Afinal de contas, quem é o “Além da Poupança”?
Minha história em investimentos começou quando criança. Sempre tive curiosidade sobre aplicações. Não sei se é por causa da convivência com uma família que sempre estava sobrevivendo no limite do cartão de crédito e que estava acostumada a pegar empréstimos, ou se porque eu sempre fui bom em matemática. Mas desde criança, sabia que ao se colocar dinheiro na poupança este dinheiro rendia, e sabia os conceitos dos juros compostos. Não sabia que o termo era “juros compostos”, mas sabia que havia a possibilidade de se ter uma grande quantidade de dinheiro, do qual parte da renda eu poderia viver, enquanto a outra parte eu poderia reaplicar.
Não venho de família abastada. Pelo contrário. Era raridade eu ter algum dinheiro comigo. Aprendi desde cedo a gastar sabiamente o dinheiro que eu ganhava. Gastava pouco com doces e coisas do gênero, e quando eu gastava, fazia o dinheiro durar por um bom tempo.
Com o tempo fui crescendo, até conseguir o meu primeiro emprego. Ganhava um salário mínimo, e sempre precisava pegar nem que sejam 30 ou 40 reais do cheque especial. Sabia que era completamente prejudicial, mas infelizmente meus gastos, por mais que fossem controlados, passavam um pouco o salário. Com isso aprendi uma coisa: é fácil cair na armadilha das dívidas. Eu que era muito controlado, solteiro, escapava por um triz todo mês, imagina quem tem uma família para sustentar, sem uma madura consciência financeira.
Diante dessa berlinda, precisei tomar providências. Estudei arduamente sozinho, e passei em um concurso público.
O salário aumentou consideravelmente, e de aperto passei para a situação de fartura. Conseguia guardar todo mês cerca de 40% do minha remuneração, que depositava religiosamente todo mês na minha poupança. Isso se passava no início de 2008.
Nunca confiei em bancos. Por consequência, sempre desconfiei do que os bancos ofereciam. Relutava quando ouvia sobre CDB, CDI, Previdência privada e Título de Capitalização. E meus olhos estavam atados ao meu sonho de criança: ter um montante grande o suficiente na poupança no qual os juros me sustentassem.
Entrava e acabava mês, estava fervoroso na minha estratégia, até que aconteceu um fato que mudou completamente meu modo de pensar.
Um figurão de onde eu trabalhava fez uma palestra sobre investimento, mais especificamente à ações, com uma pitada de Tesouro Direto. Ele apresentou gráficos históricos de diversas ações, falou sobre Bluechips, linhas de tendência, e outros métodos gráficos. Comentou brevemente também que o Tesouro Direto é um investimento interessante. Houve um estalo na minha cabeça. Descobri que havia outra formas de ganhar dinheiro sem contratar serviços bancários. Aprendi que havia algo Além da Poupança.
Na parte dois contarei quais foram meus atos e porque decidi divulgar minha carteira no blog adotando o investimento gradual.
Abraços
Que legal sua história!!! ^^. Mais legal ainda compartilhá-la conosco. Eu ainda preciso de mais disciplina nos gastos, gasto mt, com mt besteira... :/
ResponderExcluirAbração!
Houve uma época em que eu era muito pão duro. Mão de vaca mesmo!! Mas hoje eu tento conciliar diversão com investimento. Não adianta uma pessoa economizar muito dinheiro e perder qualidade de vida. Essas "besteiras" que nós compramos de vez em quando fazem nossa vida feliz. Só não podemos exagerar.
ResponderExcluirabraços
Gostei muito hehehe me motivandooo
ResponderExcluirHahaha que historia bacana e simples! Bem parecida com a minha, só o estalo foi diferente... Eu fiquei puto mesmo com a rentabilidade da poupança e fui atras de algo melhor. Muitas pessoas q não são como a gente não vê valor em poupar.
ResponderExcluir