estratégia número dois poderíamos aplicar um filtro muito mais exigente, o que diminuiria a chance de conter uma empresa ruim."

      "Ele entrega muito de sua forma de investir à alocação, pois acredita que fez boas escolhas de ações (afinal de contas, quem escolheria algo ruim?), deixando que a análise quantitativa guie os aportes, sendo que o carro-chefe para movimentações deveria ser, antes de tudo, a análise qualitativa."

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    6. ADP, acho que você está com pre-disposição a achar que estou te criticando a todo custo.

      Eu apenas fiz um comentário sobre sua frase que está no comentário de 25/04 às 15:08, leia-se: Ela é um método de alocação quantitativa. AA não avalia a qualidade das empresas."

      Meu comentário foi: "Eu queria que alguém me mostrasse alguma literatura de respeito que diz que AA direto em ações não se deve avaliar qualidade das empresas"

      Acho que minha pergunta é legítima, para mim não existe AA em ações em uma carteira com empresas porcarias. Alias o melhor método do mundo (de longo prazo, ressalta-se) em empresas porcarias, vai dar m....

      Portanto separar os assuntos é um erro. Não estou falando que você prega isso (AA sem avaliar as empresas), mas estou dizendo que não existe AA em empresas sem avaliação quantitativa. Alias não existe método nenhum no mundo (de longo prazo, ressalta-se) que seja vencedor sem avaliar a qualidade das empresas.

      Voltando a minha pergunta, se existe algum método de AA em ações que não avalia a qualidade das empresas, peço que alguém me mostre. Se não existe, que fique claro que não existe AA sem avaliação qualitativa.

      Se fizer AA com ativos de renda fixa, também que fazer avaliação qualitativa, afinal vai ficar aportando em CDB, LCI ou LCA de entidades quebradas.

      O problema é justamente esta mania que as pessoas tem de dissociar uma coisa da outra, e cria uma confusão enorme na cabeça das pessoas, dando a impressão que o método de aporte é ruim, sendo que o método não tem nada de errado em si, mas que o erro é a qualidade dos ativos.

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    7. Economicamente Incorreto,
      Obrigado pela participação.
      Abraços

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  21. ADP gostei muito do post. Lembro que no passado li um livro chamado Mitos de Investimentos, o livro seguiu muito a linha do seu post.
    Parabéns por gerar conteúdo relevante para gente.

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    1. Olá Surfista,
      Já ouvi falar desse livro, mas nunca li.
      Abraços e sucesso

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  22. Seguindo seu blog, mais um excelente artigo. :D

    baseado em vc vou começar a disponibilizar carteira também.

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  23. Grande ADP!

    Se possível for e de seu agrado, seria possível adicionar meu novo site em seu seleto blogroll (informaremos.com).

    Será um projeto paralelo, mas duradouro conforme VDC.

    Um abraço e obrigado

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  24. Parabéns pelo post,
    Além de usar bastante dos dados do fundamentus gosto de saber quem está à frente das empresas que invisto.
    No final das contas, pessoas fazem diferença, geram números e dinheiro pro meu bolso. kkkkk

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  25. Economicamente incorreto, eu ratifico suas observações. Também não vejo como separar a escolha de bons ativos com métodos de investimentos. A exceção são os trades realizados por AT, que não são, afinal, "investimentos".

    Na publicação que fiz esse semana, fiz um comentário acrescentando mais opiniões sobre essa discussão e linkei no texto, AdP, seu artigo para abrir o canal para outras opiniões. Mas afinal, vale o debate! Ele enriquece muito a Finansfera.

    O link do texto é: https://www.viagemlenta.com/2018/05/casos-reais-de-rebalanceamentos-pelo-metodo-de-alocacao-de-ativos.html

    Abraços!

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    1. Olá André,
      o problema é que vocês estão chovendo no molhado e considerando coisas que não foram faladas. Ninguém em são consciência, quando deseja se tornar sócio de empresas, escolhe aleatoriamente as ações e nunca foi falado isso. No entanto, foi falado que, por melhor que sejam as intenções do investidor, eventualmente algum ativo ruim acabará em seu portfólio.
      Mas se vocês insistem em dizer outra coisa, basta um leitor ler sem paixão a postagem e os comentários para tirar suas conclusões sobre o que foi dito ou não dito.
      Abraços

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    2. AdP, sua resposta é 100% correta, não há como discordar disso. O que não concordamos é considerar que a estratégia não engloba tais conceitos.

      Abraços!

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    3. Ok. O que foi falado ou não está na postagem e nos comentários.
      Abraços

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    4. André, estamos de acordo e suas postagens em seu blog sobre este assunto são verdadeiras aulas.

      ADP, você insiste que o que foi falado ou não está na postagem ou nos comentários, mas é engraçado que a postagem é muito clara e fala justamente o que você está negando, desta forma fica bem confuso entender o que você quer dizer. veja:

      "A alocação de ativos relatada na postagem é um método que considera em sua integridade o aspecto quantitativo dos ativos desejados. Em nenhum momento comentei sobre o endividamento das empresas, se dão lucro ou qualquer outra questão a respeito. Logo, o maior problema dela é deixar de lado o aspecto qualitativo dos ativos. Este método não se preocupa com a qualidade dos ativos, que é sem dúvidas o que realmente interesse para vencer na bolsa e multiplicar o patrimônio."

      Assim complica mesmo e gera estas discussões, que acredito não serem propositais. Este parâgrafo acima é cristalino.

      Abraços

      Excluir
    5. É muito difícil falar A e pessoas entenderem B. Deve ser proposital, só pode. AA por si só não considera qualidade dos ativos. Minha reposta foi dada:
      http://alemdapoupanca.blogspot.com/2018/04/a-alocacao-de-ativos-e-suas-falhas.html?showComment=1525175777215#c1994807985915006732
      Vou parar por aqui.
      Abraços

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  26. Bem, cheguei atrasado para a discussão, mas vou deixar a minha opinião aqui.

    Quanto ao nome “Bastter System”, eu nunca vi ele como uma forma de substituir o nome “alocação de ativos”, e sim como o nome dado ao sistema (o site, no caso) que eles criaram para que as pessoas possam colocar seus investimentos e possam acompanhar, substituindo uma planilha do Excel.

    Quanto à alocação de ativos em si, eu vejo como um bom método, apesar de nunca ter usado na prática porque ainda estou em processo de formação de carteira. Mas você fez essa crítica à alocação de ativos falando como se a pessoa fosse necessariamente ter empresas ruins. É verdade que quanto maior for a quantidade de empresas que você tiver na carteira, maiores também são as chances de uma delas (ou algumas) não serem boas, mas isso é algo que você deve ficar de olho, já não é culpa da alocação de ativos em si. Bastter, que deve ser o maior defensor da internet desse método, diz que primeiro você deve escolher boas empresas para compor a sua carteira, para só então você usar a alocação de ativos. Então, levando em consideração que você fez um estudo prévio para a escolha das empresas que iriam fazer parte da sua carteira, olhando lucro, dívida e outros fundamentos, vai ser difícil você se dar mal com a ação que a alocação de ativos indicar para comprar naquele mês. É claro que uma empresa boa hoje não é boa para sempre, e por isso é importante ficar acompanhando os resultados trimestrais e anuais das empresas.

    Por fim, acho que a alocação de ativos é mais uma ferramenta do que um método propriamente dizendo, já que com ele sozinho você não fará nada (e se fizer poderá dar muito errado). O método você tem que ter por fora, e é através dele que você vai determinar a forma como você estuda e escolhe as empresas que estarão na sua carteira, a hora de entrar e de sair, etc.

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  27. Olá!
    Na minha humilde opinião acho que deve se fazer a seleção das empresas pela análise fundamentalista. Depois de selecionar as empresas deve sim ir comprando aos poucos o que estão para trás porém sem deixar de acompanhar os resultados das empresas.
    Você falou da Eternit mas a Eternit não ficou ruim do dia para noite, que acompanhou a empresa notou piora.
    Mas claro, se o cara for desavisado e não olhar mais para a empresa aí vai fazer alocação de lixo como você falou.
    Essa alocação de ativos que o bastter chamou de bastter system meu vô já fazia nos anos 1970 e é mais velho que andar pra frente. Se feita corretamente acho sim uma boa estratégia.
    Abraço!

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