domingo, 17 de junho de 2012

Série Mastigado – Preço médio


 Esta sendo inaugurada uma nova série no blog, denominada “Mastigado”, onde abordarei um assunto e tentarei explicá-lo de uma forma extremamente simples e didática. Esta série é voltada para aquelas pessoas que não conhecem absolutamente nada a respeito do assunto, ou àqueles investidores que, apesar de conhecerem, restam algumas dúvidas. Como primeiro assunto, será abordado o Preço Médio.


O que é o Preço Médio?
Como vocês deveriam saber, todo ganho líquido com operações na bolsa de valores, salvo algumas exceções, são sujeitos a pagamento de imposto de renda. Suponhamos a seguinte situação:

Investidor compra 1000 AMBV3 a R$50,00 cada. Alguns meses depois, ele vende a mesma quantidade a R$60,00. Vamos supor que ele gastou R$100,00 de taxas e corretagens na compra e na venda.

Ganho líquido = (R$60,00 * 1000) – (R$50,00 * 1000) - R$100,00 = R$9.900,00

Este investidor deverá pagar imposto de renda referente a um ganho de R$9.900,00. Simples de entender. Mas vamos supor a nova situação:

Investidor compra 500 AMBV3 a R$50,00 e depois mais 500 AMBV3 a R$55,00 cada. Alguns meses depois, ele vende 500 AMBV3 a R$ 60,00. Custo das operações, R$100,00. Nesse caso, há uma grande dúvida: quais ações da AMBV3 ele vendeu? Para quem ainda não notou, há um diferença grande entre vender ações que foram compradas primeiro e as que foram compradas depois.

Se ele vendeu as que foram compradas primeiro:
Ganho líquido = (R$60,00 * 500) – (R$50,00 * 500) - R$100,00 = R$4.900,00

Se ele vendeu as que foram compradas depois:
Ganho líquido = (R$60,00 * 500) – (R$55,00 * 500) - R$100,00 = R$2.400,00

Na primeira situação, o investidor pagará um imposto de renda bem maior do que na segunda situação. Fica óbvio que, na possibilidade de escolha por parte do investidor, ele alegaria que está vendendo as ações que foram compradas depois. Mas não é assim que funciona. O governo, para fins de simplificação, adotou o custo de aquisição, popularmente conhecido como preço médio.
Para responder a pergunta “O que é o Preço Médio?”, deixarei abaixo o art. 47 da IN RFB nº 1.022:

“Art. 47.  Nos mercados à vista, o ganho líquido será constituído pela diferença positiva entre o valor de alienação do ativo e o seu custo de aquisição, calculado pela média ponderada dos custos unitários.”

Como calcular o preço médio de aquisição?
Vamos retomar o exemplo do investidor acima:
Compra de 500 AMBV3 a R$50,00, com taxas totais de R$15,00, com posterior compra de 500 AMBV3 a R$55,00, com taxas totais de R$20,00.
A conta é basicamente somar todos os gastos e dividir pela quantidade de ações.

Preço médio = (500 * 50,00 + 500 * 55,00 + 15,00 + 20,00)/1000
Preço médio = R$52,53

As taxas e as corretagens entram no cálculo do preço médio?
Sim. Está previsto em lei.
Ao incluí-las, seu preço médio ficará mais alto, fazendo com que, na hora da venda, o investidor declare um ganho líquido menor, e consequentemente menor será o pagamento de imposto de renda ser pago. Não há vantagem em ocultar os custos.

Após vender as ações, como fica o preço médio?
O preço médio é de aquisição. As vendas em nada influenciam no preço médio.
No exemplo acima, após vender 500 ações, o preço médio permanecerá em R$52,53.

Como fica o preço médio após novas compras?
O cálculo é o mesmo. Vamos supor que o investidor possua 500 AMBV3 a um preço médio de R$52,53 cada. Ele compra mais 200 AMBV3 a R$48,00 cada, pagando R$12,00 em taxas de corretagens.

Preço médio = (500 * 52,53 + 200 * 48,00 + 12,00)/700
Preço médio = R$51,25

Os dividendos abaixam o preço médio?
Há uma corrente que defende que, ao receber dividendos, demos abaixar o preço médio. Vamos pegar o exemplo do nosso investidor que possui AMBV3 a um preço médio de R$52,53. Muito defendem a ideia de que, caso o investidor receba, por exemplo, R$0,50 por ação em forma de dividendos, o seu preço médio deverá ser reajustado para R$52,03. Isto está errado!
Não há qualquer menção na lei sobre isso. Além disso, não há vantagens em descontar os dividendos no preço médio, a não ser que o investidor queira pagar um imposto de renda maior.
Respondendo a pergunta: não se deve descontar os dividendos.

Desdobramentos, grupamentos e bonificações alteram o preço médio?
Alteram sim. O cálculo é bem parecido em todos os casos. Para explicar, utilizarei o exemplo do investidor que possui 500 AMBV3 a um preço médio de R$52,53.

Desdobramentos
Suponhamos que a empresa anuncie um desdobramento 1:3, ou seja, cada ação que o investidor possui se transformará em 3. Como o investidor possui 500 ações, após o desdobramento ele terá um acréscimo de 1000 ações, ficando com 1500. Estas ações terão o custo zero para o investidor. Então faça o cálculo como se tivesse comprando 1000 novas ações, sem custo:

Preço médio = (500 * 52,53 + 1000 * 0)/1500
Preço médio = R$17,51

Grupamentos
Suponhamos que a empresa anuncie um grupamento 5/1, ou seja, cada 5 ações que o investidor possui se transformará em 1. Como o investidor possui 500 ações, após o grupamento ele ficará com apenas 100. Faça o cálculo como se o investidor tivesse adquirindo -400 ações, a preço de zero cada:

Preço médio = (500 * 52,53 - 400 * 0)/100
Preço médio = R$262,65

Bonificações
As bonificações funcionam de forma bem parecida com os desdobramentos, mas a empresa anuncia qual o custo de aquisição.
Suponhamos que a empresa anuncie que bonificará seus acionistas com a quantidade referente a 20% sobre a quantidade atual de ações, a um valor nominal de R$5,00 cada. Nosso investidor, que antes tinha 500 ações, ficará, após a bonificação, com 600 ações. No novo cálculo, estas 100 ações terão um custo de R$5,00:

Preço médio = (500 * 52,53 + 100 * 5,00)/600
Preço médio = R$44,60

Deixe-me ver se entendi. Na hora da venda, o ganho apurado será sobre o preço médio?
Exatamente. Vou citar o exemplo do investidor acima, após a bonificação que ele recebeu.
Suponhamos que, das 600 ações que ele possui (preço médio de R$44,60), ele venda 400 a um preço de R$50,50 cada.

Ganho = 400 * 50,50 – 400 * 44,60
Ganho = R$2.360,00

Ainda falta descontar os custos de venda. Lembre-se, os custos de compra já estão embutidos do preço médio. Supondo que ele gastou R$20,00 para realizar a venda:

Ganho líquido = R$2.360,00 - R$20,00 = R$2.340,00

O investidor declarará para o governo um ganho de R$2.340,00.

Onde eu devo declarar? Quanto o investidor paga? Se ele vende menos de 20 mil reais em um mês, ele não fica isento?
Calma, meu filho. Isso é tema para alguma outra postagem da série mastigado. O tema aqui é Preço Médio, e não imposto de renda. Mas provavelmente você encontrará diversos sites na internet sobre o assunto “imposto de renda”, coisa que talvez não encontre em detalhes sobre o assunto “Preço médio”.

Estava apurando os custos que realizei em uma compra para calcular meu preço médio, mas nesse mesmo dia realizei a compra de duas ações diferentes. Como posso calcular estes custos?
O que aconteceu contigo é o mesmo que está na nota de corretagem abaixo:



Você realizou a compra de duas ações diferentes, mas a nota de corretagem não especifica qual custo é referente a uma ação ou outra. Você deverá fazer um cálculo que pondere isto para você.

1º passo – Determine todos os custos. No caso acima, o investidor gastou:
Taxa de liquidação – R$0,26
Emolumentos – R$1,25
Corretagem – R$ 31,98
Total = R$33,49
O ISS que a nota de corretagem mostra já foi incorporado pela corretora, então não é certo adicioná-lo. Sempre verifique se sua corretora incorpora algum custo para ela.

2º passo – Separe o custo da corretagem (se for possível)
De todos os custos, a corretagem (quando é fixa) é o único que podemos determinar o valor de cada ação. No caso acima, foram realizadas 2 compras. Com isso, há duas corretagens, cada uma valendo R$15,99.
No caso de a corretagem não possuir um preço fixo, pule para o 3º passo.

3º Passo – Calcule.
Para ponderar o calculo, divida os custos pelo valor total e multiplique pelo valor de cada ação, conforme abaixo:

Total do valor das operações = R$4.403,00
Total dos custos = R$ 33,49 – R$31,98 (corretagem) = R$1,51
1,51 / 4.403 = 0,000342
Custos referentes a PETROBRAS PN
Custos = 0,000342 * 2755 = 0,94
Custo total = 0,94 + 15,99 (corretagem) = R$16,94

Custos referentes a FRAS-LE PN
Custos = 0,000342 * 1648 = 0,57
Custo total = 0,57 + 15,99 (corretagem) = R$16,55

É possível automatizar uma planilha que faça esse cálculo?
Com um pouco de paciência é possível sim. Tente fazê-la ou espere o “Além da poupança” publicar uma.

Qual estratégia que posso utilizar com o “preço médio”?
Nenhuma. Não se faz estratégia com preço médio. Preço médio é apenas um parâmetro para saber o ganho ou perda em caso de venda. É apenas um valor a ser calculado. Tentar fazer alguma estratégia com o preço médio pode te deixar em alguma enrascada ou fazer com que você perca algumas oportunidades.

Então o preço médio serve para que?
Para fins tributários. Em caso de alienação das ações, você saberá exatamente o quanto foi seu ganho. É interessante também informar o valor do seu preço médio todo ano a Receita.

Espero que tenham gostado da primeira postagem da série. Caso tenha alguma dúvida referente ao preço médio, deixe seu comentário. Caso tenha alguma sugestão do tema da próxima série “Mastigado”, fique a vontade.

66 comentários:

  1. Olá AdP,

    Ótimo post, tinha algumas dúvidas sobre a como informar o IR, com este post, você conseguiu acabar com várias delas.

    Está de parabéns.

    Uta!

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  2. Estou muito interessado no tema investimento, mas minha situação atual me torna um mero espectador, estou realmente mesmo é muito enrolado com dividas, se puderem dar uma passada lá no meu blog e me dar algumas dicas pra sair do aperto agradeço, oendividado7.blogspot.com.br

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  3. Olá AdP!

    Artigo excelente, tanto para dúvidas de IR quanto para investidores de longo prazo. Estou ansioso para ver a planilha que pretende montar, eu já tenho uma que desenvolve esse esquema de preço médio para o controle anual do imposto que montei, mas vale a pena conferir a sua para verificar se está correta.

    Abraços!

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  4. eu tenho alguma deficiência séria pois me perco na hora de calcular preço médio qdo tem split e acho q essa deficiência se chama 'preguiça' :P

    mas é legal sua explicação detalhada, ja´vi muita gente perdida com isso, principalmente na hora de pagar IR
    beijão, bom inicio de semana

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  5. Muito bom AP!

    Vi que vc usa o banifinvest. Vc sabe se o preço médio por lá, eles contam taxas e as corretagens entram no cálculo entram nos cálculos corretamente?

    Sinceramente, utilizo o preço médio calculado por eles. Não faço na mão.

    Abs!

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    1. olá ID.
      Eu utilizava o Banifinvest. Faz um bom tempo que não utilizo mais.
      Creio que o dificilmente o preço médio que as corretoras informam está totalmente certo. Se você transferir suas ações para outra corretora, aí que estarão errados mesmo. Eu faço em uma planilha o meu preço médio.

      Abraços

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  6. Excelente, AdP, e muito obrigado pelos esclarecimentos prestados de forma simples e didática. Abraços.

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  7. Vc tem um jeito muito bom de explicar. Parece professor. Parabéns.

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  8. Olá, meu nome é Bruno e fiquei com dúvida com relação a sua recomendação: " não faça estratégia com preço médio". Pela lógica, quanto menor o meu preço médio ( teoricamente estaria corrigindo pra baixo o meu preço de entrada numa ação), melhor não seria o beneficio na hora de retomada do mercado ?

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    1. Olá Bruno
      Sim, sua lógica está perfeita.
      O problema é que há investidores que utilizam a estratégia de comprar uma ação apenas quando "ela está abaixo do meu preço médio".

      Para quem é trader, há coisas muito mais importantes do que abaixar o preço médio da ação como definir os pontos de saída, estudar a movimentação da ação, definir stops e outras coisas.

      Para quem é holder, se ele quer ficar com a ação durante anos e acredita que a empresa será maior e melhor durante este tempo, é natural que a cotação suba. Ele só comprará ações no começo do período, ou em momentos de que a bolsa está em forte queda (se a empresa tiver fundamentos muito bons, talvez nem assim). Após sua ação subir, ele estará muito receoso a comprar. Vide Ambev e Cielo que dispararam no ano passado para cá.

      Há coisas muito mais importante do que preço médio. Temos que escolher empresas boas. Há aqueles "investidores" que acabam escolhendo uma empresa operacionalmente ruim para especular, e a cotação acaba caindo. Este investidor, ao invés de analisar a empresa e estudar um momento para saída, decide fazer a estratégia de "baixar o preço médio" para aguardar um repique. Esta decisão pode trazer consequências desatrosas.

      Em resumo, acredito que há fatores muitíssimo mais importantes que o preço médio.

      Abraços

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  9. So para ilustrar. Imagine se um investidor resolvesse fazer preço médio com Usim5. Com certeza não teria sido boa escolha.

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    1. Sim, é mais ou menos por aí mesmo. Claro que há a possibilidade de a Usiminas se recuperar, mas o preço médio não deve ser objetivo de investimento, e sim consequência. Se a pessoa fizer o dever de casa, seu preço médio será satisfatório.

      Abraços

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  10. Cara, vc me deixou com uma duvida. Suponha que eu compro XPTO3 a R$ 10 em março e vendo a R$ 15 em abril, lucro de R$5, e paguei os impostos. Aí eu compro a R$ 30 em maio e vendo a R$ 30 em junho, saio no 0 a 0. No entanto, pelo calculo do preco médio, eu comprei por (10+30)/2 = R$20, e vendi por R$ 30, portanto teoricamente tenho que pagar impostos sobre R$ 10 de lucro que nunca tive... tá certo isso?

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  11. Depende. Você comprou quantas XPTO3 e vendeu quantas? você não especificou a quantidade.
    Se você comprou 100 e depois vendeu 100, você zerou a sua quantidade de ações e consequentemente o seu preço médio. O cálculo que você realizou "(10+30)/2=20" não foi em nenhum momento colocado na postagem. No cálculo entra quantidade de ações, preço de aquisição e custos. Acho que se você ler a postagem integralmente você terá menos dúvidas. Mas, depois da leitura, se ainda tiver dúvidas, fique a vontade para perguntar.

    Abraços

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  12. Sobre dividendos, também não desconto no preço médio. A lei não fala nada, então uso a meu favor.

    Só que quem desconta, acho que não o faz simplesmente subtraindo o valor dos dividendos do preço da ação. Se assim o fosse, chegaríamos em um ponto em que os preços passados seriam negativos, o que é obviamente impossível. Eu não sei como essas empresas fazem para compensar o valor dos dividendos nos gráficos. Talvez seja reduzindo a porcentagem em todo o gráfico (isso em relação ao último dividendo seria o mesmo que subtrair), não sei ao certo.

    Normalmente o pessoal da bolsa gosta de probabilidade. Curte? Se sim, deixei um interessante no meu blog, com a solução.

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    1. Sim, quem desconta simplesmente subtrai, até zerar o preço médio. Está errado.

      "Eu não sei como essas empresas fazem para compensar o valor dos dividendos nos gráficos."
      Bem a empresa não faz nada. Quem faz são os grafistas. Eles descontam o valor do dividendo de todas as cotações do dia ex para trás.
      Como exemplo, no dia 03/01/2002 a VALE3 teve um preço de fechamento em exatos R$51,80, mas hoje olhando o gráfico, ela está sendo cotada a muito menos que isso, pois todos os dividendos de 2002 para cá foram subtraídos.

      Abraços

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    2. AP, quando disse empresas, me referi a empresas que fornecem gráficos, como a Apligraf por exemplo.

      Mas não acho que sejam simplesmente subtraídos. Pense na empresa XPTO3. Começou no IPO valendo R$ 1,00, nunca distribuiu dividendos e hoje, 30 anos depois, valendo R$ 20,00/papel, resolve distribuir R$ 2,00 de dividendos.

      É certo que os dividendos serão descontados no gráfico e na bolsa, sendo que constará que o fechamento do papel foi de R$ 18,00. Só que não só a última data é descontada. Todo o gráfico é corrigido.

      A questão é como é feita essa correção. Se fosse simplesmente subtrair, o preço no IPO seria de R$ 1,00 - R$ 2,00 = - R$ 1,00, o que é absurdo.

      Será que eles simplesmente não ajustam o preço aplicando uma porcentagem? Por exemplo, R$ 2,00 em R$ 20,00 é 10%. Logo, em todo o gráfico é descontado 10% sobre o preço, e o valor no IPO seria de R$ 0,90.

      Enfim, não sei como elas fazem, mas tenho essa curiosidade.

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    3. Não está errado. Pode se tornar negativo sim.

      Pensa no seu investimento como um fluxo de caixa onde os teus aportes (compras) possuem sinal negativo (o dinheiro sai do teu caixa e vai pro papel) e os dividendos e vendas sinal positivo (o dinheiro volta p/ vc)... Depois de um tempo o positivo (dividendos) supera o negativo (aporte) e continua entrando dinheiro no teu caixa...

      Simples assim o negativo vira positivo e volta a fazer lógica ;)

      P.S. sou o mesmo anônimo do post abaixo. Ainda não criei blog e por isso sem identificação por enquanto.

      Abraços,

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    4. A2038
      O valor é subtraído até zerar. Veja o exemplo que eu te dei. Bonificações, grupamentos, desdobramentos, mesma coisa. Tudo para trás é integralmente ajustado.

      Abraços

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  13. Caro, visando contribuir com a discussão, acredito ser um equívoco balizar seu modus operandi de INVESTIDOR com base na lei tributária. A lei tem o propósito claro de garantir o recebimento dos impostos, não visa perpetuar/aumentar o seu patrimônio nem auxiliar nas suas decisões de investimento.

    Para fins de IR, é elementar que não se deve descontar o dividendo/JCP do preço médio. Sua planilha deve considerar isso!

    Contudo sob a ótica do investimento (você INVESTIDOR e não você PAGADOR de IMPOSTOS), na minha opinião é fundamental computar o dividendo/JCP ao preço médio, inclusive para apurar resultado, taxa de retorno e etc. ex. Qual o resultado final do investimento no papel X?

    Um papel que pagou 10% de dividendo, por ex. Se você pensar em vender ele por um valor 5% menor que o preço de aquisição (sem contar o dividendo, como você faz), O que vai fazer? Vai entender que está realizando prejuízo ou tendo um resultado positivo de 5%?
    Você pode até analisar separado: Vendi com 5% de prejuízo mas ele deu um retorno de 10% dividendo, mas complica a análise, tem que olhar em 2 lugares diferentes, fazer conta (ou aumentar a complexidade da planilha) e ao longo do tempo e com a quantidade de papéis fica confuso. É possível que você inclusive deixe de operar pensando que está tendo prejuízo ! (imagine isso tudo ao longo do tempo...)

    Outro exemplo: Suponha que com o dividendo você compra mais um lote do mesmo papel: De onde veio o dinheiro pra comprar o papel? Em resumo o custo médio do papel agora é menor pois você aumentou a quantidade sem "aportar" dinheiro novo.

    Pode ser visto de outra forma? pode. Mas na minha opinião abordar assim consolida a visão e simplifica a análise e acompanhamento dos seus INVESTIMENTOS (não dos seus impostos)!

    Independente da forma, não esquece de depois compartilhar a planilha conosco! ;)

    Abraços,

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    1. No sistema de cotas isso tudo fica transparente.

      Por exemplo. Vc investiu mil cotas a R$ 1,00 cada. O valor da cota não vai alterar se o dinheiro mudou de rubrica (de papel para dividendos recebidos e, em seguida, de dividendos recebidos para papel novamente).

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    2. Sim anônimo, pelo que entendi o seu questionamento é em relação a apuração de ganhos, não em relação ao preço médio. A planilha que estou fazendo e que divulgarei alguma hora está de acordo com a postagem, ótica pagador de impostos. Pois isto derá cobrado de você. E os dividendos não serão descontados.
      Sobre a apuração dos ganhos, aí são outros quinhentos.

      Abraços

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    3. ADP,

      Eu acredito que se deva trabalhar com as duas formas. A que o anônimo mostrou eu chamo de valor contábil, para sabermos o lucro real que temos naquela aquisição e ai a importância de subtrair os dividendos do PM e o que você usa, sem a subtração de Div/JCP, que eu chamo de valor fiscal, tão importante quanto o primeiro, principalmente porque nosso leão é extremamente faminto.

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    4. Sim, eu tinha entendido e sou a favor de um acompanhamento de rendimento.
      Mas esta planilha se destina apenas ao registro das operações.
      A outra planilha do blog ajuda a calcular os rendimentos.

      Abraços

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  14. Em Janeiro comprei 1.000 ações da XYZ por R$10,00. Em Fevereiro comprei mais 500 ações por R$7,00 e em Março vendi 500 ações por R$9,00.

    O preço médio seria (1.000 x R$10,00 + 500 x R$7,00)/1.500 = R$9,00

    Ignorando-se custos de corretagem e outros a dúvida é:

    a)O lucro obtido na operação seria [R$9,00(venda) – R$7,00(compra)] x 500 = R$1.000,00 com preço médio das 500 ações remanescentes de R$10,00 ou,

    b)O lucro seria [R$9,00(venda)- R$9,00(preço médio)] x 500 = 0 com preço médio das 500 ações remanescentes de R$9,00

    Sds
    Ricardo

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  15. O cálculo de ganho é em relação ao seu preço médio. Ou seja, a alternativa B.

    Abraços

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  16. Boa tarde!

    Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo blog. O conteúdo é de muito boa qualidade.

    Tenho uma dúvida que ainda permanece: caso eu venda opções de uma ação em minha carteira, isso impacta no meu PM? Tenho que ajustá-lo?

    Obrigado!

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    1. Se você fizer venda coberta e não for exercido, não afetará seu PM. Se for exercido, isso configura uma venda de ações e o cálculo de PM será feito como se tivesse vendido as ações.

      Abraços

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  17. Boa noite Adp, tenho uma grande dúvida...
    tinha um PM de 3 reais da empresa XYZ, porém a ação se encontrava em 0,5 e eu baixei meu PM para R$ 1,38.... quando a ação chegou a 0,65, vendi as ações que comprei por 0,5...sendo assim, pela lei meu PM ainda continua 2,38. agora se eu pegar esse dinheiro da venda, e compra-la agora por 0,65, baixarei mais o meu PM, porém não vejo logica nisso.. pois posso vender sem ter lucro algum, porém toda vez que eu comprar, meu PM irá diminuir.
    compreendeu minha dúvida?

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  18. Vamos ver se eu entendi bem.
    PM antigo de 3 reais
    Compra de ações por 0,50.
    Baixou preço médio para 2,38.
    Venda de ações por 0,65.
    Manutenção do PM em 2,38.

    Por que você afirma que vendeu as ações 0,50? Onde está escrito que a venda é das últimas ações compradas. Você vendeu as ações do preço médio de 2,38, ou seja, vende no prejuízo. Se você pegar o dinheiro da venda e recomprar por 0,65, baixará sim seu preço médio.

    Isso acontece com bastante frequência, mas não com a intenção de baixar o PM, mas sim de elevá-lo, e com isso, pagar menos IR em caso de venda total. Muita gente vende suas ações e as recompra no dia seguinte (para não caracterizar daytrade), por um preço próximo da venda. Isso eleva artificialmente seu preço médio.

    Dê um olhada sobre elisão fiscal na postagem do dimarcinho:
    http://di-finance.blogspot.com.br/2013/03/elisao-fiscal-com-acoes.html

    Abraços

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  19. amigõ, uma dúvida: se tenho um estoque de 100 acoes compradas a 1,50. Num certo dia, vendo essas 100 acoes a 1,50, e neste mesmo dia recompro estas 100 acoes a 1,30, e em seguinda, tambem no mesmo dia, vendo elas a 1,40. Minha duvida, a corretora trata a venda das acoes a 1,50 e a compra a 1,30 como um day trade, e a venda a 1,40 como sendo a venda do estoque que tinha anteriormente. Está correto isto? Acaba sendo pior para mim pois a base de calculo do day trade é a maior possivel. Obrigado.

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    1. Respondida em
      http://alemdapoupanca.blogspot.com.br/2013/10/voce-pergunta-o-blog-responde-11.html

      Abraços

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  20. AdP, obrigado. Estava enrolado com uma sucessão de compras e vendas de PIBB desde 2007. Nesse período realizei algumas vendas (abaixo de 20k) para elevar artificialmente o Preço Médio e em 2013 vendi todo o estoque para comprar um imóvel.
    Com a sua ajuda, calculei corretamente o preço médio e, assim, poderei pagar o imposoto correto!

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    1. Que bom que minha postagem tenha sido de ajuda.
      Mas lembre-se que vendas de PIBB abaixo de 20k não são isentas de IR.

      Abraços

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  21. Amigo tenho uma dúvida em relação a agrupamento a empresa XYZ reaalizou um agrupamento de 9: 1,
    possuía um estoque inicial de 1500 ações a um preço de R$ 1,02 totalizando R$ 1530,00 e apos o agrupamento fiquei com 166,66 ações sendo que este 0,66 a companhia vendeu e entregou como sobra. Como eu faço este lançamento no IRPF, lembrando que foi comprado o estoque inicial no ano de 2013 e o desdobramento no mesmo ano. Atenciosamente, Carlos

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  22. Como fica o preço médio quando duas empresas se juntam, caso da Kroton e Anhanguera?

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    1. Pegue o valor total desembolsado pela Kroton e Anhanguera e divida pela quantidade de ações da nova empresa.
      Exemplo, utilizando números totalmente arbitrários.
      Posição antiga:
      200 Kroton com preço médio de 30 reais.
      500 Anhanguera com preço médio de 40 reais.

      Valor total desembolsado = 200 * 30 (relativo a Kroton) + 500 * 40 (relativo a Anhanguera) = 26000

      Supondo que após a fusão você receba 800 ações da nova empresa. Divida, então 26000 pelas 800 ações = PM de 32,50

      Só um detalhe: Não achei uma orientação específica sobre o cálculo do preço médio em caso de fusão. Este método que estou te mostrando é o que acredito ser apropriado por mostrar o valor médio de aquisição das ações e por entender que este valor deve ser igual antes e depois da fusão. Caso alguém conheça uma orientação diferente, de preferência citando fontes, compartilhe.
      Abraços

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  23. Ja tem essa planilha feita?
    Otimo post obrigado...

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  24. Parabéns ! Muito esclarecedor e os exemplos facilitam muito a compreensão para pessoas como eu que estão acabando de ingressar no assunto.

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  25. Olá ADP,

    A compra de ações no mercado a termo influencia o preço médio de ações adquiridas no mercado a vista?

    Por exemplo, tenho na carteira de ações PETR4 com preço médio de R$ 12,50 e recentemente adquiri mais ações no mercado a termo por R$ 8,50.

    A dúvida é se devo somar as ações adquiridas no mercado a termo com as adquiridas no mercado a vista e verificar um novo preço médio para a partir daí calcular o imposto de renda de eventual ganho no fim do contrato a termo.

    Grato,

    Aroldo

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    1. "A compra de ações no mercado a termo influencia o preço médio de ações adquiridas no mercado a vista?"
      Influencia, sim. Calcule seu novo preço médio considerando novas ações compradas por 8,50.
      Abraços

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  26. Ola ADP

    Mesmo venda com prejuízo, devo deduzir os custos? Grata Min

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  27. Se eu fechar uma posição (zerar o estoque) e dias depois voltar a comprar o mesmo ativo, o preço médio será calculado somente com base nas compras feitas depois de haver zerado a posição ou devo considerar também as compras anteriores?

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  28. Muito grato pela resposta e parabéns pelo blog.
    Abraços.

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  29. Prezado,

    A minha corretora somente cobra corretagem sobre ações. Ao comprar ações + FII, devo a nota de corretagem não especifica tal informação, assim, ao calcular o preço medio, devo considerar o valor de corretagem somente para as ações ou devo ponderar entre os outros ativos, no caso, FII, mesmo sabendo que a corretora não cobra corretagem nestes ativos.

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    1. Olá Luiz,
      Considerando que preço médio interessa apenas na hora de calcular imposto de renda, pense na situação de você ser eventualmente chamado pela Receita Federal (RF) para prestar esclarecimentos.
      Nesta situação, você teria que explicar (e provar) para a RF que os custos de corretagem são separados entre ações e FII, ou seja um complicador a mais, que complicaria seu esclarecimento e que no final das contas, mudaria quase nada seu PM. Além disso, você tem que ter sorte da pessoa da RF no qual você está prestando esclarecimento entender a mensagem e os motivos de você estar calculando de forma separada.
      Pensando nisso, creio que é muito mais fácil e simples você dividir a corretagem entre FII e ações, bastando mostrar as notas de corretagem para a RF. É o que eu faria.
      Abraços

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  30. Olá!
    Vê se pode ajudar! Tinha posições de Itaú e Unibanco, antes da fusão! Como calcular o preço e apresentar no IR após a fusão?

    Grato.

    João

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    1. Você precisa procurar documentos chamados "Fatos relevantes" da época, que vão dizer o custo de cada ação após a fusão.
      Abraços

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  31. No caso de Subscrição como fica o preço médio?

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    1. Subscrição e deve ser tratada como compra de ações a custo zero.
      Abraços

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  32. Parabéns pelo blog, a discussão nos comentários foi ótima também.
    Eu tenho uma planilha onde cotizo meus investimentos em ações.
    A princípio eu fiz os dividendos e JCP como aportes no fundo.

    Pensando puramente no cálculo de rentabilidade, não para IRPF.

    Ou seja, ao receber dividendos, entra dinheiro no fundo (aumenta número de cotas).
    Mas talvez o correto então seria corrigir o preço médio e ignorar completamente os dividendos?

    Com isso eu crio um problema: o que fazer com o dinheiro que pingou na minha conta então?

    Não aumento o número de cotas?

    Ou o correto seria aumentar o número de cotas E corrigir o valor médio?
    Digo isso, pois acredito que a performance histórica do fundo não vai ser afetada, visto que vou comparar preço médio ajustado a valor histórico ajustado, só alteraria a performance dos valores encerrados.

    Ai que confusão.

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    1. Olá Rafa,
      Dividendos e JCP não são aportes. Eles fazem parte do patrimônio. Entenda que o dinheiro em caixa também é patrimônio. Como os dividendos e JCP caem na conta, eles são contabilizados como caixa, e devem ser somados ao valor total das ações para contabilizar o patrimônio do fundo. Não há a criação de cotas para isso.
      Muito menos correção de preço médio. Preço médio é modificado apenas com novas compras e alguns eventos como desdobramento, grupamento e bonificações. Dividendos e JCP não alteram o preço médio.

      "o que fazer com o dinheiro que pingou na minha conta então?"
      Você não altera o seu preço médio.
      Você não aumenta o número de cotas.
      Você apenas soma o valor ao patrimônio enquanto ele estiver na conta.

      Abraços

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    2. Obrigado pela pronta resposta, acho que com sua explicação consegui formular um entendimento como a seguir: o preço médio de compra se mantém, porém o preço atual da ação "cai" equivalente ao valor adicionado a conta, então a soma dá zero, sem afetar o valor da cota, portanto.

      O meu problema deixa de ser conceitual e passa agora a ser operacionalizar isso, pois eu preciso registrar a entrada do dividendo na Conta, e minha planilha considera isso automaticamente como um aporte.

      Vou pensar!

      Obrigado!

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  33. Olá, meu nome é Daniel, aprendi muito com a série mastigado, mas fiquei com uma dúvida. Se numa nota de corretagem há compra de um ativo, venda de outro e taxas de corretagens englobando tudo (sem diferenciar o que é da compra e o que é da venda), então eu devo descobrir a taxa de corretagem proporcional para a compra, para então chegar ao preço médio do ativo comprado, não é?

    Um exemplo real (não sei se a realização está certa, mais aqui vai): compras Ativo A de R$ 6.266,87 e venda de Ativo B de R$ 6.278,00 totalizando uma operação de R$ 12.544,87, mais taxas R$ 49,77 e IRRF de R$0,31 sobre a venda apenas (tudo isso constava da nota de corretagem). Dividindo R$6.266,87 (Ativo A, comprado) por R$12.544,87, descubro que a compra corresponde a 49,95% do total das operações, antes das taxas. Assim pego a taxa R$49,77 e multiplico por 0,4995, obtendo o valor R$ 24,86. Ou seja, esse valor de R$ 24,86 seria a taxa relacionada à compra. Então para calcular o PM do ativo comprado, eu pegaria a aquisição de lote padrão (500 unidades, preço unitário R$10,61), a aquisição do lote fracionário (91 unidades, preço unitário R$ 10,57), todas feitas no mesmo dia, e faria o cálculo já inserindo as taxas proporcionais: PM = [(500 X R$10,61) + (91 X R$10,57) + R$ 24,86]/(500 + 91) => PM = 10,64

    Muito obrigado pelos ensinamentos, aprendi demais nesse site!
    Daniel

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  34. Olá, meu nome é Fabio, muito bem esclarecedor a série mastigado!! Mas fiquei com uma dúvida sobre bonificação.
    Em 15 de Maio tinha 300 ações da Valid, com preço médio de R$20,60, e teve bonificação de 10% das ações, com preço informado no aviso pelo RI de R$ 25,28. Nesse caso eu devo considerar esse preço, já que não paguei nada por elas?
    Ficará assim o cálculo: (300x20,60 + 30x25,28)/330 = R$21,02. Sendo 300 ações o que tinha, 30 ações recebidas da bonificação de 10%, 330 o total.
    Está correto essa forma? Mesmo que eu as tenha recebido gratuitamente? O meu preço médio acaba ficando maior mesmo? Tem alguma vantagem nesse caso de bonificação?
    Obrigado.

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  35. Bom post, obrigado. Entendo que o Preço Médio não deve ser ajustado com dividendos para fins fiscais, mas não haveria utilidade em fazer esse ajuste para fins de cálculo de rentabilidade? Exemplo: Se tenho 100 ações do ativo A que comprei em diversos aportes totalizando R$ 1.000,00, tenho um preço médio de R$ 10,00. Se eu vender a R$9,50, tive um prejuízo de 5%. Se vender a R$10,50, há um lucro de 5%.

    Mas se durante esse período eu recebi R$50 reais de dividendo, seria equivalente a um aporte de R$950 para as mesmas 100 ações, o que equivale um preço médio de R$9,50. Considerando esse ajuste, se a cotação estiver em R$9,50 o investimento não deu prejuízo. E se estiver em R$10,50, o lucro total do investimento é na verdade de 10,52% (1/9,50). Em tese, mantendo uma ação que paga bons e constantes dividendos por um longo período de tempo pode levar a uma situação em que o valor do aporte seja completamente amortizado pelos dividendos, i.e. a venda daquele ativo a qualquer preço acima de zero passaria a constituir um lucro bruto. (de novo, não para fins fiscais, mas para cálculos de rentabilidade e orientar decisões de compra ou venda)

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    1. Faz sentido, mas aí entendo que devemos considerar um cálculo um pouco mais elaborado, de repente considerando um Valor Presente, pois receber um dividendo 12 meses depois não é o mesmo que receber depois de 1 mês, correto?
      Mas concordo também que deveriam ser considerados, apenas não sei como hehe...

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  36. Parabéns pelo artigo, está muito bom!

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  37. cara, o melhor artigo de explicaçao de preço medio que vi na ne.t. parabens

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  38. Olá! Parabéns pelo blog. Foi o Uó que me indicou esse link.

    Eu tenho uma dúvida:

    Comprei 100 à 10,00. Depois comprei mais 100 à 11,00 e por fim mais 100 à 12,00. Logo meu PM é de 11,00 e tenho 300 ações.
    Aí eu vendo 100 ações à 14,00. Lucro de R$ 300,00. Se eu VOLTAR à fazer nova compra à 15,00 de 100 ações o cálculo será:
    200 ações 11,00 - tinha vendido uma parte então sobrou esse saldo.
    100 ações 15,00
    PM: 12,33

    Agora repare: se NÃO vendesse aquelas 100 o cálculo seria:
    300 ações 11,00
    100 ações 15,00
    PM: 12,00

    Dessa forma na venda das ações o que sobra de saldo faz mudar SIM meu preço médio. Se eu estiver errando, onde está o erro por favor?

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  39. Excelente artigo! Parabéns pelas informações extremamente úteis aos investidores. Abraço!

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  40. Gostei do artigo! Tirou algumas duvidas que tinha sobre bonificações mas não falou no caso de subscriçoes? Mesmo calculo que para bonificaçoes?

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