Pois é, de vez em quando vejo alguém falando que sócio é só
ON (ação ordinária). Citando nome, vocês sabem que o expoente dessa ideia é o
Bastter. Nada contra ele, até porque se uma pessoa só consome o conteúdo dele e
começa a investir, até que não está ruim, considerando a quantidade de arapucas
que se encontra na internet. É fato que ele contribui muito para a educação
financeira brasileira. Entretanto, isso não torna seus ensinamentos imunes a
críticas construtivas.
Aqui, venho mostrar que sim, sócio é ON, mas também é PN.
O capital social
Primeiro, sabe-se que as ações representam uma fração do
capital social de uma empresa. Dado isso, se esse capital social é refletido em
ações ordinárias e em ações preferenciais, fica claro que, estas últimas, por
serem ações (preferenciais, no caso), representam, pelo seu conceito, uma
fração do capital social da empresa (desculpe a redundância de informações, mas
tem que explicar o óbvio mastigado).
Ok, provado que ações preferenciais são também ações representantes
do capital social, agora vem o argumento matador: se uma pessoa possui ações
preferenciais, como essas representam uma fração do capital social de uma
empresa, logo ele, por óbvio, é sócio da empresa. Checkmate.
Dando mais uma chance ao chavão
A postagem poderia terminar no parágrafo anterior por já ter
provado que o detentor de ações preferenciais é sócio, mas vamos dar um crédito
e fazer uma interpretação de boa vontade quando dizem que “Sócio é ON”
e “PN é furada”.
Essa interpretação mais simplista argumenta que “sócio é ON”
porque o controlador das ações é que possui ON, e o sardinha seria o otário que
compra as PN. Mas esse argumento é tão pueril que vou apresentar dois
contra-argumentos:
1- Em empresas cujo capital é dividido em ordinárias e
preferenciais, é bem comum que o controlador tenha AMBAS. Para mim, este item
já é mais do que suficiente para esvaziar o chavão de que “sócio é ON”, mas
vamos continuar.
2-Irrelevante se você tem o mesmo tipo de ação do
controlador. Você vai continuar sendo um sardinha que, na melhor das hipóteses,
tem alguns milhares de reais em ações, enquanto o controlador é uma pessoa ou
um fundo com dezenas, centenas de milhões ou bilhões em ações, com muita
influência na empresa. Ter a mesma ação que ele não vai te proteger em nadica
de nada caso ele queira “te sacanear”. As empresas do Eike Batista eram todas do
Novo Mercado, só ação ON, e há suspeitas de que seu filho viajava de jato às
custas de uma empresa, notícias de manipulação de mercado, dentre muitas outras coisas. Desculpe, mas acreditar que ter ações ON seria um escudo contra interesses obscuros de um megacontrolador é muita inocência.
A ideia por trás da PN
Não é preciso ser um profundo estudioso do mercado de ações
para entender o motivo de existir ações PN.
A maioria das empresas tem origem familiar, começando bem
por baixo, muitas vezes do nada. Crescem e chega uma hora que captar dinheiro no mercado
é mais vantajoso, mas os controladores ficam relutantes em ceder controle da
empresa que eles criaram.
E convenhamos, do lado dos investidores, eles estão mais
interessados em colher os frutos da empresa (leia-se dividendos) sem se
esforçar, comandar ou interagir com a empresa. Quantos de vocês, sardinhas, já se
interessaram em votar nas assembleias?
Além disso, ao apenas circular ações preferenciais, serviria
como uma proteção adicional de que a empresa não seria alvo de uma aquisição hostil inesperada.
Afinal de constas, se eu sou um preferencialista que quer receber os
dividendos, isso significa que estou satisfeito com a gestão atual e que não
quero profundas mudanças repentinas na administração.
Juntando o útil ao agradável, é muito cômodo existir dois
tipos de ações: aqueles que dão direito ao voto, e aqueles que tem preferência
nos dividendos.
A ideia não é sacanear. A ideia é uma congruência de
interesses.
Há basicamente um documento dizendo o que cada tipo de ação tem que o outro tipo não tem. Nada mais e nada menos que isso. Esse documento não te imuniza ou te protege de eventuais "sacanagens". Ele não tem esse propósito. Ficar criando teorias da conspiração acerca disso não é um exercício frutífero.
Ambos os detentores são sócios, mas um está ligado mais ao
controle da empresa, enquanto o outro quer mamar nas tetas da empresa e dormir
tranquilo.
Então, por favor, parem de demonizar as ações preferenciais,
pois elas têm um propósito.
Interesses obscuros
Por conseguinte, alguns expoentes do chavão “Sócio é ON” dizem que a ação PN foi feita para sacanear o investidor sardinha (o que foi
provado acima que não, pois controlador também tem ação PN e que elas possui
seu propósito). Para sustentar seus devaneios, eles citam alguns casos do passado quando acionistas
preferencialistas sofreram fortes perdas, enquanto que os ordinaristas ficaram
incólumes.
Entretanto, para cada caso desse, pode-se citar casos onde
empresas com capital social constituído apenas de ordinárias retornaram fortes
prejuízos aos seus detentores. As empresas X são um caso clássico.
O fato de uma empresa ser constituída apenas por ON, ou por
ON e PN, ou por UNITS, nada tem a ver com interesses obscuros por trás dos
controladores. Há exemplos bons e ruins em todos esses tipos de empresas.
O que realmente pega
Além disso, o que realmente pegou naqueles casos do passado
em que os preferencialistas se deram mal não foi o fato de serem ações
preferencias, mas sim pela falta de Tag Along. Se o chavão fosse “sócio é Tag
Along”, ainda estaria errado, considerando a conceituação de ações, mas
por meio de uma interpretação de boa vontade, estaria menos errado do que “sócio
é ON”.
Há empresas com ações ON com 80% de Tag Along e empresas com PN com 100% de Tag Along. Sócio é ON?
Conclusão
O mercado brasileiro de ações é muito pequeno e não contamos
com uma ampla variedade de ações. Como nosso dinheiro é escasso, temos que
fazer uma peneira, adotando critérios para escolha de quais ações comprar.
Se dentre seus critérios há a exclusão de uma empresa só
porque ela possui ações preferenciais ou só porque ela é negociada em forma de
Units (que chamam de rolo, mas que não faz o menor sentido), eu aconselharia
reavaliar seu filtro de ações.
É alta a probabilidade de você ser um investidor que visa
dividendos e valorização das ações e não liga a mínima para votações em
assembleias. Baseado nisso, por que ação preferencial ou ordinária seria seu
critério, considerando que a diferença primordial entre elas é a possibilidade
de voto e preferência nos dividendos?
Ter como filtro liquidez, lucratividade, endividamento,
margens, e preço (sim, preço importa!), faz sentido. Entretanto, fazer questão
de ter um poder de voto que não vai exercer, não é um critério sadio.
Agora, se você realmente quer se precaver de problemas,
adicione Tag Along como requisito. Esse importa.
E vocês, o que acharam da postagem? Deixem nos comentários
As pessoas quando desconhecem algum assunto, costumam partir para argumentos vazios, tipo... "isso é rolo".
ResponderExcluirSão "narrativas", assim como aquelas feitas por um governante quando diz que "tem rolo nas eleições" mas ele não é capaz, minimamente, de falar como e porquê.
E o pior: é que isso sempre é reverberado, pois é a mensagem mais fácil de ser captada por pessoas ignorantes.
Fulano: "Sócio é ON, poha!!!".
Eu: "Conte-me mais sobre como você exerceu o seu direito a voto na última assembleia".
Barulho de grilo ao fundo: cri-cri-cri.
Forte abraço ADP!!
Olá anon,
ExcluirA ideia é essa aí mesmo. São expressões rasas que, quando vistas mais a fundo, se vê que não é bem assim.
Abraços
Fala !
ResponderExcluirEstou no bastter a um bom, se não me falha a memória, já tem um bom tempo, falando sobre PN alguém colocou algo no meio um Post/Citação em inglês sobre "preferred stocks" (americanas) que realmente não é sócio é um instrumento hibrido de Equity e Bond, que os bancos Americanos criaram.
E ficou-se meio perdido na tradução, juntou-se com a memória recente de Ambev e Aracruz (PN's sem TAG ALONG) que ferraram os minoritários e dai que surgiu o negócio de "PN não é Sócio" que virou um mantra.
Concordo com você, ambos são equities.
Mas
PN Sem tag along = Cilada.
PN Com 100% de tag along (ou tag along igual ao da ON) = mesma coisa de ON.
Valeu !
Olá Henrique,
ExcluirSó para citar um exemplo, um dos meus maiores retornos foi com uma PN sem Tag Along, a BAUH4. Já comprei com a intenção de vendê-las.
Anúncio da compra
https://alemdapoupanca.blogspot.com/2017/02/mudanca-na-carteira-compra-de-bauh4.html
Anúncio da venda
https://alemdapoupanca.blogspot.com/2019/04/e-chegada-hora-de-vender-minhas-bauh4.html
Fui muito criticado quando comprei. Mas veja, não sou criança, apesar de não ter Tag Along, gostava muito da empresa. Então investi, ciente dos riscos. Tornei-me sócio.
E por incrível que parece, também fui criticado por tê-la vendido, haja vista seu preço atual. O pessoal pensa que tenho bola de cristal.
Então é o seguinte. Cada caso é um caso. Se a pessoa que se tornar sócia de um ativo sem Tag along, que seja, contanto que esteja ciente dos riscos.
Abraços
Na minha opinião nada disso é importante. Veja IRBR3 tem tag along e era a queridinha dos hoders e o que aconteceu? Todos sabemos a história. Tem outros que criticam a TRPL4 por não ter tag along e ela não para de pagar dividendos. Tem um conhecido meu que estava carregado de IRBR3 e me criticava por ter TRPL4 sem tag along e ria de mim e ainda fazia piada. Nada melhor que um dia após o outro e não preciso falar quem riu por último. Qualquer empresa pode estar lotada de falcatruas ainda mais no Brasil o que nos salva é a diversificação. Não vejo problema em fazer apostas em empresas como IRBR3, OIBR3, COGN3 etc mas tem gente que só tem essas empresas na carteira aí das duas uma ou ganha muito ou morre na praia.
ResponderExcluirO problema do tag along todos sabemos, é fecharem o capital e tu rodar, não tem nada haver com o lixo que é IRBR
ExcluirDesde que alguém coloque dinheiro na renda variável já está correndo risco. O problema é que o gado holder adorava IRBR3 e está segurando uma trolha sem fim. Não adianta ter tag along e ser empresa ruim melhor uma empresa boa sem tag along. Tenho TRPL4 e já recebi tanto dinheiro nela que se ela quebrasse hoje eu já recebi várias vezes o valor investido enquanto isso o pessoal compra WEGE3(boa empresa) mas quem comprou nos topos também vem segurando trolha. É engraçado ver as pessoas reproduzindo falas de youtbers que só querem vender cursos, mentorias etc. Como diz minha avó todo dia sai de casa um bobo e um esperto quando se encontram dá negócio mas o problema é que eles se encontravam pouco no mundo físico já no mundo virtual eles se encontram toda hora e o mais impressionante é que um bobo encontra vários espertos várias vezes em um mesmo espaço de tempo.
ExcluirOu seja, há uma série de variáveis para se levar em conta antes de se observar se é ordinária, preferencial, com Tag Along ou não.
ExcluirBom texto
ResponderExcluirO Baster foi para muitos um marco inicial das ideias sobre investimentos.
abraço
sigo acompanhando
Olá IU,
ExcluirCom certeza. No meu caso foi o extinto instituto Nacional de Investidores e o blog do Leitão em ação.
O que fico chateado é que muitos chegam no portal do Bastter, aprendem algumas coisas, e se negam a procurar qualquer outros tipo de informação. Se acham donos da razão. Eles agem como pombos no jogo de xadrez (não generalizando, claro).
Abraços
Obrigado por ter adicionado meu blog na sua blogroll, AdP!
ResponderExcluirPosso estar enganado, mas sinto que seu post foi de certa forma influenciado pelo termo que usei quando falei sobre ações ON no meu post de atualização patrimonial > https://magoeconomista.blogspot.com/2021/07/aportes-e-atualizacao-patrimonial.html
Se for verdade, sinto-me honrado por ter chamado sua atenção.
Agora falando sobre o seu post:
1 - Os mantras do Bastter ("Sócio é ON", "Pague suas dívidas primeiro", etc.) creio que sejam maneiras simples de fixar conceitos que ele considera importantes em sua filosofia de investimentos. O site dele reflete a filosofia do dono. De todos os mantras, o mais importante na minha opinião é o de pagar as dívidas antes de investir. Isso é libertador.
2 - Acho que ninguém duvida que as PN também façam parte do patrimônio e do capital da empresa, até porque isso é algo que "está escrito". A questão aqui para o Bastter é que o dono de ações PN seria uma espécie de "sócio menor" ou "sócio de 2ª classe", diante do "sócio maior e de 1ª classe" dono das ON. Óbvio que no fundo, nós, pessoas comuns, sempre seremos sócios de 2ª, 3ª classe, diante do volume de ações de um controlador.
3 - Esta filosofia das ON deve ter sido bastante influenciada pelo caso emblemático das ações da AMBEV (se bobear, o próprio Bastter foi um dos prejudicados na época, quem sabe? Vai que ele tinha PNs da AMBEV quando isso aconteceu). Então é como você escreveu: se a PN tiver tag along de 100%, tudo bem (a meu ver), porque teoricamente receberá a mesma coisa das ON.
4 - acho que o argumento de que as "empresas X" só tinham ON e entregaram resultados ruins para os acionistas não tem a ver com a discussão central deste post, pois não prova que a filosofia de que "Sócio é ON" está errada (e nem ataca essa filosofia). Até porque as empresas X eram ruins por outro motivo que não a sua estrutura acionária. Elas poderiam ter PN e UNIT com qualquer % de tag-along que o resultado teria sido o mesmo para os acionistas. O que mais importa é a empresa ser boa e entregar resultados. A questão das ON é só mais um dos critérios que o Bastter inventou na filosofia dele (e eu não concordo 100% com a filosofia, senão eu não pensaria em ter uma carteira de small caps)
Enfim, não existem respostas certas aqui. E eu concordo com o que o Painel de Controle escreveu acima: fora de qualquer filosofia de investimentos, só a diversificação salva. E mesmo assim não é garantido. Tem gente que só tem 2 ou 3 ações e se deu muito bem, enquanto outros tem 20, 30, 40 ações na carteira e se deram mal.
De qualquer maneira, tudo está aberto a discussão. É assim que se agrega valor e conhecimento a qualquer assunto que seja.
Forte Abraço!
Olá Mago,
ExcluirSendo sincero, foi em comentários do Facebook que de vez em quando vejo gente falar essas coisas, dentre outras.
1- Sim, forçando a barra pode até ser, mas quando alguém tenta aprofundar, não é difícil vendo essa pessoa levando patada. Ou seja, às vezes tenha a impressão de que não é papo para iniciante, mas sim que a ideia á aquela coisa mesmo e pronto. Acho que não precisa ser assim para educar iniciantes.
2- Mas essa ideia está errada. Sócio é sócio. São características. Os próprios controladores tem ações preferenciais também.
4- A ideia é rebater a inocência de achar que por ter ON, se está protegido por maldades do controlador. A pessoa fala que "PN foi uma ação feita para ferrar com o sardinha", logo, se protege comprando ON. Contra-argumentei que essa ideia é inocente.
"Enfim, não existem respostas certas aqui."
Olha, não querendo parecer soberbo, mas acho que minha postagem está certa sim e essa ideia de que sócio é ON é absurda.
Abraços e sucesso
Olá ADP, quanto tempo. Espero que esteja tudo bem aí no Canadá.
ExcluirMeu pensamento é parecido com o que o Mago Investidor comentou acima.
Na prática, a frase "sócio é ON" é um mantra para dizer ao investidor que dentre os vários critérios a serem analisados em uma empresa, como dividendos, crescimento dos lucros, caracteríticas do negócio, preço da ação (sic - isso é relativo), etc, o investidor deve avaliar a Governança. Não é a toa que para estar nos mais altos níveis de governança definidor pela B3 e empresa tenha que ter somente ações ON.
Por mais argumentos que você tenha colocado na sua postagem, eu não vi o "checkmate". Na minha opinião, quando a B3 afirma que para ter o mais alto nível de governança a empresa só pode ser negociada através de ON, isso sim é um checkmate e diretamente pode ser interpretado que para empresas com PN, a governança deve ser avaliada com critérios adicionais.
Obviamente governança não é só isso. Eu mesmo tenho ações PN ITUB4 e isso não tira o meu sono. Minha crítica construtiva à sua postagem é que você é muito literal ao interpretar "Sócio é ON" (assim como é literal em "preço não importa"). Ao fazer a interpretação literal é óbvio que é possível contra-argumentar, mas se fizer um esforço e entender o que a frase quer dizer nas entrelinhas, talvez não se sinta tão contrariado.
Abraços
Olá EI,
ExcluirEntendo o raciocínio.
Obrigado pela contribuição.
Abraços
Se no mercado tupiniquim mesmo para ter essas putarias de PN ON. Nos EUA preferred shares é uma coisa bem diferente, quase um misto de renda fixa que paga cupom fixos de juros e tudo mais. Já ON no Brasil é só pra pamonha achar que vale mais que PN, alias nao precisa nem existir essa baboseira
ResponderExcluirOlá anon,
Excluirolha, sou a favor de se ter existir qualquer tipo de ação, desde que não se obrigue ninguém a comprar e que as regras estejam descritas. Acho que a legislação deveria ser menos rígida. E compra a ação quem quer e achar vantajoso.
Abraços
Bastter é um educador, a ideia dele é passar o ensino e principalmente EVITAR maiores problemas, o público principal dele é quem quer investir em açoes sem ser profissional para isso e sem colocar seu dinheiro na mão dos outros, vale o exemplo de Aracruz e Sadia nas quais quem tinha PN receberam muito menos do que quem tinha ON no fechamento de capital.
ResponderExcluirolá anon,
ExcluirEu vejo tanto educador e nenhum deles passam estes chavões. O caminho para educar iniciantes é ensinar errado?
Estamos em 2021 e até quando vão resgatar o caso da Aracruz e Sadia para justificar ensinamentos errados?
Abraços
O bastter fala para a pessoa sem conhecimento nenhum. Claro que pode ter pn, mas a idéia dele é facilitar. Ele exagera pensando em quem nao tem conhecimento. Inclusive alguns moderadores la nao pensam igual. Mas tem que entender o pq ele fala isso...ele defende que vc deve ficar com a ação por mt tempo...hj ate defende não vender.
ResponderExcluirEntao a questão de ser on é para diminuir problemas, mas não de hoje e sim do futuro. Tipo se daqui a 20 anos a empresa resolver fechar capital. Com a on vc terá pelo menos 80% de tag along. Com as pn não. Tem pn que não tem tag along e algumas o tag along não é pelas normas da b3, mas pelo regulamento da empresa (q pode ser alterado). Então a on é mais garantido vc ta seguro, pq ngm fica procurando qual o nivel de governança de cada empresa. E se consegue escolher boas empresaa so com as ob
"O bastter fala para a pessoa sem conhecimento nenhum."
ExcluirMuitos educadores também falam para pessoa sem conhecimento, que alias é a maioria. Justifica?
Bom post, eu mesmo tinha ressalvas para tudo que não fosse ON.
ResponderExcluirADP, como está o código 11? eu tenho cadastro lá, muito bom esse projeto, já está ganhando $$$ com o projeto?
Grande Stifler,
ExcluirO servidor onde está hospedado está instável, mas essa semana dei uma otimizada no código e parece que ficou melhor. De qualquer forma, o servidor falou que vai parar de dar suporte para a linguagem no qual programei, então até o final do ano terei que migrar para outro.
Retorno? zero. Estou pagando do meu bolso pois ainda não procurei forma de monetizar. Eu queria pelo menos empatar, kkkkk.
Abraços
Bom artigo para reflexão, ADP!
ResponderExcluirDa mesma forma que o Bastter simplifica toda uma ideia com "sócio é ON", você simplificou de outra forma.
Conforme o Mago Economista e o Anônima acima citaram, o Bastter fala daquela forma, pois deixou claro em posts que é opinião e critério dele e cada um deve ter seus próprios critérios. Mas, para ensinar cria-se esse mantra. Ele aceita PN em instituições financeiras, pois, afinal, vivem de emprestar dinheiro e rolar dívidas.
Ele chegou a essa conclusão em uma discussão de anos de experiência e tem tópicos discutindo o assunto no site: https://bastter.com/mercado/forum/802243/pn-e-acao-ou-divida
A sua simplificação de que ao investidor basta checar se é "PN com tag along" seria perigosa se fosse replicada por um site de investimentos. Inclusive, para ser do Novo Mercado, a própria B3 exige que a empresa não tenha PN, pois ter somente ações ON é indicador de boa governança.
A doutrina jurídica e contábil debate sobre as PN e há quem aproxime de uma debênture do que direitos societários (é instrumento patrimonial ou passivo financeiro?). O buraco é muito mais fundo do que simplesmente análise de "tag along" ou "direito a voto", sem falar a questão de governança, que já deveria ser um elemento fortíssimo e, ainda, o fato de que ações preferenciais americanas possuem natureza distintas da criação brasileira.
Existem dissertações de mestrados e teses de doutorado na área jurídica e contábil elencando vários pontos de perda de governança e riscos ao dono de uma PN, riscos de ser diluído, cláusulas de resgates e exigibilidade de recompra/venda obrigatória, cumulatividade etc etc. A matéria é complexa e daí a simplificação de "sócio é ON", pois há aqui um ponto de responsabilidade. Como critério dele e recomendação ao iniciante: "sócio é ON".
No emaranhado de normas jurídicas não é nada preto no branco de "tenho PN 100% tag along, estou protegido". Quando você vai mexer com fusões de empresas há questões e manobras tributárias envolvidas e o comprador nunca é favorável que o vendedor permaneça com PNs, pois em algumas, são consideradas como instrumentos de dívidas.
Tem Estatutos de empresas que anotam como "patrimonial", e outras trazem regras que dão a entender ser caracterizado como passivos; aí teria que analisar todos os pontos do Estatuto e chegar a uma conclusão de quais são realmente as diferenças. Como falar para uma pessoa que nunca investiu na bolsa que é essencial que analise o Estatuto da empresa caso queira comprar PN, pois pode ser que exista algo prejudicial ou indicadores negativos de governança em relação a esse ponto? Não tem jeito. Novamente, cai no mantra simplificador de "sócio é ON". E, nessa simplificação, compreendo o Bastter e compreendo a simplificação que ele dá ao assunto, colocando como critério dele que "sócio é ON, com exceção de instituições financeiras".
Não estou falando que ele está certo ou que você está errado, e nem que ON é melhor ou pior que PN, mas que compreendo a necessidade de simplificação para o iniciante. Ou seja, para a linha editorial do site dele e da simplificação que ele defende, e principalmente como educador, julgo até como ética a abordagem simplificada de "sócio é ON", sem falar ainda da questão de objetivos do próprio investidor que seria relevante ou não: Day trade? Swing trade? Carteira previdenciária?
Só para ilustrar a complexidade do assunto e dos jargões técnicos, segue:
http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/21672/acoes-preferenciais-uma-breve-exploracao-sobre-alguns-aspectos-polemicos
https://www.redalyc.org/pdf/3071/307145806009.pdf
Aos demais, como nós da finansfera, que já possuímos mais conhecimento técnico e gosto por aprofundar nos assuntos, aí sim seria válido analisar empresa por empresa na hora do investimento e definir: "essa tem PN / Unit, mas por isso, isso e isso, estou consciente do meu investimento e não estou vendo riscos".
Olá Investidor Precoce,
ExcluirCompreendo o que você falou, mas no final das contas se está tentando reverter em mim o que, na verdade, deveria ser revertido ao jargão "sócio é ON", que é o verdadeiro simplificador.
O que vejo por aí é uma grande passação de pano ao Bastter, explicações rebuscadas para se tentar justificar ensinamentos errados dele. Vou citar alguns pontos do seu comentário:
"o Bastter fala daquela forma, pois deixou claro em posts que é opinião e critério dele e cada um deve ter seus próprios critérios."
É verdade? Tente insistir, mesmo que embasado, com comentários sobre seus próprios critérios que sejam opostos ao dele, e rapidamente você será acusado com outros jargões como "seguir manada" e "comprar topo e vender fundo". E outra, opinião e critérios pessoais são imunes de críticas?
"A sua simplificação de que ao investidor basta checar se é "PN com tag along""
Em nenhum momento disse que basta fazer isso. Falei inclusive que considerar Tag Along é menos errado que apenas considerar ON.
"Inclusive, para ser do Novo Mercado, a própria B3 exige que a empresa não tenha PN, pois ter somente ações ON é indicador de boa governança."
Com todo respeito. Ok, mas e daí? Empresas X eram do novo mercado.
Para ser classificada em uma determinada governança, a empresa precisa adotar alguns critérios e atender certos requisitos, mas apesar do nome bonito de "Novo Mercado", isso não é garantia de que a empresa é bem administrada. Eu confio muito mais na administração de uma Grazziotin do que muita empresa do Novo Mercado por aí.
"A doutrina jurídica e contábil debate sobre as PN e há quem aproxime de uma debênture do que direitos societários (é instrumento patrimonial ou passivo financeiro?). O buraco é muito mais fundo do que simplesmente análise de "tag along" ou "direito a voto", sem falar a questão de governança, que já deveria ser um elemento fortíssimo e, ainda, o fato de que ações preferenciais americanas possuem natureza distintas da criação brasileira."
Estou querendo entender qual é o ponto? Se eles debatem, qual a relevância prática? O investidor preferencialista tem preferência nos dividendos e os ordinaristas tem direito a voto. Ou não? Ser considerado instrumento patrimonial ou passivo financeiro mudaria isso? E desculpe, eu estou querendo simplificar? O cara me joga por anos o jargão "sócio é ON" e eu que simplifico?
"Existem dissertações de mestrados e teses de doutorado na área jurídica e contábil elencando..."
ExcluirDissertações de mestrado se acham aos montes sobre qualquer assunto.
"Só para ilustrar a complexidade do assunto e dos jargões técnicos, segue:"
Estou querendo entender. Se há jargões técnicos, então significa que "sócio é ON"? Qual assunto que, quando estudado em profundidade, não possui jargões técnicos? Uma simples plantação de repolho pode ter vários jargões. Isso não é argumento. Se fôssemos partir para este argumento, então não podemos discutir nada. Agora, se você mostrar para o Bastter que ele simplifica demais ao dizer "Sócio é ON" pois há jargões técnicos, e não só a mim, aí eu vou entender.
E para finalizar, desculpe não poder entrar com profundidade aqui em uma postagem de um blog. O foco foi desmistificar esse jargão de que "sócio é ON". Não vou utilizar termos complexos pois aqui tem muito iniciantes, e seriamente, não tenho capacidade para isso. E postagens acima de 1000 caracteres testam a paciência do leitor.
No fundo, sou como a maioria dos investidores. Invisto pensando em dividendos e valorização. Não fico lendo dissertações nem doutrinas. Mas sou crítico o suficiente para entender que "Sócio é só ON" é um absurdo, e até agora não vi nenhuma pirueta argumentativa que me convença do contrário.
Só mais um adendo. Eu DUVIDO que Bastter quando criou o jargão "sócio é ON", tenha lido as dissertações, discussões e etc e chegou a conclusão. Pensou apenas no caso Aracruz e Sadia, no máximo.
Por fim, convido-o a também elicitar os estudos, discussões, dissertações e doutrinas acerca de jargões como "P/L não serve para nada", "Preço não serve para nada", dentre outras, no site do Bastter. Pois há muito material acerca disso.
Abraços e sucesso
Respeito sua opinião, mas da mesma forma que você duvida que ele leu para chegar a alguma conclusão, você mesmo admite que não leu nada, desmerece pesquisas acadêmicas sobre o assunto e sequer pretende ler; pois, no fim, sua postagem é que cada um abra a mente e crie senso crítico. Então nivela o "sócio é qualquer classe" com o "sócio é ON", cada qual com seu senso crítico pendeu para lados distintos. Eu não tenho como afirmar nada, pois não tenho conclusão sobre o assunto, quanto mais leio sobre Direito Financeiro e Finanças Corporativas, mais complexo fica.
ExcluirNo link que eu postei da bastter tem discussão ativa sobre o assunto de 2016 até 2019, acredito ser tempo suficiente para maturar e simplificar algo, para que cada um analise e tire suas próprias conclusões.
Não estou defendendo o sócio é ON. Então, o que colocou como "estou tentando entender, se há jargões técnicos", simplesmente significa que o assunto não é simplório e não tem consenso nem possibilidade de esgotar dentro do emaranhado de normas técnicas. Em síntese, quis dizer que tem muito mais coisas além do que simplesmente tag along.
Não estou defendendo ele, mas na missão dele, certo ou errado, ele precisa nivelar por baixo e para a zona segura, pois você mesmo falou, investe pensando em dividendos e valorização, então, sem analisar o Estatuto de cada empresa, não há como afirmar se é seguro ou não a PN daquela empresa determinada. No fim, a via simples é cair na ON e seria um desserviço se o educador simplificasse ao contrário.
Mas como você tem conhecimento suficiente, então consegue ir para outro caminho.
Quanto ao preço não importa, já houve postagem sua em 2018 sobre o tema e foi bem salutar os comentários. Quanto ao P/L, isoladamente, é uma análise precária. Aliás, de todos os blogs da finansfera, só me recordo do Mestre dos Dividendos dando aula e shows de Value Investing. Ali sim o P/L tem relevância, além de outros indicadores.
Para nós, meros mortais, a análise recai no comum, sob risco de afastar empresas boas e comprar empresas ruins.
Olá IP,
ExcluirVou tentar ser breve pois não quero me alongar.
É porque estou cansado de Bastterminions. Desculpe, mas seu comentário é um caso típico de dois pesos, duas medidas.
Vou foi extremamente duro comigo ao mencionar complexidade, teses, etc, mas não é assim com o Bastter. É óbvio que você está passando pano para ele, pois fez um extenso contorcionismo, inclusive chegando ao cúmulo de dizer que eu que sou simplista, ao invés do cara que por anos resume toda uma filosofia de investimentos a jargões de meia dúzia de palavras.
Mostrar um link nos confins do site dele não muda isso.
Não exijo conhecimento profundo do Bastter. Só acho estranho exigirem de mim e nem um pio a ele.
Amigo, se há jargões técnicos e teses, isso não muda o fato de que ações PN representam parte do capital social da empresa. Fim.
Se há riscos envolvidos, diluições, interpretações, dentre outras, não muda o fato de que o preferencialista é sócio. Estamos de acordo?
E não desmereço teses. Nunca disse isso. Questionei a relevância prática entre ações PN serem consideradas instrumento patrimonial ou passivo financeiro, ou seja lá o que for. O que muda, em termos práticos?
E de onde que você tirou que não li nada? Sim, muita coisa não li mesmo e não tenho vergonha de dizer. Mas não sou ignorante. Alias, se eu tentasse utilizar termos técnicos aqui, meus escassos leitores fechariam a aba do navegador no segundo parágrafo. É claro que tento ser simples nas postagens. Esse é o propósito do blog.
E desculpe, não fico caçando teses de doutorado para ver sua conclusão. Eu queria conhecer alguém que faz isso.
Na verdade, esse seu argumento foi injusto, pois isso pode rebater qualquer argumento. Se eu afirmo:
"Preço de ação deve ser levado em consideração"
"ROE é um indicador fundamental"
"O ovo é um alimento importante"
"Socialismo não funciona"
Resposta padrão para rebater: você está simplificando demais. Há um extensa doutrina e várias teses de doutorado e de mestrado sobre o assunto. Há gente que entende X e Y. Além disso, há jargões muito complexos sobre esse assunto aí. Veja por exemplo esses artigos (2 PDFs aleatórios do Google).
Assim eu bato qualquer argumento. Nada é unanime, sempre há alguém que discorda, e qualquer assunto pode ser utilizado com jargões técnicos.
"Não estou defendendo ele, mas na missão dele, certo ou errado, ele precisa nivelar por baixo e para a zona segura..."
Não, não e não. Nada justifica ensinar coisa errada, ainda mais quando se relaciona com o dinheiro alheio. Passação de pano. Não existe justificativa. E sim, você está defendendo ele.
Se a ideia é simplificar para o leigo, ele poderia dizer "olha, eu prefiro as ON por causa disso, disso e disso, mas dependendo do caso a PN serve. Mas ON é zona segura.", e não simplificar em 3 palavras e atacar quem tenta esclarecer. Repito, não se justifica ensinar errado.
"No fim, a via simples é cair na ON e seria um desserviço se o educador simplificasse ao contrário."
Se você quer via simples está no lugar errado. A via correta é ensinar o certo. Nunca tente justificar o errado nem duvidar da capacidade das pessoas. E pior, dar patada em quem quer esclarecer ("coisa de manada", "comprar topo e vender fundo", "futurologia", etc).
Sobre o preço não importa, eu nem vou falar pois a coisa é tão flagrantemente absurda que nem vou discutir.
Abraços
Excelentes considerações, Além da Poupança.
ExcluirReli tudo, fiz uma outra resposta aqui, mas não sei se cheguei a enviar logado ou não (deu um erro) e vi que um post ficou duplicado (pode excluir).
Entendi seu ponto de vista, principalmente acerca dos dois pesos e medidas, e faz completo sentido. Peço desculpas se pareceu duro ou grosseira minhas colocações, pois não foi a intenção.
Quanto ao "preço não importa", concordo com sua postagem feita em 2018, aliás, tem comentários riquíssimos naquele post seu, a quem não conhece, vale a leitura: https://alemdapoupanca.blogspot.com/2018/03/pare-de-dizer-que-preco-nao-serve-para.html
Abraços!
Olá IC,
ExcluirOlha, eu entendo perfeitamente a preferência por ON. O ideal seria só existirem ações ordinárias e empresas do Novo Mercado. Mas a realidade é que não é assim, e como o mercado brasileiro não possui tantas empresas abertas, fico triste quando vejo alguém descartando uma empresa só porque ela possui PN ou por ser Unit, com o argumento de que é rolo.
Eu entendo que o assunto é complexo, mas eu insisto no meu ponto.
Eu que peço desculpas por ter falado "passar o pano", mas no fundo você comentou e eu rebati o comentário, sem nenhuma questão pessoal. Suas críticas foram direcionadas a postagem, não a mim. E vice-versa.
Obrigado pelo comentário e pelo debate. Sinto falta disso.
Abraços e sucesso
Ótimo texto! Tanta coisa mais importante para se preocupar que on ou pn.
ResponderExcluirOlá anon,
ExcluirDentre os critérios que utilizo para escolher uma ação na minha carteira, o fato de ser ON ou PN e seu nível de governança são as últimas coisas que me preocupo.
Abraços
AdP voltando a ativa é isso mesmo? rsrs
ResponderExcluirConcordo contigo, já fiz um post falando sobre o bastter e um pouco dessa lavagem cerebral dele mas concordo tb que ele ajuda muito no desenvolvimento financeiro da mente dos brasileiros.
Olá TR,
ExcluirSó me deu vontade de fazer esta postagem após ver um comentário no Facebook. Algumas coisas me tiram do sério, kkkkkkk.
Olha, algumas pessoas confundem coisas como "criticar uma ideia do Bastter" e "criticar o Bastter".
Vou repetir aqui, entre todo o conteúdo de ações que existe na comunidade brasileira, o Bastter é um dos melhores.
No fundo, ele ensina que se deve investir em empresas boas, lucrativas, parar de girar carteira, e uma séria de outras coisas positivas.
Só não gosto da massificação que seus ensinamentos tendem a promover. Vejo gente que acha o site dele, absorve o conteúdo, e não procura outras fontes. Agem como pombos no xadrez, atacando quem discorda.
Abraços
Respeito sua opinião, mas da mesma forma que você duvida que ele leu para chegar a alguma conclusão, você mesmo admite que não leu nada, desmerece pesquisas acadêmicas sobre o assunto e sequer pretende ler; pois, no fim, sua postagem é que cada um abra a mente e crie senso crítico. Então nivela o "sócio é qualquer classe" com o "sócio é ON", cada qual com seu senso crítico pendeu para lados distintos. Eu não tenho como afirmar nada, pois não tenho conclusão sobre o assunto, quanto mais leio sobre Direito Financeiro e Finanças Corporativas, mais complexo fica.
ResponderExcluirNo link que eu postei da bastter tem discussão ativa sobre o assunto de 2016 até 2019, acredito ser tempo suficiente para maturar e simplificar algo, para que cada um analise e tire suas próprias conclusões.
Não estou defendendo o sócio é ON. Então, o que colocou como "estou tentando entender, se há jargões técnicos", simplesmente significa que o assunto não é simplório e não tem consenso nem possibilidade de esgotar dentro do emaranhado de normas técnicas. Em síntese, quis dizer que tem muito mais coisas além do que simplesmente tag along.
Não estou defendendo ele, mas na missão dele, certo ou errado, ele precisa nivelar por baixo e para a zona segura, pois você mesmo falou, investe pensando em dividendos e valorização, então, sem analisar o Estatuto de cada empresa, não há como afirmar se é seguro ou não a PN daquela empresa determinada. No fim, a via simples é cair na ON e seria um desserviço se o educador simplificasse ao contrário.
Mas como você tem conhecimento suficiente, então consegue ir para outro caminho.
Quanto ao preço não importa, já houve postagem sua em 2018 sobre o tema e foi bem salutar os comentários. Quanto ao P/L, isoladamente, é uma análise precária. Aliás, de todos os blogs da finansfera, só me recordo do Mestre dos Dividendos dando aula e shows de Value Investing. Ali sim o P/L tem relevância, além de outros indicadores.
Para nós, meros mortais, a análise recai no comum, sob risco de afastar empresas boas e comprar empresas ruins.
No mais, concordo com seu comentário das 19:10:
"olha, sou a favor de se ter existir qualquer tipo de ação, desde que não se obrigue ninguém a comprar e que as regras estejam descritas. Acho que a legislação deveria ser menos rígida. E compra a ação quem quer e achar vantajoso."
Cara Parabéns! Recentemente pensei mais a fundo sobre o assunto e realmente nunca ouvi uma explicação convincente desse jargão!
ResponderExcluirE como tu mesmo falou, algumas pessoas só repetem ele, sem nenhum aprofundamento e se tu questiona, muitas vezes vem um agressão, já que, aparentemente, aquilo ali é um DOGMA.
Se alguém tiver material sobre isso eu tenho interesse. Afinal, o caso de 1 ou 2 empresas em que os PN se deram mal, acho que não são dados fortes o suficiente para comprovar esse tese.
Até Tag along eu tenho refletido mais sobre ele. Sei que a empresa não ter ele é um risco adicional... Mas na prática o que ele te tira: o direito de vender a empresa pelo mesmo preço que o controlador vendeu.
Se houver uma troca de controlador e você querer continuar sendo acionista, será que muda tanto assim? ( no longo prazo, pois no curto é bem provável que a cotação sofra. Novamente eu desconheço material que traga um embasamento com dados sobre o quanto esse risco é real).
Grande abraço!
Olá Felipe Carvalho,
ExcluirUm risco é que o novo controlador pode querer fechar a empresa. Então o investidor escolhe entre ser preferencialista de uma empresa fechada (muito menos transparente), ou se desfazer de suas ações a preço de banana. É um risco.
Abraços
Olá AdP!
ResponderExcluirÉ o caso da Itaúsa, pra mim tanto faz se compra ON ou PN, tem tag along... então compra o que tiver mais barato, inclusive quando acontece de inverter os preços eu faço a troca, já expliquei essa estratégia em um post no meu blog.
Mas sempre é dar uma boa lida no documento que define as características de cada tipo antes de comprar.
Abraços!
Olá Bilionário,
ExcluirUtilizaria a mesma estratégia.
Abraços
Os majoritários possuem sempre ONs.
ResponderExcluirhttps://ibb.co/HBHmB2X
Olá, anon.
ExcluirAcho que em nenhum momento isso foi contestado.
Abraços
"Acho que em nenhum momento isso foi contestado."
ExcluirNão? Mas o seu post contém:
"Em empresas cujo capital é dividido em ordinárias e preferenciais, é bem comum que o controlador tenha AMBAS. Para mim, este item já é mais do que suficiente para esvaziar o chavão de que “sócio é ON”, mas vamos continuar."
Por qual motivo os controladores se concentram tanto em ter somente ONs? Só esse fato já é um indicativo forte de que o sardinha deve ter somente ações desse tipo.
Eu acho que está tendo um problema de interpretação de sua parte. De novo, eu nunca disse que majoritários não tem ON.
ExcluirMas entendi seu ponto. É óbvio que majoritário vai preferir ON porque eles precisam de controle.
Se você acha isso importante, ter o controle, poder de voto, que está protegido contra jogadas sujas do controlador e que PN não serve para nada, seja feliz.
"Por qual motivo os controladores se concentram tanto em ter somente ONs? Só esse fato já é um indicativo forte de que o sardinha deve ter somente ações desse tipo."
Vai lá, sardinha. Segue o controlador. Compre ON e se sinta protegido contra ele.
Abraços
Trecho do livro Sonho Grande:
ResponderExcluir"(...)como manda a Lei das S/A, que regulamenta as empresas listadas na Bovespa, a Interbrew fez uma oferta pública para comprar as ações ordinárias (com direito a voto) que não estavam nas mãos do trio de empresários. Ofereceu por elas 80% do que pagou aos controladores da cervejaria. O problema é que, também pela Lei das S/A, a cervejaria não era obrigada a estender esse direito, conhecido como tag along, aos donos de ações preferenciais (sem direito a voto). Assim, quem tinha nas mãos papéis PN se sentiu prejudicado –as palavras da revista, esses acionistas sentiam que acabaram com “lixo” nas mãos. Nos dias que se seguiram, a percepção só piorou: as ações ordinárias tinham disparado e as preferenciais estavam em queda livre. “Poucas vezes vi o Jorge tão bravo com uma reportagem”, revela uma pessoa próxima ao empresário. Para ele, a queixa dos minoritários não fazia qualquer sentido – ao escolher as preferenciais, os acionistas sabiam das limitações desses papéis. “É COMO COMPRAR UM FIAT E ACHAR QUE TEM DIREITO A UMA FERRARI NA GARAGEM”, costuma dizer Jorge Paulo sobre o assunto(...)"
É muito triste quando a pessoa comenta na postagem sem ao menos lê-la.
ExcluirO trabalho que você teve para digitar só confirma minha postagem.
Abraços
Sócio e todos que compram ações. Nos aqui no Brasil sofremos para comprar ações principalmente a classe mais baixa as vezes nem sabem o que é. Triste
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